𝚌𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚎𝚕𝚎𝚟𝚎𝚗 - 𝙲𝙰𝙾𝚂

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𝑺𝑰𝑵𝑨 𝑫𝑬𝑰𝑵𝑬𝑹𝑻 𝑷𝑶𝑽

Caos.

Pode acontecer rapidamente, e acabar com tudo que está em sua frente.

Foi o que aconteceu após aquela tarde.

E foi impossível parar.

Flashback On

Cheguei em meu apartamento e não conseguia parar de pensar.

Harvey, que era como um irmão para mim, acabara de me assediar.

E, Queen aparentemente está de volta.

Com um ponto praticamente curado.

Percebo que a luz do meu quarto está acesa, e a única coisa que eu me considero totalmente econômica, é a conta de energia. Essa porra é extremamente cara.

Abro a porta, e me assusto. Era ela.

- Sentiu saudades, Sina? - Obviamente não.

- Como entrou? Só a Shivani tem a chave, e ela só usa em emergências.

- Sabe, você é extremamente previsível. Eu pensei "Quem tem a chave da casa da Sina?", me veio em mente a bonitinha que pega carona, ou o ex. Testei a sorte na menina.

- Isso não é verdade. Como saberia dessas coisas?

- Não é mesmo! - Ela ri. - Eu sou uma assassina, acha que não sei abrir a porta de um apartamento? Acorda.

Okay, isso faz sentido.

- Sabe, amor... - Dizia enquanto se aproximava de mim. - Precisamos cuidar do tal Noah.

- Ele pode se cuidar sozinho. - Parabéns Sina, debocha de uma assassina, mesmo, sua louca!

- Você sabe o que eu quis dizer.

Eu me vejo em uma situação mais complicada do que minha mente poderia imaginar.

Do meu lado, uma assassina procurada, querendo matar quem eu amei por anos. E por algum motivo sinto uma grande atração pela mesma.

Em uma casa grande, não tão perto daqui, ele, que me traiu, me machucou... Porém, me fez tão feliz ao mesmo tempo.

Tudo que eu mais quero é gritar e torcer para que alguém me salve de um pesadelo.

Mas, isso é vida real.

E se na vida real você mata alguém.

Principalmente o filho do prefeito.

Existem consequências.

Que não são nada fáceis.

- Por que você sempre dorme acordada quando eu estou tentando conversar?

- Não vou matar ninguém. Se for para alguém se dar mal, vou na delegacia e te denuncio. - Que merda eu falei?

- Bebe isso. - Ela levanta um copo com um líquido aparentemente parecido com água.

- Por que você está me dando água? - Quando sinto o cheiro, vejo que não é água, e sim, Vodka. Ela sabe que sou outra pessoa quando bebo. Não cairei nesse jogo.

Consigo perceber que está perdendo a paciência. Eu também perderia, em seu lugar.

- Não me ajudará? Que se foda. - Num piscar de olhos, Queen me dá um soco muito forte na barriga, pega o celular em meu bolso. Gemo pela dor, que força é aquela?

Consigo perceber seus dedos digitarem algo no telefone.

Parece terminar o que estava fazendo, quando vai até a cozinha.

Volta com uma frigideira.

Para quê?

A resposta é clara quando sinto uma superfície dura bater em minha cabeça.

Flashback Off

Todos esses acontecimentos me levam ao cenário atual.

Acordo com o toque de Noah na porta.

Queen  foi tão ágil.

Meu primeiro amor estava no chão.

Sangrando.

Morrendo aos poucos.

E eu também estava no chão.

Com a cabeça latejando.

Chorando.

Despedaçando com uma intensidade enorme.

𝐒𝐓𝐔𝐏𝐈𝐃 𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄𝐑 | 𝐬𝐢𝐲𝐨𝐨𝐧 • 𝐡𝐞𝐲𝐧𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora