Capítulo 3

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Gustavo Bruno 

Eu não sei o que me deu para ir até a casa dela no meio da noite, eu só sei que não conseguia pensar em mais nada além dos seus olhos tristes e magoados. Depois que ela foi embora eu não consegui mais pensar em sexo, só despachei a menina que estava comigo e fiquei sozinho. Eu sei que estava drogado e acabei falando muita merda e deixado que falassem dela, vacilo meu e não vou repetir isso. 

Ela me atraí, ela me atraí desde o dia que assaltei aquele lugar e ela estava lá, só que eu estava negando para mim. Não sou um homem preconceituoso, mas assumo que sua idade foi um bom motivo para me manter longe, até ela ir no baile e acontecer tudo aquilo. Ver ela dormir ontem fez minha mente viajar e porra, que mulherão do cacete. Vi algumas fotos que ela tem no criado mudo ao lado da cama e uma delas ela está careca, por um momento achei estranho mais logo me liguei que não foi por acaso. Só preciso saber mais sobre isso, eu quero saber mais dela sobre tudo. 

-Guga tá me ouvindo? - Ravi estalo os dedos na minha frente. 

-O que você quer? - pergunto voltando a realidade. 

-O que tá pegando com você? Tá desde ontem com essa cara de cu. - me ataca. - Temos assuntos para resolver um outro lugar, lembra? Borá que tem muita coisa pra fazer. 

-Quem é o chefe aqui? - olho pra ele irritado. - Porra eu sei o que tenho que fazer. 

-Sabe, sabe sim.

A gente vai descendo o morro andando já que meu carro está na entrada do morro, no caminho vejo Eva em frente minha casa conversando com Menor, que está todo cheio de sorrisos pra ela. 

-Espera. - falo pro Ravi apressando meus passos. - Atrapalho? - pergunto para os dois. 

Ela arregala os olhos ao me ver, desde ontem depois de ver ela na sua casa não nos vimos, já que passei a madrugada na boca e não voltei pra casa. Olho ela de cima a baixo vendo ela vestida com uma calça justa e uma regata branca marcando seus peitos. 

Delicia de mulher!

-Não chefe. - responde. 

-Vou entrar, obrigada por me ajudar Menor. - agradece. 

-O que você fez? - pergunto pra ele cruzando os braços. 

-Ele me ajudou há arrastar um móvel pesado, só isso. - me olha timidamente. - Vou entrar. 

-Vou com você. - pego no braço dela a levando pra dentro de casa. 

-Eu sei andar. - murmura depois que solto ela. - Não precisava entra, já está tudo resolvido. 

Ela abre a geladeira e começa a tira algumas coisa para cozinhar, pelo que aparece. Ela está incomodada com minha presença mas sei que também deixo ela afetada, isso é colírio para meus olhos. 

-Tá nervosa? - pergunto me aproximando dela. - Porque? - coloco minha mão na sua cintura. - Eu não sou tão mau assim. 

-Porque tá fazendo isso? - pergunta apreensiva. - Você tem a Bebel e muitas desse morro, porque cismou comigo? Não vi interesse seu no dia da festa, pelo contrário. - se vira para me olhar. - Eu não sou uma jovem bobinha que vai cair na sua lábia, eu sou uma mulher adulta e sei no que isso vai dar.  

-Não sabe nada! Você não sabe nada de mim Eva. 

-Sei que é procurado pela policia, que é dono desse morro e Deus sabe lá mais do que. - diz me olhando. - Você não é homem de uma mulher só, o que você quer de mim é sexo e isso eu não vou te dar. - ela me empurra se afastando. - Eu sou sua empregada e você meu patrão, Guga. 

Nosso Amor Bandido - Livro BônusOnde histórias criam vida. Descubra agora