Capítulo 2

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Eva Fernandes 

Sete da manha de segunda feira, hoje é o primeiro dia de trabalho na casa do dono do morro, Guga. Eu não dormi bem de ontem para hoje, não depois do que acontece na frente do mercadinho, não consigo parar de pensar da forma que ele me chamou. 

-Ariela estou indo pro trabalho. - falo ao abrir a porta do seu quarto. 

-Tá, tá bom. - resmunga cobrindo a cabeça com a coberta. 

Saio de casa e já tem pessoas saindo de suas casas para ir ao trabalho ou pra escola, a casa de Guga fica bem no alto do morro é impossível não saber onde ele mora. Quando chego perto do portão, está cheio de vapores da confiança do Guga cercando a casa. 

-O que a senhora deseja? - pergunta um deles. 

-Eu sou a nova empregada do seu patrão. - explico. 

-Eva? - afirmo com a cabeça. - Patrão deu a ficha, pode entrar. 

Ele abre a porta pra mim que ao entrar dentro da casa me espanto com a simplicidade, estava esperando coisas de ouro e tal, mas não. A casa está uma bagunça, mais o que eu esperava de um homem que mora sozinho e mal para em casa? Nada! Pego meu avental e visto, procura pela área onde ficam os produtos de limpeza e deixo fácies para mim, preciso fazer algo para ele comer o pior é não saber o que ele come pela manhã.

 -O que será que ele come? - pergunto pra mim mesma. 

-Eu não tomo café da manhã, só uma suco de couve com beterraba. - diz me assustando. - Bom dia, loira. 

-Bom dia... - respondo arregalando os olhos ao ver o mesmo só de cueca branca. - Vou preparar para o senhor. - digo virando de costas pra ele. 

-Só Guga, Eva. - me repreende. - Chegou cedo. - observa. 

-Eu gosto de chegar antes mesmo, preciso saber como você gosta das coisas... Quero fazer tudo direitinho. - digo olhando ou tentando olhar só para seu rosto. 

-Não tenho regras, faça como você faria em sua casa não sou um homem de frescuras. - responde. - Eu agradeço se você cozinhar algumas coisas para deixar na geladeira, eu não sou de almoçar aqui até porque mal cozinho. - diz rindo e o acompanho. - Sei que você vai saber o que fazer. - pisca. - Vou tomar uma chuveirada e desço para tomar meu suco. 

-Tá bom, eu faço. 

Solto a respiração que nem percebi que estava segurando, ele me deixa nervosa e já percebi que não é por ser dono do morro. Eu faço seu suco como ele pediu e vou fazer outras coisas, coloco tudo na sala para cima, pego roupas, sapatos jogados e levo para a lavanderia. 

-Que zona nessa casa. - escuta daqui da lavanderia. - Guga, o que tá fazendo? 

Eu volto pra sala com o aspirador de pó e vejo Ravi parado no meio da sala, ele está fumando para variar e dentro de casa. 

-O que tá fazendo aqui? - me olha de cima a baixo. 

-Limpando. - digo o óbvio. - Guga está no banho. - aviso ligando o aspirador na tomada. - Se me der licença agora... - faço um gesto com a mão pedido pra ele sair. 

-Vou sair não, preciso falar com seu patrão. - responde. 

-Você que sabe. 

Ligo o aspirador e começo a aspirar há casa, ele vai de um lado para o outro irritado até cansar e sair da casa batendo a porta. Odeio que me atrapalhem quando estou limpando, odeio mesmo. 

-Era Ravi? - pergunta Guga desligando o aspirador. - Barulho do caralho, espero eu sair pra usar essa merda. - resmunga.

-Sim era ele, seu suco está na geladeira. - aviso nervosa. - Termina logo e sai daqui, preciso continuar a limpar.

Nosso Amor Bandido - Livro BônusOnde histórias criam vida. Descubra agora