BRUMILLA ANATOMY

CAPÍTULO 11

Quando abri meus olhos um cheiro indescritível invadiu todo o ambiente, tudo ao meu redor girava, por alguns segundos eu nem mesmo sabia onde estava e foi quando me dei conta de onde permanecia. Bem a minha frente havia um cadáver. Havia uma carcaça vestindo as roupas da minha amada. Meu corpo não se movia eu perdi todas as forças que existiam dentro do meu ser, na minha cabeça só repercutia um som vazio e assustador dizendo. " ELA ESTÁ MORTA"

Reuni todas as forças que me restavam bem no fundo do meu âmago,  dentro da parte que nem mesmo sabemos de onde vem , talvez com a ajuda de Deus e movi lentamente meu braço direito, retirando meu celular do bolso e fiz uma única chama  para Kurt Weller.

Ao terceiro toque ele se apresentou, minha voz quase inaudível se formou com as palavras que invadiam até o último centímetro do meu ser. "ELA ESTÁ MORTA, BEM EM MINHA FRENTE. As lágrimas se formaram em minha face de forma involuntária, de forma aleatória eu respondi suas perguntas e o mesmo alegou sua chega em instantes.

Meu corpo no final da chamada se encolheu, encostei-me na parede abraçando meus joelhos me permiti chorar, permiti meu luto, eu me entreguei ao sofrimento, velando seu corpo em forma protetiva e desesperadora, culpando-me até o último fio de cabelo, que tudo que tivera acontecido era por minha causa, nunca me vi como uma assassina, mas faria o que fosse possível e impossível para vingar a quem tivesse causado isso a mulher que dava-me vontade de viver por amor. Eu seria capaz de passar uma vida na prisão para ver aquele que a feriu de forma tão bruta e desumana.

                                           * * *

Com sua chegada em minha casa  deu inicio ao grande caos, Kurt e sua equipe tomam conta de todo local, começando com os protocolos policiais, tudo se tornou vedado. Fitas de marcação estavam pelo ambiente, aquelas amarelas com listras negras, uma espece de talco tomou conta da extensão, por todo chão até as paredes, luzes negras surgiram através de equipamentos. Eles estavam atrás do assassino e isso me deixa ansiosa, eu o queria morto o quanto queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo e eu pudesse acordar e viver uma realidade longe de tudo isso. 

A equipe de Annalise Keating chegou logo em seguida, e toda a equipe estava trabalhando unida em prol de encontrar apenas um culpado por toda a bagunça. O corpo foi retirado de minha residencia e foi levado para sei lá onde, e fui convidada a me retirar do recinto.

-

Horas depois eu estava no apartamento de minha amada com Lari, que tentava me acalmar de qualquer forma, mas eu não conseguia nem mesmo fechar os olhos quanto não tivesse respostas plausíveis para o fato.

Meu telefone apitou, em fração de segundos eu o atendi, por trás da chamada pude ouvir a voz de Keating.

-Alô, Brunna?

-Sim, Keating. Sou eu!

-Tenho notícias, não são as melhores, mas talvez a acalme um pouco. Minha equipe levou o corpo para o laboratório de analises, e constatamos que o mesmo não pertence a Ludmilla Oliveira. 

Em um suspiro de alívio eu deixei preencher todo meu pulmão de ar e soltei pausadamente, sentindo meu miocárdio saltar no peito de alegria.  Um zumbido tocava meus ouvidos, minha visão era totalmente turva, eu tive um um surto. Minha realidade se perdeu em minutos, e com se eu acabasse de ser premiada com um bilhete milionário. 

Então a voz continuou..

-Sinto em dizer que o mesmo pertence a uma integrante da academia feminina de vocês, ele pertence a Viviane de Queiroz.

Fechei meus olhos no qual senti uma lágrima solitária descer sobre a minha face, respirei fundo e soltei o ar pesado.
Em seguida um som longe me chamava, foi quando me recordei que Keating ainda aguardava na linha.
- Oi, estou ouvindo sim! Respondi.
-Tudo bem Brunna. Eu compreendo que deve estar sendo muito difícil pra você nessa situação onde está tudo caindo sobre a sua cabeça. Mas não se preocupe estamos fazendo o possível para encontrar a Oliveira.
- Obrigada Keating! Vou dar um jeito nas coisas por aqui, e organizar um funeral. Pois bem fico feliz que está fazendo o seu trabalho.