Capítulo 18

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Quando ouvi sua voz meu coração que já estava batendo rápido, acelerou em um ritmo insano.

- Por favor não desligue, Ana. Preciso falar com você.

A ouvi dar um suspiro e podia vê-la a morder os lábios e mexer no anel.

- Diga. - falou direta, sem demonstrar nenhuma emoção.
Mas afinal, o que eu tinha para falar pra ela? O que eu deveria dizer?

- Você ainda está chateada comigo?

"Fala sério, Harry. Você tinha que perguntar justo isso?"

- Era isso, Harry?

- Não não! Eu só... não sei o que falar... Eu posso te ver hoje?

Um silêncio tomou conta da ligação e ela finalmente disse:

- Venha até minha casa, esteja aqui em 15 minutos.

Desliguei o telefone e não sabia se me preocupava ou se ficava feliz.

"Pelo jeito, só vou descobrir indo até lá."
***

* Ana's POV *

Quando ele desligou meu coração voltou a sua frequência cardíaca normal. Era surpreendente o que uma simples ligação podia fazer comigo.

"Uma ligação dele..."

- Zoey, me ajuda! Ele vem pra cá e eu nem pedi aos meus pais!

Ela segurou em minhas mãos e disse:

- Acalma-te! Suba e se vista, eu atendo a porta para ele, e depois vou ao teu quarto e fico lá até ele ir embora.

Eu respirei fundo e fui me arrumar. Quando estava a pentear os cabelos, ouvi o toque da campainha.

"Merda, ele já chegou"

Apressei-me e encontrei com a Zoey nas escadas. Ela piscou pra mim e subiu ao meu quarto.

De onde eu estava, podia vê-lo de costas, seus cabelos ondulados e as mãos nos bolsos. Meu coração já havia começado a acelerar. Respirei fundo e me aproximei dele:

- Oi. - disse meio baixo.

Ele se virou num susto e eu não podia ver sua reação, pois estava encarando o chão. Num movimento súbito ele me abraçou bem forte. Podia ouvir as batidas aceleradas do seu coração.

- Senti tua falta, Ana. - sussurrou em minha orelha esquerda, provocando arrepios em meu corpo todo. - Falta de seus cabelos, do seu sinal e do seu sotaque brasileiro. - e beijou-me o rosto.

Fiquei quente e meu coração batia em um ritmo intenso.
- Também senti saudades, Styles.

E ele desfez o abraço, e me olhou com um sorriso no rosto, mostrando as covinhas adoráveis.

- Perdoe-me. Eu não sabia que você ia ficar triste, eu estava querendo fazer algo legal para você, mas se quiser, eu não faço mais.

Toquei de leve em seu braço:

- Harry, contato que você não saia falando de mim nas redes sociais, ou dizendo meu nome nos shows, pode fazer o que quiser.

Ele riu e coçou a parte de trás da cabeça:

- Então, é aqui que você vive...

Franzi as sobrancelhas:

- É não é? Eu moro em uma casa como qualquer outra pessoa.

- Não é isso, é que aqui é confortável. Tem cheiro de lar.

Ri-me dele e o levei até o sofá de couro, que ficava em frente ao aparelho televisor:

Indescribable // h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora