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Betado por ephemerar

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Betado por ephemerar

A xícara de café que Haeyon havia levado consigo para o quarto, após o jantar, estava quase pela metade quando ela sentiu o sono a dominar — outra vez. Suas pálpebras tremiam, os olhos doíam e ela quase não conseguia sentir a ponta de seus dedos ao segurar o lápis.

O relógio pendurado no alto da parede ao seu lado marcava exatamente dez e quarenta e três de um sábado noturno e provavelmente agitado em algum lugar da cidade que, com certeza, não era o seu quarto. Apenas o mesclar de tédio, ansiedade e muita — muita — sonolência permaneciam no cômodo pequeno.

Ha Na dormia serenamente no quarto de seus pais, possibilitando que Haeyon pudesse trabalhar sem qualquer interrupção. Não que a presença da irmã não fosse bem vinda. Pelo contrário. Além da concentração dobrada que exercia para não errar absolutamente nada, Hae precisava da iluminação no quarto acesa por, aproximadamente, uma hora e mais alguns minutos a mais. Como a Senhora Kang fazia questão de colocar a filha mais nova na cama antes das dez horas da noite, Haeyon sabia que se ela ficasse consigo ali, certamente teria seu sono prejudicado — o que não era bom para a saúde da garota, sem dúvidas.

A sala de estar, assim como a cozinha, não era o melhor lugar da casa onde ela podia sentar-se e trabalhar à vontade, tanto pela iluminação fraca quanto porque a mesa de jantar não era propícia àquilo. E estava grata no fim das contas, porque pelo menos os pais a entendiam e não se importavam em permitir que a pequena Ha Na dormisse no quarto de ambos, dividindo a velha cama de casal com os dois.

Ela com certeza estava melhor do que a própria Hae atualmente. Não havia dúvidas quanto a isso.

A Kang mais nova certamente encontrava-se perfeitamente aninhada nos lençóis grossos de seus pais, envolta nos cobertores quentinhos e convidativos que pareciam estar de pé em seu próprio quarto, na mente de Haeyon. Ela podia visualizá-los sendo postos sobre sua cama. A maciez dos tecidos clamavam por sentir suas costas cansadas em toda a extensão. O contraste entre eles era perfeito, o colchão quente ansiava para que ela desse um tempo a si mesma. Era quase fim de sábado e a jovem não precisaria acordar tão cedo na seguinte manhã de domingo.

A cama parecia cantarolar seu nome e, além do mais, Hae estava com tanto sono...

— Merda! — A mulher murmurou, às cegas, no instante em que o sonho se desfez.

Era a quinta vez que sua cabeça tombava levemente para o lado quando o sono a atingia e suas pálpebras fechavam-se por reflexo, quase fazendo-a cair da cadeira, onde estava sentada desde algumas horas atrás.

As mãos pequenas foram até o rosto e retiraram o óculos de grau, deixando-os acima da mesinha que servia como apoio para todo o seu material de trabalho, além das folhas que estavam constantemente espalhadas sobre a mobília. Com os dedos polegar, indicador e médio, tratou de massagear levemente a área de seu rosto onde o óculos ficava posicionado, bem acima de seu nariz.

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