capítulo vinte sete.

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O assalto foi planejado cada passo, cada minuto e como tudo seria. Tinha plano a, b e se nós precisasse, o alfabeto inteiro estava com nós.

Consegui passar no Bk e comprar um conforto pra minha família, passei na farmácia e comprei também remédio caso a Rita estivesse sentindo alguma dor ou ainda mal pela bebida.

Cheguei em casa e estava tudo em silêncio, mas ao me aproximar escutei um choro baixinho e abrir a porta do quarto, vendo o Davi chorando e a Rita arrumando uma bolsa.

Menor: O que tá acontecendo? - Falei me aproximando do meu filho e Rita me olhou quase me matando.

Rita: O meu filho está com febre e a porra do pai não serve pra nada.- gritou comigo e eu peguei o Davizinho no como, vendo ele deitar a cabeça no meu ombro.

Menor: A gente pode ter as brigas que for o caralho tudo, tu pode gritar comigo namoral, mas já mandei tu tomar postura na frente do menino, não tem pra que ficar brigando e ele escutando nem vendo isso.- Falei apontando pra ela.

Davi: Tá doendo muito minha cabeça.- Falou manhoso no meu colo.

Ele estava quente pra caralho e eu nem sabia o que fazer, mas senti minha cabeça girando e cambaliei pra trás, vendo a Rita colocar a mão no meu braço.

Rita: O que foi? - Falou preocupada e eu olhei pra cima.

Menor: Vamo cara, o que tu tá procurando? - Falei sentindo minha cabeça explodindo.- Ele tá esquentando mais.

Rita: Eu não tô achando a porra do cartão.- Falou nervosa.

Menor: A gente chega naquele hospital particular Rita, precisa disso não.- Falei saindo com o Davi e puxando ela.

Rita: Você tá com dinheiro, Victor? Tô sabendo que o lucro tá caindo. Cara, deixa eu procurar, tem o postinho daqui.- Falou tentando ir pro quarto e eu respirei fundo.

Menor: Confia em mim cara, só isso.- Ela me olhou preocupada e eu saí com o Davi, coloquei ele no carro e ela entrou, colocando ele no colo dela.

Chamei os meninos pra proteção e liguei o carro, sentindo minha cabeça doendo mais e minha visão embaçando.

Rita: Você tá bem? O que caralho você tava fazendo, Victor? Porra cara, a gente passou a madrugada no baile e não foi o suficiente pra você? Teve que ir atrás de que? - Falou baixo, por causa do Davi mas ela estava puta e queria gritar.

Fiquei calado, ignorando aquilo porque eu odiava isso, sempre era o mesmo bagulho. Eu tentava falar pra onde eu ia e ela ficava puta, se negava e brigava. Aí eu ia embora e quando eu voltava, ela tava com um tanque de guerra pra me matar.

Eu odiava explicar e ela odiava entender nessa porra.

Vi ela ficando sem paciência e meti o pé no acelerador, não era nem pela falta de paciência dela, mas sim pelo Davi que chorava baixo sem parar e eu odiava ver meu filho chorando e não poder fazer nada, mesmo com a minha cabeça girando, eu vendo tudo escuro e embaçado, a gente desceu e ela foi na frente, enquanto os meus seguranças chegaram do meu lado, vendo que eu tava malzão.

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+100 para o próximo capítulo.

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