Capítulo Oito

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Enfim, por uma piedade bem vinda, seu sofrimento chega ao fim. Estocadas poderosas, interrompidas, somente, as novas posições que ele escolhe. Indo até o fundo. O domínio é dele, seu manejo sobre ela a torna como massa de moldar; e ela adora cada segundo.
Alguns dos orgasmos a alcança impiedosamente; tão fortes que lhe causa dores e esgotamento.
Toda a extensão dele se comprime às suas costas; uma mordida em seu ombro esquerdo, em meio as arremetidas, forte o suficiente para atravessar a nuvem de tamanho prazer; sem impedir o "trem de partir", pois o desejo é tão profundo, disparando o gatilho em si, sem deixá-la escapar.

***
A dor é muito forte para seguir adiando a liberação que necessita, desesperadamente. Ele mete forte a primeira vez; e continua assim.
Ela goza na terceira investida; Vengeance permanece sem piedade, socando no interior de Valentina, enquanto os espasmos da jornalista perpetuam.
Ele está perto, e sua jornalista da outro espasmo forte. Gozando, outra vez.
Vengeance libera tudo o que tem no interior da fêmea, seu membro imediatamente expande na base, impedindo-o de movimentar-se; cai sem forças pra frente sentindo-se sugado, perdera o controle; embora colocasse a culpa no tempo, bastante longo, de solidão. Sua escolha de abster-se do sexo sem um laço permanente; suas fêmeas não compartilham dessa opinião. Decidiu: não fazia sentindo o prazer físico sem abraços, sem a proteção e os cuidados que poderia dar.
A ironia que, nesse caso, está mais que disposto a se ater apenas nisso: compartilhar sexo.
Virando-os de lado, na relva, para evitar danos a fêmea sob ele, lambeu-lhe a mordida para amenizar a dor e acelerar a cicatrização; o corpo da jornalista completamente relaxado, flexível e imóvel. Inala o perfume do cabelo dela novamente, a nuca e a linha lateral do pescoço. 'O aroma é bom demais para uma humana maliciosa'; Vengeance passeia seu nariz pela pele dela. Ouve a respiração cadenciada, então percebe o quão quieta está. Sem movimento, desde de sua última liberação...
Vengeance se apóia num dos cotovelos, atrás dela, agarra-lhe o queixo e vira o rosto da fêmea para si...
De olhos fechados, o rosto todo relaxado em descanso, parece dormir. Fareja mais uma vez, para sentir cheiro de sangue. Nada além do ferimento que fizera no ombro pela mordida.
Tira seu membro de dentro da fêmea, para ter certeza de que não causou qualquer dano. Se põe de joelhos ao lado dela; a coloca de costas e examina o corpo em repouso. Visível aos seus olhos, a conclusão do seu objetivo nas marcas que deixou, mas não há sangue e ainda respira.
Recolhe o roupão descartado ali perto e a envolve. Ajeita sua própria roupa e a ergue para levá-la a cabana. Dá um assobio alto, os cães latem e correm em sua direção. É hora de partir...

***
Os olhos se abrem ou tentam, com o sol no rosto; levanta a cabeça e pisca algumas vezes, habituando as retinas à claridade; as cortinas estão abertas, permitindo a entrada do dia. Ouve um zumbido de máquina em algum lugar da casa, bem parecido com o seu depilador automático. Valentina se põe de lado, com intuito de se sentar...
'Caramba, meu corpo está todo dolorido'.

__ Bom dia.

Valentina gira a cabeça rápido demais com o susto, à procura da voz. Não contava com a companhia inesperada de alguém; principalmente, à essa hora da manhã. No seu quarto.
Trisha está sentada na poltrona no canto mais próximo a porta; sua postura casual e tranquila a inspeciona. Valentina se senta, algumas fisgadas a incomodam; cuidando de cobrir-se com o lençol, os bicos dos seios sensíveis roçam o tecido. Imagens dessa madrugada disparam em sua cabeça: a boca de Vengeance atormentando-os e esses se arrepiam doloridos, como se o ato se propagasse no exato momento.
Sente outra pontada no seu interior, ao se arrastar e recostar-se a cabeceira. Um gemidinho sai em reação.

__ Está tudo bem? __ os olhos perspicazes da dra. passeiam de modo profissional por ela e aumenta seu desconforto.

__ O que faz aqui? __ Valentina escuta sua própria voz grossa pelo efeito do sono.

VENGEANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora