Efemeridade

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O vazio domina minha mente
O frio congela meus ossos
por baixo da pele marmórea
recordo os sentires insidiosos

O medo surge furtivo
enraiza-se em meu âmago
medo de ter medo
medo de mim
do irrefutável destino

Pesares, insônia e frio
Fazem-me tremer, entorpecer
Em minha cama feita de escuro

Eu perdi-me na bruma
Da minha existência fútil
tudo aqui é efêmero e vil
desvanece como desejo em brasa

Mas quem é que podes ganhar asas?
para livrar-se desse labirinto em desalinho
Que insistem em chamar de vida
A vida tirou-me o brio.

01/09/2019





DesvanecendoOnde histórias criam vida. Descubra agora