Capítulo Quinze

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__ Dois carros estão nos seguindo. __ Trey Robert avisa.

Segue pela via a caminho do apartamento numa SUV toda escura...
A atividade da noite anterior, rendeu a Valentina uma hibernação até o horário do almoço.
'Ahhh, a tão afamada resistência dos homens Espécies...'
Essa manhã teve que se esforçar um bocado para abrir os olhos levada pela preguiça, foi contemplada pela visão do seu marido (companheiro), de banho tomado e roupas novas na segunda tentativa de abrir os olhos. Trazia ele uma sacola de loja, que deixou em cima da cama, e falou sobre a permissão adquirida para a expedição a casa dela; seria feito sob vigilância e hora marcada, lógico. O que seria dentro de duas horas após a refeição.
E, assim, foi apresentada aos homens que os acompanhariam. Trey Robert é um deles e mal pôde evitar um esgar ao ouvir seu segundo nome.
Seriam dois carros, exagero a parte, mas nunca se sabe...

__ Despiste-os. É possível que sejam mais desses malditos abutres da mídia. __ o silêncio sepulcral toma o interior do carro, dando-se conta a sua presença. __ Desculpe. Não tive intenção...

__ Sem problema. Estou acostumada. Além do mais, é esse o nosso trabalho: vence-los pelo cansaço. __Valentina decide desanuviar o clima.
O oficial NE acena com a cabeça, agradecido por não levar a mal.
Perto de casa, Valentina pede que a deixem em frente a porta principal e sigam para a garagem subterrânea, reservada para residentes, e entrem pela porta dos fundos, de forma a confundir quem quer que os tenham seguido. Se, de fato, fosse o caso.
Ela segue para a recepção.

__ Boa noite, Clode. __ cumprimenta o jovem porteiro, que faz a função de recepcionista no momento.

__ Srta. Rizzo. Sentimos sua falta. __ ele dá um sorriso esperto.

'Com certeza viu sua última entrevista'; todavia, ele não comenta. Nem todos os moradores dão esse tipo de liberdade aos funcionários, é corriqueiro manter certa distância entre funcionários e moradores, ela nunca foi tão rígida em formalidades. É mais chegada a calor humano e simplicidade.
Valentina sorri, embora sua estada ali fosse definitivamente temporária.

__ Eu também. Clode, a porta traseira do prédio está aberta?

__ Sempre fica para os funcionários.

__ Ok. Uns amigos chegarão e perguntarão por mim. Deixe-os entrar, ok? __ antes de seguir para o elevador, ela faz uma recomendação:

__ E, por favor, não faça alarde. Mantenha isso entre nós. Está bem?
Clode franze rapidamente o cenho, estranhando, talvez, a última parte; mas, mantém o sorriso cúmplice.

__ Pode deixar.

Valentina para em seu caminho, e se volta para Clode, novamente:

__ Alguma correspondência?

__ Sua vizinha, sra. Johnson, os recolhe todos os dias.

Gwenever Johnson mora a doze anos ali. Mulher doce e prestativa em seus cinquenta e seis anos de idade, casada e mãe de dois filhos adultos. Sempre contou com Gwen, nas vezes em que precisou. Dessa vez, não foi diferente, sentiria a falta dela.
A porta do apartamento é aberta, e Gwen está saindo da cozinha com alguns sacos pretos de lixo.

__ Ah! Você está de volta?! __ Gwen exclama surpresa, vindo depressa para abraça-la.
Ambas se acolhem num abraço apertado.

__ Senti saudade. E obrigada por cuidar tão bem da minha casa.
Gwen se afasta um pouquinho para segurar seu rosto e analisa seus traços.

__ Como você está?

__ Estou bem. __ Valentina sorri para amiga em seu estado frequente de "mãezona" e amplia mais o sorriso. __ Estou namorando. __ não é totalmente verdade, em vista de seu status atual ser um segredo, precisa dizer, ao menos isso, para mulher que cuida dela e de suas coisas.

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