C A P Í T U L O D E Z O I T O

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Era a manhã de domingo, um dia se passou desde que a dona dos olhos verdes citilantes saiu daquela festa onde ela iria trabalhar por algumas horas, se sentindo mal. Até então ela ainda não entendeu o motivo pelo qual ela se sentiu daquele jeito ao ver o Harry, quem ela não conhecia completamente, beijar uma moça, ainda não coseguiu perceber o porquê do seu estômago ter embrulhado e uma vontade avassaladora de chorar tomou conta dela depois de ter presenciado a cena do beijo, afinal era só um moço que ela acabou de o conhecer e que provavelmente não o verá novamente. Então por quê ela sentiu aquilo tudo?

A verdade é que Harry não sai da cabeça da Shelby desde a vez que ele esteve no restaurante, aqueles olhos verdes familiares lhe criaram uma certa curiosidade e interesse, mesmo que ela não fosse admitir isso em voz alta. E ele tornou a sua estadia permanente na mente da dona dos olhos verdes naquela noite em que ele lhe tirou daquela chuva, a maneira como ele rodeou os seu braços musculados em redor da sua cintura naquela chuva , retribuindo o abraço repentino e precipitado da Shelby, a fez sentir tão protegida, pode parecer estranho, mas ela se sentiu em casa; a maneira como ele, depois de a ter deixado em cada sã e salva, se despediu dela com um beijo na testa, é como se ela ainda pudesse sentir os lábios carnudos do Harry em contato com a sua pele da testa e o cheiro forte da sua colônia e cada respiração dela.

"Não  foi nada de mais! O cansaço  levou o melhor de mim, por isso agi daquele jeito, feito uma criança chorona." Disse para a Megan no dia seguinte quando ela tentou tocar no assunto novamente, mas nem ela mesma acreditava nessa desculpa. Não foi por conta do cansaço que lágrimas deslizaram livremente pelo seu rosto enquanto ela saia daquele lugar apressada e tentando a todo custo tirar a imagem do Harry segurando a cintura da moça e a beijando carinhosamente em frente daquele batalhão de gente. Não foi por conta do cansaço e ela sabe disso. Em algum momento  ela cogitou a ideia da Megan, estaria  Shelby pela primeira vez apaixonada?

Shelby cutucou a cabeça e tirou essa ideia da mente tão rápido quanto havia pensado nela "Eu não estou apaixonada" pensou, antes de suspirar e decidir parar de pensar nesse assunto e focar os olhos em seu filho que tomava um copo de leite do outro lado da mesa.

Shelby  levou sua mão até a cabeça do menino à sua frente e fez um leve carinho que deixou os cachos do miúdo bagunçados, antes de descer a sua não até a sua bochecha e também fazer um carinho na região, sorrindo para o seu bem mais precioso.

— Bebé? — O miúdo olhou para mãe curioso. — Você pode dizer pra mim o porquê de vir chorando da escola? — Questionou cautelosamente, vendo as expressões faciais do seu filho mudarem; uma carranca e um beicinho tomava conta do seu rosto, ele ia chorar a qualquer momento. — Ei, está tudo bem! Conte pra mim, sim?!—  Viu o miúdo olhar para ela e acentir; ela agradeceu aos céus, era um pouco difícil tirar informações do menor de vez em quando.

— O Zac! — Ele disse manhoso e mexendo os seus inquietos pés que não  alcançavam o chão, Shelby o olhou esperando que ele continuasse; Zac era o colega de escola do pequeno, Shelby já teve que pegá-lo da escola junto com o Ed a pedido da mãe que se atrasaria, então os miúdos criaram um laço de amizade. A moça de 21 anos olhou pra o seu filho confuso, Zac era amigo do menor, eles nunca haviam brigado e se davam super bem, o que ele fez pra deixa Ed chorando?!

—  O que ele fez? —  Questionou calmamente, assim que notou que ele não pretendia dizer mais nada além  de um nome.

O miúdo continuo, — Ele pegou o meu lápis sem pedir. —  Shelby notou como as feições do filho passavam de chorosa pra brava, provavelmente lembrando da cena.  — Eu fui pegá-lo de volta, mas ele não me devolveu, ele quebrou o lápis. Ele ficou bravo comigo, mãe, eu só queria o meu lápis de volta. —  As feições de Shelby mudaram pra confusas, o Zac sempre foi um menino amável. —  E-Ele disse que vai pedir pra pai comprar um lápis  assim — Ele abriu os braços, mostrando para sua mãe o tamanho do lápis em uma cena infantil. — bem maior que o meu e já não quer mais ser meu amigo. —  O menino olhou fixamente pra os seus pés que se movimentavam inquietamente, antes de dizer com as feições tristes e os olhos quase transbordando de lágrimas, cruzando seus braços. — Ele foi mau comigo.

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⏰ Última atualização: Oct 14, 2019 ⏰

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