𝚌𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚘𝚗𝚎 - 𝚋𝚘𝚛𝚒𝚗𝚐𝚕𝚒𝚏𝚎

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𝑆𝐼𝑁𝐴'𝑆 𝑃𝑂𝑉
- Você não vai pode ir ao trabalho hoje, mesmo? - Estou começando agora o estágio no Hospital, e a pior coisa que poderia acontecer, aconteceu. A enfermeira que costuma me ajudar, pegou uma gripe forte, e eu terei que cobrir seu turno. As piores coisas sempre acontecem comigo, não é possível.
Mas, tudo bem... Eu sou ótima no que faço, tenho certeza de que dará certo. Ah, a quem eu quero enganar? Eu sou a pessoa menos confiante do mundo, eu não vou conseguir atender nem um paciente que está inventando uma dor para ganhar atestado.
Não paro de pensar sobre isso, daqui a 20 minutos irei ter o pior dia de todos.
Meus pensamentos são interrompidos por uma ligação, o contato era, "chato meu".
- Oi Noah...
- Sina? 'Tá tudo bem? Você parece desanimada. - Ele sempre se preocupa, até demais.
- Coisa do estágio. E você? Por que ligou?
- Vai ter uma festa da facul amanhã, pensei que você poderia querer ir.
- Eu realmente gostaria, mas, tenho o estágio, e Shivani, a minha dupla, sabe? Estava pedindo minha ajuda à séculos com uma matéria aqui, não posso furar.
- Tudo bem para você se eu for com os meus amigos, né?
- Aquela Sabina vai estar lá? - Eu morro de ciúmes dessa menina, ela é muito mais bonita, legal e atraente do que eu.
- A Sabina? Ela é uma amiga, doida.
- Ei! Eu não posso sentir ciúmes do meu namorado?
- Tá bom, namorada, mas, saiba que não sou "talarico" do Bailey.
- Que? O Bailey e a Sabina?
- Depois te explico, agora tenho que ir, Te amo.
- Também te amo. - Desligo a ligação um pouco mais tranquila, Noah me tranquiliza, mesmo que estivéssemos falando sobre uma festa da qual eu não vou.
Quando olho o relógio, já passou da hora do meu banho, e eu deveria estar me arrumando.
Viro o "Flash", mesmo na pressa, gosto de fazer tudo direitinho, não tenho TOC, mas sou extremamente organizada com tudo meu.
A porra da campainha decide tocar.
- Quem é?? - Eu já estava impaciente.
- Que merda! Quem é? - Não acredito que era só uma criança idiota passando trote.
Depois de alguns minutos, estou pronta, coloco minha Playlist no carro, e corro.

- Sina! Eu vou precisar de um favor. - A recepcionista me chamou.
- Claro, Nádia, aconteceu alguma coisa?
- Minha filha está precisando de mim lá em casa, você pode me ajudar? Hoje está meio deserto, então, espero que continue assim.
- Tudo bem, pode ir, se eu precisar de algo chamo a July na Ala 20.
Nádia sempre me ajuda, e, cobrir mais uma pessoa hoje, não deve piorar muito meu dia.
Atendo em torno de cinco pacientes em duas horas, realmente, bem vazio.
Já eram 16:00 horas quando, decido pegar meu celular um pouquinho, quando sinto a presença de alguém.
Era uma jovem, mais ou menos da minha idade, menor que eu, com um vestido lindo, e um machucado enorme na barriga.
- O que aconteceu? - Eu preciso transmitir calma, mas estou longe disso.
- Chame a enfermeira para mim, por favor.
- Eu sou a enfermeira! E... No momento a recepcionista também. Preciso da sua identidade e cartão do hospital para colocar no sistema, juro que é rápido. Enquanto isso, pressione com... - Pego meu casaco e entrego. - esse casaco.
A garota me entrega o cartão e a identidade, Heyoon Jeong.
- Tudo bem Heyoon, agora, iremos lá para dentro, fazer um curativo e limpar essa ferida.
Coloco-a em uma cadeira de rodas, e tento andar o mais rápido possível. A deito na cama, tiro meu casaco, que estava cheio de sangue, e observo aquele corpo. O que aconteceu ali?
Jeong usava um vestido decotado, que deixava uma pequena tatuagem abaixo dos seios, nela estava escrito, "Call Me By Name" era simples, mas, linda. E, o corte parece ter sido feito com uma faca. Estranho.
- Vai me explicar o que aconteceu? - Dizia enquanto limpava cuidadosamente seu corte.
- Estava dançando, eu amo dançar, quando esbarrei numa mesa de vidro, que me cortou.
Hmm, mesa de vidro?
- Entendi.
Para tranquiliza-lá durante o processo, falei sobre coisas normais, "você estuda?", "quantos anos você tem?", "é de qual área da cidade?", "namora?", "gosta de fazer o quê?".
- Eu não queria te dar essa notícia, mas vai ter que dar ponto, okay? Como o corte é menor do que eu achava, por conta do sangue, consigo fazer sozinha.
Eu me preparava emocionalmente para fazer aquele ponto, não era o primeiro, mas, hoje foi um dia estressante demais.
Tudo acabou correndo bem, aconselhei-a, dizendo que deveria ficar alguns dias sem dançar, mesmo que fosse sua paixão.
- Qual é o seu nome, Enfermeira? - Ela me perguntou antes de ir embora.
- Deinert. Sina Deinert. Você quer meu número? Para caso algo aconteça?
- Ah, claro. - Passei meu número para ela, que esboçava um pequeno sorriso. Linda.
  Que dia estressante. Já não aguentava mais, só queria chegar em casa e dormir.
  Meu turno já havia até acabado, passei do tempo, maldita coreaninha.
  Chego em casa feliz da vida, AMÉM IRMÃOS! Ligo a televisão, e o jornal está passando, um homem relatava uma tentativa de homicídio, como amo essas coisas, continuei vendo.
   - Como ela era senhor? - O jornalista faz a pergunta.
  - Não era muito grande, usava um vestido e uma máscara que cobria uma parte do rosto, menos os olhinhos puxados, tinha uma tatuagem, algo sobre nome, ela tirou um leque, veio na minha direção, tomei um susto, quando vi, uma outra mulher surgiu, e as duas pareciam brigar, foi assustador. Mas, de algo tenho certeza, a primeira queria me matar.
  A pequena parte do meu cérebro que não estava focada no meu celular, ou em colocar na Netflix, parecia ligar pontos.
A dançarina, Heyoon,seria uma assassina?


𝖾𝗎 𝖺𝖼𝗁𝖾𝗂 𝗂𝗌𝗌𝗈 𝗀𝗂𝗀𝖺𝗇𝗍𝖾 𝗆𝖺𝗌𝗈𝗄
𝗌𝖾 𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈𝗎 𝖿𝖺𝗏𝗈𝗋𝗂𝗍𝖺 😔😗👏🏻

𝐒𝐓𝐔𝐏𝐈𝐃 𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄𝐑 | 𝐬𝐢𝐲𝐨𝐨𝐧 • 𝐡𝐞𝐲𝐧𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora