Betado por ephemerar
Haeyon estava faminta. Mas, por algum motivo, não conseguia fazer com que seu almoço fosse engolido por si mesma como deveria.
Kang Seulgi, por outro lado, parecia ser o oposto dela naquele momento em especial e Hae sentiu uma pontada de inveja da mulher que servia-se de porções generosas de comida à sua frente. Suspirou fortemente perguntando-se o que havia de errado consigo.
Já estava devidamente empregada — e por pura sorte, sabia disso no fundo de seu íntimo —, Jungkook havia dito que não havia ressentimento entre ambos pelo infeliz ocorrido da cafeteria Seocho que ela tentava esquecer e agora podia finalmente sanar suas necessidades financeiras por um tempo considerável, ainda que rápido. Haeyon não conseguia compreender o que exatamente ainda a afligia por dentro.
A julgar pelo suor que insistia em escorrer por sua têmpora e o grande ninho de passarinhos batendo suas pequenas asas metaforicamente em seu estômago, a moça sabia que estava ansiosa com algo, embora ainda não soubesse com o quê ou por quê. Mesmo com a idade que tinha, Haeyon na maioria das vezes era ruim no quesito reconhecer suas próprias emoções.
— E você aceitou mesmo se encontrar com ele? O seu ex-namorado salafrário? — Seulgi questionou de boca cheia, fazendo os pensamentos de Haeyon se dissiparem feito folhas secas em tardes de ventanias outonais.
Apertou as pálpebras quando os olhos curiosos da outra Kang encontraram os seus e, envergonhada, arrumou a haste do óculos em seu nariz pela centésima vez apenas no último minuto.
Haeyon já havia respondido aquela mesma pergunta segundos atrás, porém Seulgi insistiu em refazê-la como que para se certificar de que havia ouvido corretamente.
Soprando o ar levemente por entre os lábios, Haeyon apenas repetiu:
— Sim. E eu nem sei porquê fiz isso. — Deu de ombros. — Acontece que eu simplesmente quis ir até lá, sabe? Isso soa tão ridículo da minha parte.
— Ah, eu não acho — afirmou Seulgi, limpando os lábios com um guardanapo de papel. — Você falou umas poucas e boas para ele, não foi? Bom, se isso de algum modo fez você se sentir melhor, então talvez você possa fazer de novo.
Ela riu em ironia e Haeyon manteve a pose séria por um breve segundo, mas em seguida baixou os ombros, relaxando a expressão.
A jovem achou que não era uma boa ideia tocar naquele assunto quando Seulgi lhe indagou como exatamente ela ficara sabendo da vaga de Lighting Designer, mas a verdade era que não se importava em falar sobre. O que Namjoon havia lhe feito não era algo que ela pudesse perdoar, tampouco esquecer. Mas, uma vez que já havia acontecido, ela não precisava esconder. Fingir que não havia sido com ela apenas tornaria tudo ainda mais confuso em sua mente.
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Cafeteria Burket's • JK
Hayran Kurgu[CONCLUÍDO] Kang Haeyon sempre acreditou que Kim Namjoon fosse tudo o que um namorado de verdade deveria ser: bonito, educado, inteligente e bem humorado. No entanto, como nem tudo na vida são flores, após descobrir que seu príncipe encantado na ver...