Capítulo 7

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FERNANDO

Pela primeira vez desde que conheci Paola vi que ela estava com medo, aceitou dar-me carona sem reclamar ou discutir. Pediu para dormir no meu apartamento, pois estava com medo de Felipe encontrar Justine. Assim que chegamos ao meu apartamento, abracei-a para mostrar que ela não precisava ter medo, eu ia protegê-la de Felipe mesmo que isso custasse minha vida. O telefone tocou e vi novamente o medo tomar conta do rosto de Paola.

- O que houve? Perguntei.

- Felipe está no edifício onde moro, espancou o porteiro por não dizer qual o meu apartamento. O chefe da segurança me ligou. Preciso ir até lá agora. Acompanha-me até lá? Perguntou ela.

- Não deixaria você com aquele louco sozinho, nem que isso dependesse minha vida. Respondi.

Peguei a chave do carro e saímos em seguida, ao chegar à porta do edifício onde Paola morava a ambulância do Samu já estava no local dando os primeiros atendimentos ao porteiro que Felipe tinha agredido. Paola foi até o chefe de segurança saber os detalhes enquanto fui saber notícias do rapaz agredido. Joaquim, esse era o nome dele, apanhou até perder os sentidos, uma sorte ter apenas quebrado quatro costelas, o médico me garantiu que ele ficaria bem. Nesse momento Paola se juntou a mim e disse:

- Ele está no bar da piscina me aguardando.

- O porteiro ficará bem, teve quatro costelas quebradas. Você não vai falar com esse maníaco. Se ele encostar um dedo em você não sei o que sou capaz de fazer. Disse.

Paola recusou terminantemente minha ajuda, foi até o carro e voltou de lá com um taco de beisebol na mão, disse que tinha de fazer isso sozinha. Então me escondi atrás de uma pilastra fiquei observando qualquer atitude suspeita de Felipe, já que de onde estava não era possível ouvir o que diziam. Estavam conversando de forma polida, não percebi Felipe se alterar nenhuma vez, a não ser quando Paola levantou e Felipe fez sinal para os seguranças a conterem. Paola bateu em um deles com o taco de beisebol derrubando-o, o outro conseguiu contê-la por trás e tomar o taco. Felipe levantou e foi em direção a ela beijando-a e passando a língua por seu pescoço. Fui tomado por um ódio imenso ao vê-la em pânico se debatendo, e sem defesa. Fui em direção a Felipe, puxei-o pela camisa e o golpeei no rosto fazendo com que o mesmo fosse ao chão, o segurança soltou Paola e veio em minha direção sendo atingido com toda força por golpes de taco de beisebol. Continuei batendo em Felipe repetidamente.

- Pare Fernando! Não vale a pena se sujar com um crápula desses. Disse Paola segurando meu braço.

- Nunca mais coloque suas mãos nojentas nela, entendeu Felipe? Perguntei.

- Você vai me pagar por isso Fernando, pode ter certeza. Respondeu Felipe.

Paola me pegou pelo braço, conduzindo-me ao seu apartamento, onde encontramos sua meia-irmã encolhida chorando no sofá, fui para varanda fazer umas ligações e deixei as duas conversarem. Liguei para Rodolfo que atendeu imediatamente.

- Onde estão? Tudo bem com Paola? Perguntou ele.

- Tivemos que vir para o apartamento dela. Felipe esteve aqui e bateu no porteiro. Paola teve uma conversa definitiva com ele, e cara tenho que tirar o chapéu para ela, bateu em dois homens com um taco de beisebol, mas como Felipe joga sujo e você bem sabe disso, tive que intervir e dar uma lição nele. Respondi.

- Merda Fernando, como você está lidando com isso depois de tudo que aconteceu com Minerva? Perguntou ele.

- Por muito tempo odiei a mulher com quem Felipe se casou, pois isso custou a vida da minha amada irmã, mas hoje quando vi a aparência sofrida da referida mulher, tive ainda mais ódio de Felipe. Respondi.

TOTALMENTE SUAOnde histórias criam vida. Descubra agora