Capítulo Dezessete

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POV Paola

Enlacei nossas mãos e deixamos o restaurante, seguindo juntas até o elevador.

Acionei o botão, chamando pelo mesmo, e após um apito sonoro as portas da caixa de metal se abriram.

Pus a mão na lateral para que não se fechassem e dei passagem para Ana entrar, entrando logo atrás.

Ela se apoiou na barra que tinha ali, encostando o corpo enquanto me observava. Apertei o botão do andar em que ficaríamos e me virei para Ana.

Me aproximei dela que sorriu e envolveu os braços em minha cintura.

Palavras faltavam para aquele momento. Nossos olhares diziam tudo. Então para selar o momento, beijei-a. Nada exagerado ou desesperado. Um beijo carinhoso, calmo e sem briga por dominância.

Sua língua envolveu a minha, ao passo que sua mão correu para a lateral do meu rosto, acariciando-me a bochecha.

Nos separamos com selinhos, assim que ouvimos o som do elevador, indicando que havíamos chego no andar.

Novamente dei espaço para que Ana saísse primeiro e quando sai, peguei sua mão, nos encaminhando até a suíte reservada para nós.

Passei o cartão na leitora eletrônica e assim que a porta fora destrancada, abri, dessa vez entrando junto com Ana.

A decoração do local estava impecável, como havia pedido. A única luz do ambiente era a do lustre bem no meio do quarto. A banheira era decorada com rosas e velas ao seu redor, assim como a mesa disposta ao lado. A cama perfeitamente arrumada com lençóis brancos. Fiz uma nota mental de parabenizar o gerente pelo excelente trabalho.

Ana soltou minha mão e caminhou até próximo à cama, ficando bem no centro do quarto. Fechei a porta que trancou-se automaticamente e me aproximei da mesa. A caixinha de veludo preta que havia deixado com o responsável, já estava ali. O meu presente para minha esposa.

Peguei o objeto e fui até o interruptor, apagando a luz principal do quarto, que ficou iluminado apenas pelas pequenas luzes de LED estrategicamente posicionadas em cima da cama e da banheira. E também das velas aromatizadas, espalhadas pelo ambiente. Aproveitei para ligar a música pelo controle remoto que continha ali, numa playlist aleatória mas especial para o momento.  

A música soou baixa e eu me aproximei de Ana, encostando meu corpo no seu ainda de costas.

- Acho que fica mais romântico assim. Toquei seu braço com a mão livre e ela se arrepiou. Senti seu corpo tensionar. Tá tudo bem? Beijei seu ombro.

- Eu tô me sentindo estranhamente nervosa. Como se fosse uma adolescente no seu primeiro encontro. Riu e eu a acompanhei. São os efeitos que você me causa. Fechou os olhos quando lhe abracei mais firmemente, juntando nossos corpos.

- Gosto dos efeitos que te causo. Beijei seu pescoço. Mas eu tenho um presente pra você.

Ela se virou pra mim, me olhando em expectativa. Segundo ponto da noite ao meu favor.

Pus a caixinha a nossa frente e abri, relevando o conteúdo. Um colar com duas alianças enlaçadas. Uma continha seu nome e a outra, o meu.

- Eu queria algo que simbolizasse nosso amor, mais do que as nossas alianças. Achei lindo esse colar e pensei em você na hora que vi. Sua boca se abriu em surpresa e seus olhos marejaram, instantaneamente.

- Eu... Amor... Tentava formular uma frase, mas o nervosismo não lhe permitia. Eu amei. É lindo! Disse sorrindo e com a voz embargada. Ali, a constatação de que eu havia acertado no presente viera. Peguei o colar da caixinha, a colocando sobre a mesa.

Acasos do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora