P.O.V Christen
O domingo chegou e após acordar e ver que estava nos braços da Tobin (que por sinal eram extremamente aconchegantes), levantei e tirei uma foto de todas dormindo espalhadas pela sala, só por garantia. Pelo horário e estado de todo mundo, hoje seria um domingo atípico sem o baba. Fui até a cozinha e coloquei o café pra fazer, seguindo para o banheiro e fazendo minha higiene pessoal. Olhei meu celular e tinha uma mensagem da Franch dizendo que estava indo me ver. Há algum tempo nós já não éramos as mesmas. Eu sei que com o tempo os relacionamentos podem desgastar, mas estava preocupada com o nosso. De qualquer jeito, estava disposta a lutar pela nossa relação se ela também estivesse. Abri a porta quando ela chegou e a vi sorrindo, mas logo sua expressão mudou ao entrar no apartamento e ver as meninas dormindo na sala.
- A festa foi boa aqui ontem, ein?
- Bom dia pra você também, baby – fui até ela e dei um selinho, a puxando até a cozinha, onde terminei de fazer o café. – As meninas apareceram e ficamos até tarde jogando vídeo game.
- E bebendo cerveja né? Ela apontou para algumas latas de cerveja pela casa. Só revirei os olhos e apontei pra cadeira.
- Não começa ein. Senta aí que vou fazer algo pra você comer.
- Não precisa, na verdade eu queria falar com você. De preferência em algum lugar com mais privacidade.
Fomos para o meu quarto e eu observava minha namorada. Franch estava nervosa, estava distante e até grossa, coisa que geralmente ela não era. Sentamos na minha cama, uma de frente pra outra e segurei suas mãos.
- Baby, eu sei que tem algo errado. Fique calma e me fale o que está acontecendo. – ela apertou minhas mãos, respirou fundo e começou a dizer:
- Recebi uma oportunidade de emprego em São Paulo. Ainda não dei minha resposta, mas você sabe que eu sempre quis isso. – aquilo me pegou desprevenida e apesar do susto, tentei agir normalmente com ela.
- Ei, Adri, eu sei muito bem disso e estou feliz demais por você, acredite em mim!
- Isso pode ser uma ótima chance pra mim, mas não é nada bom pra gente, Chris.
- Não quero você pensando nisso, baby – a essa altura eu já tinha os olhos lacrimejados e ainda segurava suas mãos. – Não sou egoísta, eu quero o seu bem. Se for pra gente dar certo, vai dar, seja pessoalmente ou à distância. - ela limpou minhas lágrimas e fez carinho no meu rosto.
- Não sei se daria tão certo assim à distância, Chris.
- Você veio aqui pra terminar comigo?
- Honestamente não sei... – levantei da cama e fui até a janela do meu quarto, vendo de longe o mar no horizonte, respirando fundo e tentando entender o que ela realmente queria. Passei a mão no cabelo e voltei para o lado da minha, até então, namorada.
- Pense no que você quer. Eu estou aqui e estou disposta a lutar pela gente, mas são necessárias duas pessoas pra fazer isso acontecer. – dessa vez quem tinha os olhos lacrimejantes era ela – Não fica assim, vai dar tudo certo, só preciso que você coloque a cabeça no lugar e se decida. Quando você viaja?
- Eu ainda não aceitei Chris...
- Mas vai aceitar. Quando você tem que viajar?
- Em duas semanas.
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P.O.V Tobin
Acordei com o barulho das meninas conversando e me sentei no colchão, olhando o movimento pela casa. Não encontrei a Chris, mas senti um cheiro gostoso de café, me atraindo até a cozinha, onde encontrei Alex e Kelley.
- Bom dia, arrombadas.
- Bom dia, princesa – Alex me abraçou e deitou a cabeça no meu ombro – Me deixa dormir aqui em você, é rapidinho. – revirei os olhos e a guiei até a Kelley, me livrando do corpo dela e me servindo uma xícara de café.
- Eu hein, vai curar tua ressaca longe de mim, bebê.
- Menina ruim do inferno, viu – Alex resmungava ainda grudada na Kelley, que com certeza não estava reclamando daquilo. Ouvimos a porta do quarto da Chris abrir e a Franch passar super rápido pela sala, murmurando um bom dia e saindo antes que alguém pudesse perguntar algo. – Eita porra, o que aconteceu?
Antes que alguém pudesse fazer algo, fui em direção ao quarto dela e fiz sinal para que ninguém me seguisse. Dei dois toques na porta e abri, encontrando a cena que quebrou meu coração em pedaços tão pequenos que não daria pra contar. Christen estava sentada no chão, encostada em sua cama e com o rosto coberto de lágrimas. Entrei no quarto e sentei ao seu lado, a abracei e deixei que ela chorasse tudo que tinha pra chorar. Depois de alguns minutos assim, ela se afastou um pouco, estava mais calma.
- Olha isso, molhei todo seu ombro, Tobs, me desculpa.
- Ta tudo bem, depois você me da uma camisa nova de presente pra se desculpa. – ela riu e respirou fundo, enxugando o rosto e sorrindo de uma maneira triste.
- Acho que meu namoro acabou... – arregalei os olhos e vi que ela estava começando a chorar novamente.
- Não, não precisamos conversar agora, Chris.
- Tudo bem, uma hora ou outra terei que falar sobre isso. O resumo é que ela vai pra São Paulo e agora estou esperando ela decidir se vai querer manter o relacionamento a distância ou não.
- E por que ela quem decide isso?
- Porque eu já disse que estava disposta a tentar.
- Uau, sério?
- Sim, Tobs, quando a gente gosta, a gente tenta fazer dar certo.
- É, você está certa, CP, a gente releva coisa pra caramba quando gosta de alguém... Mas tenho certeza que ela vai aceitar, ela teria que ser muito maluca pra deixar você escapar assim tão fácil.
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Futebol e outras drogas
FanfictionBahia, praia, crushes, um grupo grande de boleiras de final de semana e muitas histórias cruzadas.