XVI

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Para Reinaldo Moura

Que bom ficar assim, horas inteiras,
Fumando... e olhando as lentas espirais...
Enquanto, fora, cantam os beirais
A baladinha ingênua das goteiras

E vai a névoa, a bruxa silenciosa,
Transformando a Cidade, mais e mais,
Nessa Londres longínqua, misteriosa
Das poéticas novelas policiais...

Que bom, depois, sair por essas ruas,
Onde os lampiões, com sua luz febrenta...
São só enfermos a fingir de luas...

Sair assim (tudo esquecer talvez!)
E ir cantando, pela névoa lenta,
Com a displicência de um fantasma inglês...

A rua dos cataventos (Mario Quintana) Onde histórias criam vida. Descubra agora