[CONCLUÍDO] Kang Haeyon sempre acreditou que Kim Namjoon fosse tudo o que um namorado de verdade deveria ser: bonito, educado, inteligente e bem humorado. No entanto, como nem tudo na vida são flores, após descobrir que seu príncipe encantado na ver...
Haeyon nunca se sentiu tão envergonhada em toda a sua vida.
Ela já havia passado por tantas situações constrangedoras que mal conseguia recordar, ao longo de seus vinte e quatro anos de idade. No entanto, nenhuma delas havia sido tão vergonhosa e repugnante quanto àquela a qual se encontrava atualmente.
"Como diabos eu me submeti a isso? E por quê não consigo lembrar do que aconteceu depois?", eram seus maiores pensamentos no momento.
A única coisa que ela se lembrava era de ter ido ao pub do outro lado da rua onde o Burket's se localizava. Lembrava da voz aveludada de Jungkook tentando lhe passar tranquilidade, a tensão ao ver Namjoon chegando no local, convidado por Min Yoongi, e por último, o sabor das incontáveis doses de soju descendo como fogo em sua garganta… Depois disso, sua memória era um branco total.
Não havia uma só recordação após o momento em que Haeyon esteve sóbria, nenhuma frase ou palavra da qual ela se lembrava com exatidão. Até então, a única coisa que permeava sua mente era a de ser recebida pelos pais na porta de sua casa, de ter o pai completamente aborrecido com a situação e os efeitos do álcool ingerido horas atrás diminuindo consideravelmente ao mesmo tempo em que as consequências, ou a famigerada ressaca, começavam a apresentar-se pouco a pouco.
Havia um gosto terrivelmente amargo em sua boca, causando-lhe um certo tipo de gastura no estômago que parecia chacoalhá-lo no intervalo de cinco segundos, como se ela estivesse em uma espécie de montanha russa correndo em uma velocidade acima do normal. Sua cabeça, então, nem podia se falar... Doía tanto, que era quase como se houvesse uma banda de heavy metal realizando um show particular, exclusivo para todos os seus miolos. Estava zonza, e mal podia se situar onde estava. Se não fosse pela mãe segurando-a firmemente para que pudesse chegar ilesa até o sofá da sala, o corpo da mulher certamente já teria encontrado o chão.
Agora Haeyon estava ali, sentada à frente de seus pais. Ela estava curvada para a frente, antebraços apoiados nos joelhos, dedos entrelaçados, cabelos caindo completamente em torno do rosto.
A voz alta do senhor Kang adentrou seus tímpanos como se ele estivesse usando um megafone para falar.
— Por que não nos olha no rosto, agora? Você não é a Kang Haeyon que conhecemos. É uma estranha para mim.
— Querido, fica calmo. Não importa o que Haeyon tenha feito, ela é nossa filha.
A mãe, como já era de esperar, tentava acalmar o marido com relação a Hae, apesar de saber que ela estava errada. No fundo, sabia que ele tinha razão. Mas Haeyon nunca havia feito aquilo antes, era a primeira vez que chegava bêbada em casa, portanto seu instinto de mãe afirmava que deveria haver uma explicação coerente para o ocorrido.