Quando eu morrer e no frescor da lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que tentei endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr-de-sóis, algum luar, asas em bando,
Mas o rir das primeiras namoradas.E um dia a morte há de ficar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu manto...