15°Hope

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Hope estava incrivelmente animada, não conseguia decidir exatamente pelo quê. Se era por Hiro ter se oferecido para acompanhá-la até sua casa ou se foi pela luta vencida, ou pelo poder criado. Talvez fosse uma mistura significativa de cada uma dessas três coisas, ela somente sabia que não conseguia permitir Hiro falar, estava animada demais para dá espaço para que Hiro comentasse algo mais afundo de suas próprias opiniões sobre os assuntos que Hope trazia à tona.

Ela estava animada, muito animada, queria se conter, mas também sabia que era impossível. Aquela havia sido a melhor tarde de sua vida, principalmente pela companhia final. Hope sabia que vencer Gogo e ser aceita oficialmente no grupo era algo magnifico, era tudo o que ela queria no momento. A garota que tagarelava com um dos gênios da S.F.I.T não percebia, ou não queria pensar no assunto naquele momento, que futuramente estaria lutando contra pessoas que não hesitariam em machucá-la realmente.

Estava dentro de uma bolha de alegria que não queria sair e gostaria de aproveitar daquilo por mais alguns horas, talvez alguns dias. Segundos antes de começar a lutar com Gogo havia chegado à conclusão de que aquilo era um teste, um teste que ela precisava passar. Precisava provar para si mesma e para os outros que poderia lutar, que poderia ajudar e acima de tudo que poderia vencer.

Hope se despediu de Hiro, que a deixou em frente à sua casa. A garota acompanhou com os olhos Hiro se distanciar de sua casa antes de entrar, estava com o coração ainda acelerado, ainda animada, mas tentou disfarçar tudo ao olhar sua mãe de braços cruzados, sentada na poltrona que ficava de frente para a porta de entrada da casa, com um olhar sério. Segurou o suspirou, sabendo que teria uma conversa de mãe e filha.

- Oi mãe! – exclamou animada, ainda não conseguia controlar a animação que sentirá aquela tarde.

- Não tem essa de mãe, para seu quarto agora. Iremos ter uma conversa de mãe e filha – Elena apontou para as escadas, com um olhar sério e autoritário

Hope sorriu sem mostrar os dentes, de cabeça baixa passou por sua mãe e começou a subir as escadas. Ela sabia que essas conversas só aconteciam quando Hope tentava esconder coisas de sua mãe. Elena era uma grande psicóloga, devido as coisas que aprenderá na universidade, ela sabia analisar com um olhar afiado quando as pessoas escondiam as coisas dela. Ela não tinha permissão para usar fora do trabalho e fazia todo o possível para manter a vida pessoal fora de seu trabalho, mas as vezes usava a observação em suas filhas, para poder ajudá-las sempre que possível.

As filhas diziam que aquilo fazia parte dela como psicóloga, mas a observação existe em cada mãe e ela sempre sabe quando seus filhos não estão bem, umas mais que outras, mas a maioria das mães simplesmente sabem. Hope levantou o olhar somente para ver Karmi na ponta da escada, com um sorriso de lado no rosto, a irmã mais nova sabia que a mais velha sempre achava que a mãe de ambas brigava com Hope quando acontecia as conversas, mas a mais nova sabia que não era bem assim que funcionava, portanto nunca ficava preocupada com as conversas.

Ambas as garotas tinham uma boa intimidade com Elena, no entanto, ela acreditava que Hope precisava de um pouco mais de cuidado devido estar passando pela adolescência e por essa não ser a fase mais fácil da vida das pessoas no geral.

Entrando no quarto, sendo seguida por Elena, Hope se jogou em sua cadeira giratória e viu sua mãe fechar a porta atrás de si, ficando em pé de costas para a porta, voltou a cruzar os braços.

Hope levantou uma das sobrancelhas. – Vamos começar com: qual é o nome do menino que a trouxe para casa? – mudando o tom de voz, Hope abriu um sorriso.

Sua mãe não fazia o tipo protetor, mas as vezes ele aparecia, como toda mãe, ela se preocupava com a filha e gostaria de saber com quem ela está andando.

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