XXXV / XVII

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Quando eu morrer e no frescor da  lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que tentei endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...

Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr-de-sóis, algum luar, asas em bando,
Mas o rir das primeiras namoradas.

E um dia a morte há de ficar  com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu manto... 

A rua dos cataventos (Mario Quintana) Onde histórias criam vida. Descubra agora