BRUMILLA ANATOMY

CAPÍTULO 3

GONÇALVES

Degluti todo o conteúdo do copo no qual Oliveira me entregou, pois eu precisava criar coragem para contar para ela o que estava acontecendo comigo, ela estava pensando alguma coisa que eu não fazia ideia e eu tenho certeza que não é o que realmente está acontecendo.
Vê-la completamente nua em minha frente me fez perder o chão, então eu respirei fundo. O olhar dela sob o meu corpo e a forma que ela passava a língua sobre os lábios denunciava sua vontade, e não posso negar que eu queria o mesmo. Porém eu não podia perder o foco. Raspei a garganta chamando sua atenção, e no mesmo instante sua atenção estava voltada completamente em meus olhos quando disse.
- Oliveira, esse momento meus olhos marejavam. Engoli toda a salivação que se formou em minha boca e dei continuidade. - Eu preciso falar pra você o que está se passando. Ela me olhou com um semblante preocupado e não disse nada, então prossegui.
- Danilo, mas conhecido como D'Gonçalves é meu pai. Nós não nos falamos muito, pois ele é bem distante como pai, mas toda vez que ele entra em contato comigo eu seu que é pra acobertar as merdas que ele tem feito. Hoje pelas 3h da manhã ele me ligou embriagado, me implorando por ajuda. Então eu estou sem dormir desde então. Acontece que meu pai fez uma merda tão grande no pelotão dele que pode ser julgado por pena de morte.
Juro para você que não fosse pela minha mãe eu não iria ajudar, mas eu a amo muito que vê-la sofrer pela falta dele, vai me doer muito mais. Sei que um dos fatores da vinda dela até a cidade é para acertar o tal casamento que meu pai prometeu para o Matheus, mas acontece que eu não sinto nada por ele. E seu bem o que ele aprontou na Rússia, mas esse cara era tão louco para ficar comigo que foi capaz de ameaçar o meu pai.
Meus olhos estavam repleto de lágrimas, eu estava me abrindo para uma pessoa que eu mal conhecia mas a Oliveira me acalmava de tal forma que eu só queria seu colo como consolo nesse momento.
Então, vi a Oliveira caminhar em minha direção, ela me envolveu em seus braços eu senti meu mundo seguro, e assim eu desabei. Instantes depois fomos caminhado em direção a cama dela, onde ela se deitou se eu apoiei minha cabeça em deu peito, ficamos ali abraçadas. Ela não disse uma palavra, que era o suficiente o silêncio entre nós, não era incômodo, mas as lagrimas permaneciam.
- Oh, Bru? Foi quando eu ouvi Oliveira me chamar, no mesmo instante eu a olhei com um olhar desconfiado, pois ela nunca havia me chamado daquela forma. E ela continuou. - Eu não estou gostando de ver assim, você está com olhos completamente inchados, pelo amor de Deus vem comigo!
Então ela estava de pé, e com uma fração de segundos ela me pegou no colo, caminhamos em direção ao banheiro no qual ela me colocou no chão, abriu a água da banheira e em seguida foi abrindo os botões da minha roupa, eu estava paralisada e podia ver que nesse momento o olhar dela era de cuidado, não havia maldade em seus atos. Depois de nua eu entrei na banheira e mesma ficou do lado de fora me banhando, e o silêncio não era nada constrangedor. Depois do banho caminhamos até a cama novamente, onde eu estava apenas de lingerie deitamos formando uma concha, foi quando eu pude sentir o corpo da Oliveira encontrado ao meu e sentir ela completamente nua. Eu fechei meus olhos e aproveitei apenas o momento. Em meio a madrugada eu sabia que ela já estava em uma sono profundo, eu me aconcheguei mais, beijei sua mão e disse baixinho. -Obrigada por ter chegado em minha vida Lud, não existe colo no mundo que me faça tão bem assim. Em seguida peguei no sono novamente.

OLIVEIRA

Ver a Gonçalves aqui em casa dessa forma, não posso mentir que eu fiquei absolutamente em choque, aquela imagem de mulher forte que eu tinha em mente se fez ainda mais constante em meu pensamento, porém agora eu estava vendo aquela mulher se abrir. Eu não tinha o que falar, pois em todo momento eu me coloquei em seu lugar. Com toda certeza eu faria o mesmo se fosse meu pai. Não posso negar que eu como taurina estou morrendo de ciúmes por dentro em saber que aquele escroto pode se casar com uma mulher incrível dessas, mas o que eu penso agora não importa. Ela precisa da minha pessoa e como amiga, tenho que ajuda-la, pois ela está frágil e precisa do meu colo. Ficamos deitada em minha cama por um tempo, mas eu não poderia ficar olhando ela ali chorando e não fazer nada. Então decidi que eu iria ajudar ela a tomar um banho, envolvi em meus braços, preparei a banheira , retirei sua roupa e fiquei ali com ela ajudando a se lavar. Ao vê-la nua eu a respeitei completamente, pois eu nesse memento a via como uma criança, que precisava de cuidados. Ao terminar voltamos para cama. Ela estava de lingerie já eu retirei meu roupão e me deitei ao seu lado. Ficamos abraçadas, no qual pode depositar meu rosto entre meio seus cabelos aproveitando a concha que havíamos formado. Eu tenho o sono muito leve, e pela madrugada eu mesmo sonolenta pude ouvir tudo que a mesma disse, desde então eu fiquei acordada por mais um tempo pensado.
Eu achei que ela loucura da minha cabeça, mas ela também sentia algo diferente, mas nesses circunstancias, como iriamos lidar com isso?
O dia amanheceu, e como de costume meu despertador estava berrando ao meu lado, estiquei a mão e desliguei o mesmo apenas com um tapa. Quando me dei conta Gonçalves ainda estava em minha cama, apagada tadinha. Estava com os olhos complemente inchado, eu então abri um sorriso e acordei mansamente dizendo. - Bru, acorda está na hora de se arrumar pro plantão. Ela cheia de manhã enfiou o rosto no travesseiro dizendo. - Ahhhhhhh não, hoje eu não quero nada!
Eu abri um sorriso, ao ouvir ela falar daquale forma, mas eu não podia me atrasar, afinal ela era a minha chefe, mas antes dela eu era subordinada por várias pessoas, me levantei e fui me arrumar enquanto a mesma continuava na cama. Na cozinha eu ja tinha colocado o expresso para fazer. Depois de pronto coloquei a xícara em uma bandeja, junto com um pouco de chantilly cobrindo o expresso e acrescentei um pouco de achocolatado, em um prato pequeno coloquei algumas rosquinhas doces e salgadas e em uma tigela de louça coloquei frutas picadas, e uma colher de chá, com a bandeja devidamente pronta deixeu no criado mudo. Aproximei meus lábios de sua testa dei um beijo e disse. - Bru, eu estou indo. Estou deixando aqui seu café da amanhã e as chaves daqui de casa. Quando estiver melhor me dê notícias por favor.