CAPÍTULO 4

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OLIVEIRA
Eu estava morrendo de fome, Bru literalmente não deu sinal de vida pelo restante da manhã, eu já tinha passado consulta por aproximadamente por uns 9 leitos, meu estômago estava colado, pois até agora não tinha conseguido comer nada. Ao terminar a consulta no quarto do Sr. José fui até ao refeitório para comer alguma coisa.
Quando cheguei no refeitório já estava na hora do almoço, então eu arrumei minha bandeja e sentei para almoçar. Quando varro o local com o olhar avistei a Lari, fiz sinal para ela sentar ao meu lado e ela correspondeu dizendo que sim.

Ela me contou muita coisas na hora do almoço, ela estava super afim de uma garota lá da brigada, e queria minha ajuda. Já eu queria muito coloca fora todo que estava sentido ela Gonçalves, porém tinha medo. Eu estava sentada na mesa da lateral esquerda do refeitório, próximo ao corredor que dá visão ao setor do CTI. Eu estava com o pensamento longe, pois eu queria notícias e até agora nada, posso dizer que a Lari devia estar em achando um saco hoje, de tanto que eu reclamava da vida. Quando ela disse. - Meu Deus, não sabia que a ausência da loira te causava esse mal humor todo pqp.

Para piorar quando eu quase comia a porta do setor do CTI com os olhos , pude ver a Gonçalves passando por ela o Matheus em seguida, no qual eu tive uma mistura de sensações mesmo tempo.
Continuei comendo, porém agora eu comia com uma certa raiva, eu colocava a comida na boca e mastigava de uma forma como se estivesse comendo algo muito ruim. Lari parou pra me observar e perguntou o que estava acontecendo. Eu apenas balancei a cabeça em sinal de negação e não disse mais nenhuma palavra dali em diante.

Terminei o almoço, fiz minha higiene pessoal e fui até o quarto de sobre aviso. Eu estava evitando a Gonçalves, pois eu não aguentava vê-la junto daquele homem nojento. Então eu tirei um cochilo, pois dali em diante meu dia seria muito tranquilo e eu pretendia ir para casa cedo. Algumas horas depois eu terminei tudo que tinha a fazer e foi quando a Lari me convidou para ir em um bar próximo ao campo.
Eu estava meio pra baixo, aceitei o convite imediatamente. Trocamos de roupa, e fomos até o bar.
Eu estava decidida a não beber muito pois eu estava de carro e precisava chegar em casa, eu não morava tão longe dali. Chegamos no bar, nos direcionamos até balcão e ficamos ali conversando e bebendo, como de costume estava bebendo whysk e a Lari cerveja. Depois de um tempo eu estava com a cabeça um pouco baixa e alisando a borda do copo, e claro, pensando na Bru. Ouvi uma voz me chamando quando sai de meus devaneios. - Oh Oliveira, da pra sair dessa bad aí? Disse Lari debochando da minha cara. Eu olhei pra ela com uma cara de brava e mostrei o dedo do meio dizendo. - Cuida menina! Estávamos de boa, começamos a contar coisas passadas, a gente literalmente ria das coisas que fizemos no passado. O celular da Lari não parava de apitar, eu logo ri e disse. -Pela forma que está rindo aí pra essa tela, posso ver que está dando certo com a mulher lá do campo. A mesma respondeu: - Sabe de nada inocente e riu. Continuamos ali conversando eu pedi mais bebidas para nós. As horas se passavam e nem nos damos conta. Um tempo depois uma garota ruiva com o cabelo aproximadamente até o ombro de os olhos azuis, que para falar a verdade estava muito bonita, se encostou no balcão e começou a puxar assunto. Eu como uma pessoa muito educada, fiquei conversando e falando sobre as coisas da vida sem maldade alguma. Ouve um momento que eu até pensei que ela estava dando em cima da minha pessoa, porém fingi demência e abstrai a situação.

Já estava próximo das 00:00h, então eu chamei a Lari para ir embora, fechei a conta e a levei até sua casa.
Eu estava morta se cansada, o dia não tinha sido o melhor de todos, pelo contrário, estava me matando, eu queria muito ver a Bru, mas eu ainda não tinha superando todos os fatos. Eu tomei banho e me deitei e apaguei só com o fechar dos olhos.

GONÇALVES

Quando cheguei no campo, dei de cara com o bosta do Matheus. - Aff! Meu dia não poderia ficar pior. Ele estava fazendo um procedimento cirúrgico e exigia que eu desse uma olhada, então eu fui até a sala e me paramentei devidamente antes de entrar no centro cirúrgico. Eu imaginava que ficaria ali por pouco tempo mas acabou que o paciente teve uma parada cardíaca em meio ao procedimento e acabamos perdendo o mesmo. Nesse momento pode perceber que eu estava em uma maré de azar. Declarei o óbito, pedi que os internos presentes ao pudessem fechar o corpo e me retirei da sala o mais rápido possível. Descartei todos os paramentos que estava utilizando, escovei minhas mãos e sai dali.

BRUMILLA ANATOMYOnde histórias criam vida. Descubra agora