Capítulo 35

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SLEEPING AT LAST - LULLABY


6:30 da manhã. Sam rapidamente deu um salto da cama e se pôs de pé, olhando desesperadamente para a Cait, que estava sentada com as pernas abertas na borda do colchão e com os pés alcançando o chão. Ele viu o nervosismo estampado no rosto de sua esposa e entrou em estado de choque. Por mais que estivesse se preparado para aquele momento, se viu perdido sem saber o que fazer. Ele ficou parado de frente para ela, com as mãos apoiadas na cintura, pensando que atitude tomar primeiro.

- Sam, - Caitríona falou de forma decidida. - Liga para a Addison, me ajuda a levantar da cama e pega meu vestido azul-marinho no armário. Pega também a bolsa da Sophie, chama a mamãe... - Enquanto ela falava, Sam andava de um lado para o outro, tentando seguir todas as ordens de sua mulher ao mesmo tempo. - Pegue o celular primeiro, Sam! - Ela gritou.

Sam pegou o celular em cima da mesa de cabeceira e entregou para sua esposa, que o olhou em repreensão.

- Pra você ligar, darling! - Ele a ouviu falar em um tom de nervosismo. - Você liga pra Dra. Montgomery! E não importa o horário, só ligue!

- Ah, sim. - Ele procurou seu telefone nos contatos. - Ok. Primeiro ligar para Addison. - Falou consigo mesmo. - Estou ligando para ela, darling.

A obstetra conseguiu acalmá-lo brevemente por telefone e, depois de chamar as avós para que fossem ajudar a morena, Sam conseguiu finalmente entrar em contato com Rebecca. Ela disse que, como morava a algumas quadras dali, chegaria em poucos minutos, mas que eles deveriam ficar tranquilos. O processo estava apenas começando. A doula era uma moça de menos de 30 anos, alta, magra, morena e de cabelos cacheados. Sua doçura, firmeza e tranquilidade foram decisivos para que o casal a escolhesse para esse momento tão importante, e isso estava sendo muito útil agora, principalmente para o escocês.

- Querida, vamos tomar um banho quente. - Sam disse de forma decidida assim que voltou para o quarto. - Rebecca pediu que você não colocasse ainda a roupa que usará para ir até o hospital, vocês serão monitoradas por ela aqui em casa até que a dilatação esteja maior. - ele começou a despejar as informações, já mais tranquilo. - A Dra. Montgomery já está a caminho, mas chega à cidade dentro de 1 hora. Ela já está em contato com a Rebecca e vamos nos manter calmos enquanto ela não chega. - Sorriu com carinho, tentando passar a calma necessária para ela ao mesmo tempo que acariciava seu rosto.

- Ok... - Respondeu, enquanto caminhava com dificuldades pelo quarto. - E nossas mães? - Ela disse, respirando pesadamente.

- Já estão na sala. Seu pai ficou nervoso e foi dar uma volta. Sim, a essa hora. - Sam riu da situação e recebeu, em retorno, um sorriso mais leve da sua morena. - Está tudo sobre controle, Rebecca chega em poucos minutos. Você prefere chuveiro ou banheira?

A manhã correu lentamente, as contrações da sua morena se intensificando a cada hora que passava e a angústia dele aumentando à medida que ela demonstrava mais cansaço e dor. Ele fez por ela o que podia, a confortando com palavras de apoio e carinho durante todos os momentos, enquanto sua mão tentava, quase que em vão, tirar a dor que ela sentia nas costas. Rebecca tinha levado alguns aparelhos portáteis para a averiguação da situação do bebê e da mamãe e, quando a dilatação chegou em 6 centímetros, ela anunciou que eles iriam para o hospital para monitorar melhor e acompanhar o processo com mais precisão. Sam foi com Rebecca e Cait no carro da doula, enquanto os avós iriam mais tarde em um táxi, com tudo o que acontecia ali nenhum deles estava emocionalmente estável para dirigir.

What London Gave Us (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora