Eu estava descansando em minha cama virado para a parede já pronto para ir à escola.
Era Início de Outono quando tudo começou, mesmo assim as folhas das arvores ainda eram muitas, poucas delas estariam espalhadas nas ruas, as mesmas davam uma expressão de cansaço com um tom marrom alaranjado...
O barulho constante do lápis sendo passado rapidamente na folha de papel que interrompia o silêncio no quarto, era tão irritante que me faz virar para o outro lado do quarto. Vejo Karlye que estaria desenhando sentada em sua cama. Eu a interrompo:
- O que esta desenhando? - Pergunto me levantando da cama.
- Uma borboleta! - Ela diz virando a folha apoiada em seu caderno para mim - Está bom? - Vejo a Borboleta-Monarca surreal desenhada e me impressiono com a evolução de seus desenhos - Está otimo! - digo assentindo com a cabeça - Sabia que você pode ganhar dinheiro com isso?! - Eu me aproximo.
- Não sei, não, eu... - Ela é interrompida por minha mãe que nos chama para descer:
- Està na hora! - Ela grita do andar de baixo.
Pego minha mochila que etava encostada na porta do quarto e olho para Karlye:
- Vamos logo! - Digo mexendo os braços em direção a porta - Vamos nos atrasar! - saio do quarto.
Procuro as escadas. Ainda não me acostumei com essa casa, nem sei em que direção ir...
Desço as escadas de madeira mal balanceada, a cada passo que dou consigo ouvir os ruidos do degrau velho.
Chego na cozinha e sento na cadeira, espero Karlye tomar seu café da manhã. Ela pega um pote de porcelana cor de rosa com a estampa de uma vaquinha no exterior. Meu pai sentado na cadeira esperando o café que minha mãe fazia, pega o cereal colorido do armário e põe na tigela de Karlye, coloca o leite sobre a mesa e derrama no cereal. Karlye solta um sorriso mergulhando a colher na tigela.
Meu pai trabalha com arquitetura e urbanismo, tem 37 anos, ele não é um daqueles pais rígidos que são exigentes em relação ao respeito. A sua maior ocupação pessoalmente é o humor, ele é sempre muito engraçado e divertido, mas odeia que quebre suas regras...
- Assim que sua irmã terminar de tomar café vocês poderam ir - Diz minha mãe para mim do outro lado da divisa da parede, provavelmente no fogão.
Eu confirmo dizendo tudo bem.
Minha mãe trabalha com administração e empreendedorismo, ela é uma grande funcionária na empresa em que trabalha, costuma ir a igreja aos domingos, de vez em quando eu a acompanho, ela é muito forte, cuida dos serviços da casa e dos serviços do seu trabalho...
Karlye acaba de comer seu ceral e se levanta. Olho para o relógio pendurado na parede, e percebo que estou atrasado, eram exatamente 06:50, iriamos para a escola apé, por isso a preocupação. Ando para a porta de entrada com o passo acelerado, mas paro imediatamente com meu pai me chamando:
- Klaus. Espera! - Ele grita e eu me aproximo - Esqueci de lhe entregar isso. - Ele fala pondo a mão em seu bolso, puxando uma corrente de prata e uma pedra verde presa nela, seus olhos estavam lacrimejando.
Eu serro os olhos erguendo uma sobrancelha.- Valeu... Você está eatranho - Eu digo pegando o colar de sua mão e o admirando.
- Não, eu estou normal, por que... Não, esquece... Bom, pronto era só isso, você pode ir agora - Ele fala tirando minha toca cinza e esfregando a mão em meu cabelo a fim de bagunça-lo.
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Iris A Liga (ATUALIZADO).
De TodoKlaus e sua irmã Karlye acabam de se mudar para uma cidade um tanto pequena e misteriosa. Por conta dessa mudança sua familia sofreu uma grande consequência. Eles precisam descobrir se seus pais estão realmente mortos ou se eles precisam de ajuda. n...