Betado por ephemerar
— Você realmente gosta de mim?
Haeyon franziu o cenho ao ouvi-lo perguntar aquilo tão repentinamente. Ela sentiu uma gotícula de suor gelado escorrendo por sua nuca, até perder-se ao meio das costas, como se alguém tivesse passado um bloco de gelo através de sua pele com lentidão.
Jungkook continuava encarando-a com os olhos castanhos brilhando por um sentimento que ela desconhecia no momento. Mas que certamente possuía algo relacionado ao questionamento que ele fizera segundos atrás.
— Do que você está falando? — Hae engoliu em seco.
Era lógico que ela sabia do que Jungkook estava falando, mas resolveu sucumbir aos instintos primitivos de esconder os pensamentos para não ter que verbalizá-los. Isso fazia com que ela se sentisse meio atordoada, de vez em quando, porque reconhecia que insistir em contradizer as emoções límpidas que afloravam seu peito, poderia ser considerado uma atitude imatura de sua parte — talvez até um pouco estúpida.
— Acho que você sabe do que eu estou falando, só não quer admitir. Mas tudo bem, caso tenha se esquecido, eu refresco sua memória. — O olhar de Jungkook, então, acabou por sondar o seu fixamente. Hae o observou puxar a poltrona na qual estava sentado à sua frente, como que para firmar ainda mais a proximidade entre ambos, apesar da mesa que os separava. — Ontem enquanto estávamos no pub, depois que você começou a se agarrar em mim para evitar que Namjoon te tocasse, você começou a dizer essas coisas. Disse que gosta de mim e que acha que está apaixonada. Eu só quero saber se era você ou o álcool.
— Mas que tipo de pergunta é essa? — Hae riu, sem ânimo e incrédula. Ela engoliu em seco, não esperando que ele fosse lhe perguntar aquilo. Mais uma vez, praguejou-se por ter sido tão imprudente àquele ponto. — Claro que era o álcool falando por mim, Jungkook. Credo. Você acha mesmo que eu admitiria isso estando sóbria?
Jungkook pensou por um momento, seus olhos desviando dela para fitar as mãos que se apertavam umas às outras. Será que ela percebeu o que acabara de falar? Praticamente havia entrado no jogo, porém de forma indireta.
— Eu não teria tanta certeza quanto você — disse ele, após soltar o ar sem pressa através de seus lábios.
As sobrancelhas de Haeyon ergueram-se.
— Por que está tentando me contrariar? — Cruzou os braços. — O que eu disse já não foi suficiente?
A Kang estreitou sua visão enquanto sentia seu interior revirando-a por inteiro. Por que ele estava agindo tão intimidadoramente?
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Cafeteria Burket's • JK
Fanfic[CONCLUÍDO] Kang Haeyon sempre acreditou que Kim Namjoon fosse tudo o que um namorado de verdade deveria ser: bonito, educado, inteligente e bem humorado. No entanto, como nem tudo na vida são flores, após descobrir que seu príncipe encantado na ver...