Capítulo 16

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Enfim o dia da viagem havia chegado e Paola não fazia nenhuma menção de vir conosco, o que estava me deixando louco. Arrumei minha mala e fui aguardar o táxi na varanda. Camila, Rodolfo e minha mãe estavam se despedindo de Paola, quando terminaram me aproximei dela e disse:

- Paola tenha cuidado, Felipe não vai hesitar em feri-la para conseguir o que quer.

- Não se preocupe, ficarei bem pode ir tranquilo... Encontramo-nos em dez dias. Respondeu ela me beijando.

Entrei no taxi com um aperto no peito, como se tivesse deixado uma parte min há naquele momento, pois era dessa forma que me sentia, amava Paola como jamais havia amado outra mulher em minha vida. E deixá-la para trás era a decisão mais difícil que já havia tomado, mas precisava fazê-la entender que essa vingança era ridícula e muito perigosa para ela.

- Fernando, tem certeza que vai embora? Perguntou Rodolfo.

- Sim, tenho. Amo Paola e se ficar aqui interferindo, vou perdê-la, a única coisa que posso fazer agora e torcer para que ela me ame e volte para Salvador. Respondi.

- Tenho certeza que ela te ama Fernando, só é orgulhosa demais para admitir isso. Disse Camila.

- Concordo com Camila meu filho. Paola é uma mulher independente, e muito orgulhosa. Disse minha mãe.

Continuamos o caminho em silencio, ao chegar no aeroporto senti uma tristeza maior ainda, pois tinha esperanças de que ela estivesse lá nos aguardando, fizemos o check-in e nos acomodamos em nossos lugares, olhei para minha mãe e disse:

- Vou voltar, não posso ficar sem ela.

- Faça o que seu coração manda meu filho, estou torcendo por você. Respondeu me beijando.

Levantei e chamei a comissária de bordo, quando ia descer do avião dei de cara com Paola já na porta para tomar seu lugar.

- Vou com você, percebi que não conseguiria ficar aqui sem você. Disse ela.

- Eu já tinha desistido de ir, amo você Paola e fico onde você ficar! Respondi abraçando-a.

- Vamos para Salvador, depois do casamento de Camila voltamos para cá e decidimos o que fazer com a casa. Disse ela me empurrando de volta ao assento.

Ao chegarmos em Salvador, Paola foi para o apartamento dela, enquanto eu fui instalar minha mãe em meu apartamento. Ao chegarmos em casa minha mãe disse:

- Você não tinha certeza do amor dela não é meu filho?

- Certeza, certeza não, tinha suspeitas e rezei muito para estar certo. Respondi.

- Tenha cuidado, Felipe ama Paola, do modo dele mas ama... Ele não vai deixar que vocês fiquem juntos, e vai fazer o que for necessário para impedir isso, nem que seja matá-la. Disse ela.

- Vou protegê-la a qualquer preço, nem que seja preciso matá-lo. Respondi.

- Pelo amor de Deus! Olha o que está falando! Não quero que vocês se matem, só quero que tome cuidado! Disse ela chocada.

- Não se preocupe mãe, não farei nada que me coloque ou coloque Paola em risco. Vou me deitar um pouco a viagem foi cansativa e mais tarde ainda quero ir à casa de Paola. Disse indo para o quarto.

Tomei um banho quente, fiz a barba, coloquei um perfume e deitei um pouco para descansar, iria ver Paola e matar o desejo que estava me consumindo, afinal já faziam alguns dias que não a tinha em meus braços. Pensando nisso adormeci. Acordei com o celular tocando, era Rodolfo.

- Diga otário! Disse.

- Paola está com você? Perguntou ele.

- Não, por quê? Perguntei.

TOTALMENTE SUAOnde histórias criam vida. Descubra agora