Uma luta contra si mesmo.

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Flinkie tenta cortar Nick, que esquiva. Flinkie dá mais duas investidas, um que passar raspando pelo braço de Nick, e outra que corta a parte de cima do seu antebraço. Ele coloca a mão por cima do corte.

-Flinkie? O que está fazendo? - Nick corre para próximo da parede e se encosta. Não consegue correr. - Não éramos amigos?

-Podiam até ser... - Continua andando para perto de Nick. Sua intenção era matá-lo. - Mas Flinkie não está aqui.

"Estou morto, estou morto, estou morto. O que eu faço?" Ecoava muitas vezes na cabeça de Nick.

Flinkie dá um pulo para cima de Nick. Tenta desviar, e, novamente, leva um corte. Dessa vez muito próximo do bíceps. Pega um copo que tem uma mesa e joga no rosto de Flinkie. Fica atordoado por uns segundos.

Nick corre, vai para seu quarto por enquanto Flinkie está desnorteado. Abre uma porta de seu armário e puxa uma maleta. Abre e pega uma pistola.

Quando consegue pôr as balas, Flinkie entra no quarto que Nick está. Com a arma apontada para Flinkie, ele grita.

-Não dê mais um passo.

A expressão de Flinkie muda. Um dos seus olhos fica verde de novo.

-ATIRE NICK, POR FAVOR. EU NÃO CONTROLO MEUS ATOS.

Nick não consegue. Os cortes em seu corpo começavam a deixá-lo tonto. Tentava colocar força nos dedos para matar. Não consegue, seu corpo não deixa.

-Por favor... não quero mais ferir ninguém... me mate. - O olho de Flinkie começa a ficar castanho novamente.

-Eu não farei isso.

-Me dê a arma, deixa que eu me mato. - Chorava muito.

Muito inocente, Nick joga a arma para Flinkie. Colocando as garras na arma, ele mira na raposa.

-Adeus...

O olho de Flinkie vira uma mistura de cores, tinha partes verdes e outras partes castanhas. Pareciam duas auras diferentes lutando por um corpo.

-O que está fazendo? - Flinkie falou sozinho. -VOU ACABAR ISSO AGORA. - Gritou sozinho também.

Começa a levanta a arma. Tira a mira de Nick e começa a levar para seu queixo.

-FLINKIE. - Nick coloca sua pata para frente querendo agarrar Flinikie.

-Desculpe... Nick.

O gatilho começa a ser puxado. Parecia uma guerra civíl dentro da cabeça de Flinkie. Uma parte querendo puxar o gatilho e a outra querendo mirar em Nick. Estava travado, apenas uma mão tremendo.

-Flinkie, não precisa mais ficar triste. Não está sozinho. Seu pai, Fernando, lutou a vida toda para você conseguir viver. Vai jogar fora isso?

-Eu fiquei com raiva. Eu fiquei com muita raiva, passei a noite querendo matar todos. Quando fiquei bem, fiquei determinado em salvar as pessoas, para não sofrerem como eu sofri, não ficarem sozinhos. E olha só, matei uma lontra que cuidava de família. Deixei seus filhos sem pais, não mereço viver.

-Mas não é culpa sua. Não foi você quem fez isso.

A arma dele começa a tomar um rumo. Seu queixo.

-Quando eu vi vocês dizendo que eu era um assassino, fiquei com raiva de mim. Meus braços estão cortados. Tentei cortá-los para morrer. Sempre algo fazia a faca passar raspando. Eu tinha medo de perder meus únicos amigos. Minha família. Vocês três...

-Não perderá. Nós somos seus amigos. Sua família. E nada mudará.

-TARDE DEMAIS. - Seus dois olhos ficam castanhos...

O Amor e O Ódio.Onde histórias criam vida. Descubra agora