O beijo em si foi bastante superficial, um pouco mais que um selinho. Mas, o suficiente para me acender totalmente.
— Foi mal. - falei, separando nossas bocas, enquanto minhas bochechas queimavam de vergonha. - Eu... Eu... - as palavras não saiam.
Contudo, foi o que Hinata fez em seguida, que mais me impressionou. Ela me beijou de volta.
E aí meu mundo parou, só me deixei levar por aquele momento, subindo minha mão para retirar a tigela que cobria sua cabeça e depois de me livrar daquilo, levei a mesma mão para a nuca de Hinata. Com a outra eu a puxei mais contra o meu corpo, enquanto pedia passagem com a língua em sua boca, apesar de ela demonstrar estar perdida em meio ao beijo, eu não conseguia ver aquilo como ruim. Era diferente, único o jeito como nossas bocas tentavam achar a melhor forma de sincronizar o beijo, que, precisava assumir, estava um bocado desengonçado.
No instante seguinte, fiz menção de dar uma mordidinha no lábio inferior de Hinata; no entanto, a tentativa não funcionou e batemos os dentes um no outro.
— Desculpe. - dissemos em uníssono.
A puxei outra vez e tentei novamente conduzir o beijo, porém, sem sucesso. E, apesar de querer muito beijá-la, precisei reconhecer que aquele contato não estava dando certo. Por fim, afastei-me razoavelmente e a olhei nos olhos.
Hinata devolveu parecendo envergonhada e culpada, tanto que mordi meu lábio, não queria demonstrar que ela não sabia beijar. Queria ser sutil, não bruto, contudo, acho que o tiro saiu pela culatra.
— Desculpe, Naruto. - pediu toda constrangida. - Eu... Eu não sei fazer isso. - confessou com um grande pesar na voz.
— Tudo bem, hime. - garanti afagando seu rosto. - Quer que eu... - hesitei antes de continuar. - Te mostre?
Hinata me olhou com os olhos brilhando em expectativa, antes de fazer que sim com a cabeça.
— Vem cá. - a puxei para mim e colei nossas bocas de novo, sentindo Hinata ofegar contra meus lábios de forma bem sutil.
Aquilo foi a chavinha que precisava ser ligada, pois, finalmente entendi que tinha de ser diferente com ela. Não adiantava forçar algo que Hinata não sabia fazer ainda, assim sendo, deixei que ela mesma guiasse o beijo e só segui seus movimentos. Contrariando o que eu havia pedido alguns segundos atrás de mostrá-la como beijar. E, dessa vez, nossas bocas se encontraram e se encaixaram como nunca tinha me acontecido antes. O beijo fluiu e eu me senti nas nuvens. Era como uma dança, na qual eu acabara de conhecer os passos.
Apertei a cintura fina de Hinata e fui descendo com a outra mão livre até sua coxa direita, deslizando os dedos por aquela região desnuda. Causando um visível arrepio em Hinata, graças ao toque rarefeito em sua pele. Pude perceber, pois, onde outrora era apenas maciez, agora dava para sentir alguns pelinhos um bocado arrepiados. Foi minha vez de suspirar e soltar um ofego bem baixinho.
— Hinata, eu estou perdidamente apaixonado por você. - confessei em voz alta, sem desgrudar completamente nossas bocas e colei nossas testas, olhando bem no fundo de seus olhos claros no processo.
— Eu também estou. - Hinata devolveu e sorriu com as bochechas coradas. - Eu gosto muitão de você, Naruto.
Eu sorri tanto que não sei como não desloquei a mandíbula.
— Puts, por que você é tão perfeita? - indaguei todo bobo, com o coração já completamente entregue. - Você devia ser modelo, hime. Eu poderia te indicar na minha agência, o que acha? - propus sorrindo e apertei a ponta de seu nariz.
— Ah, eu sou estranha, eles não iriam me querer. - assegurou tristonha.
Respirei fundo e a puxei pela mão, indo em direção ao maior espelho da minha casa e colocando-a de frente para ele, enquanto ficava por trás. Apontando cada pedacinho dela, que para mim era como se tivesse sido esculpido à mão por um grande artista. Hinata ainda tentou tampar os olhos, mas eu retirei suas mãos e desobstrui sua visão com delicadeza.
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Candy girl
Genç KurguAkai Ito, o fio vermelho do destino, desde muito cedo tentou juntar Naruto e Hinata. E, mesmo demorando um pouco para conseguir alcançar seu propósito, não falhará em unir duas almas que estavam predestinadas a se amarem.