Cura

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Coré: Acordo e vejo que estou nos braços do meu amado loiro, me sinto tão confortável ao seu lado, não posso negar que estou apaixonada por ele, gostaria que fosse possível vivermos para sempre nessa cidade, longe de todas as pessoas que conhecemos e que podem serem contra o nosso relacionamento, mas não posso ser egoísta, sei de todas as dificuldades que ele passou para se tornar um cavaleiro de ouro e jamais pediria que abrisse mão da sua armadura para viver comigo, mesmo que Atena não tenha reencarnado, ele continua com a obrigação de proteger a terra e os civis de deuses loucos.

É estranho lembrar que estou no lugar de Atena, nós nunca fomos amigas quando éramos imortais, eu nasci e cresci na terra e ela no Olimpo, a primeira vez que a vi foi quando tinha 17 anos e Zeus me obrigou a me casar, naquele dia não olhei para nenhum dos meus meio irmãos, estava com raiva, triste e desiludida, só no dia do meu casamento que para mim foi um dia muito triste, é que conheci Atena mas sequer conversamos, depois desse dia, nós nos encontramos algumas vezes, mas o máximo que fazíamos era nos cumprimentarmos.

Não sei o que o futuro me reserva na terra, só sei que farei de tudo para proteger as pessoas, as plantas e os animais, mesmo não sendo uma guerreira, mesmo odiando lutas ou guerras, eu me dedicarei de corpo e alma a proteção desse lugar que eu sempre amei e com o qual tenho uma ligação muito forte.

Albafica: Acordo e vejo que a minha querida ruiva está acordada, mas parece com o pensamento bem distante, lhe dou um beijo na bochecha, ela olha para mim e abri um lindo sorriso.

Bom dia querida, dormiu bem?

Coré: É impossível não dormir bem estando em seus braços.

Albafica: Nos beijamos carinhosamente, levantamos, tomamos juntos um banho onde trocamos muitas carícias, nos secamos, nos vestimos e vamos para a cozinha onde preparo o nosso café da manhã enquanto ela arruma a mesa, nos sentamos e comemos tranquilamente enquanto conversamos.

Coré: Curarei o seu sangue hoje, não quero adiar isso, pois teremos que voltarmos para o santuário em breve.

Albafica: Não sei devo deixar que tente me curar, já me acostumei a viver sem ter contato com outras pessoas e também tenho que algo de errado aconteça e não quero que algo de mal lhe aconteça por minha causa.

Coré: Aproximo do meu loiro, passo a mão em seu lindo rosto e faço com que olhe diretamente em meus olhos.

Entendo que esteja com medo, mas precisa se preocupar, não me acontecerá, também não posso prometer que isso não doa, mas quero que tenha uma vida normal e esse é o único jeito para que possa ter uma vida comum. Confie em mim e tudo dará certo.

Albafica: eu confio plenamente em você e farei tudo que me disser.

Coré: Fico muito feliz ao saber que o meu amado confia em mim, machuco o meu dedo indicador da mão direita e peço que faça o mesmo com a sua mão, depois tocamos os nossos dedos que estão sangrando fazendo com que o sangue se misture, uso o meu cosmo para que algumas gotas do meu sangue entre no seu corpo, desencosto o meu dedo do seu e curo o meu machucado.

Albafica: Sinto uma dor muito forte dentro do meu corpo, é como se algumas gotas do seu sangue me queimasse por dentro, caio no chão de joelhos e acabo soltando um forte grito.

Coré: Não aguento ver o meu loiro sofrendo e o faço adormecer, uso o meu cosmo para o colocar deitado na cama, me sento ao seu lado e fico observando as suas expressões, mesmo estando dormindo parece sofrer, fico pensando se realmente fiz a coisa certa, não gosto de o ver solitário, mas o ver sofrendo faz o meu coração ficar muito triste, passo a minha mão direita pelo seu rosto e seus cabelos, espero que ele consiga suportar um pouco do meu sangue em seu corpo, pois não conseguirei viver sem o meu amor.

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