Imperador Hades

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Hades

Chego no submundo após encontrar Perséfone, meu sangue está fervendo de ódio, achava que conhecia bem a deusa com quem fui casado por séculos, sei que ela não gosta de injustiças, que possui bons sentimentos em seu coração, provavelmente se ela não tivesse abrido mão da sua imortalidade, jamais teria lutado contra Atena porque a ruiva odeia guerras e não suportaria me ver matando humanos.

Lembro perfeitamente quando aconteceu a primeira guerra contra aquela chata que nunca mereceu o título de deusa da guerra, ela se escondeu atrás de seus cavaleiros, se fosse uma deusa que honrasse o seu título, iria a frente do seu exército.

Eu estava muito chateado porque não tinha mais a ruiva ao meu lado, nunca a amei de verdade, nunca lhe fui fiel, mas a tratava bem, lhe dava carinho e atenção quando me convinha fazer isso, mas o fato de não me dar filhos me ofendia, não entendia porque me casei com a única deusa infértil, casamento que não foi com a minha vontade, mas eu precisava de uma imperatriz para o submundo e a Perséfone era a deusa mais linda de todas, então aceitei quando Zeus me deu a sua filha em casamento para que não acabasse com problemas entre aqueles deuses tarados que estavam a ponto de lutarem por desejarem a mesma deusa.

Bom, eu estava entendiado no submundo e estava cansado de ver como os humanos se odeiam, causam guerras entre si por puro egoísmo, não ajudam as pessoas pobres, roubam, mentem, caluniam e a deusa que deveria proteger a terra não faz nada para mudar o comportamento dos humanos, pelo contrário, a única coisa que interessa Atena é fazer festa e fingir que tudo está perfeito, então juntei o meu exército, decidi que julgaria os humanos segundo o caráter de cada um, igual faço quando eles morrem e ataquei aquela deusa inútil, infelizmente não houve vencedor nessa guerra, pois os dois exércitos tinham o mesmo poder, então decidi que colocaria meu real corpo nos Elísios e depois de 200 anos voltei a atacar a terra.

Matar Atena e acabar com a humanidade por ser injusta se tornou a minha obsessão, nesse século meu exército está mais preparado que nas outras guerras, mas por causa de Moros eu não tenho contra quem lutar, jamais feriria Perséfone, isso não é porque descobri que a amo, mas porque sou incapaz de fazer mal a uma pessoa que foi fiel a mim durante séculos, não vou interferir na sua vida, mas desejo que ela consiga melhorar o comportamento da humanidade.

Estava em reunião com os meus três juízes e os deuses gêmeos quando Perséfone se teletransporta para a sala onde estavam reunidos, não sei o que ela veio fazer aqui, mas sinto que é um assunto muito sério que a trouxe ao submundo, olho fixamente em seus olhos e percebo que ela está muito triste mas também preocupada.

Não espera lhe ver novamente, pelo menos estando viva. O que lhe trouxe aqui?

Perséfone: Eu sempre da ajuda para que a terra fique em paz.

Hades: Só pode estar brincando, sabe que não gosto de ajudar ninguém, muito menos humanos que é isso que você se tornou.

Perséfone: Sei que não gosta de ajudar ninguém mas não tenho mais a quem recorrer.

Hades: Não quero saber de problemas dos mortais e não tenho que lhe fazer nenhum favor já que não somos mais casados e você está muito feliz nessa nova vida já que decidiu ter filhos algo que nunca desejou quando vivíamos juntos.

Perséfone: Sabe perfeitamente que você nunca me fez feliz e sabe os motivos, mas não temos porque revivemos o passado. Estava em paz na minha nova vida até Ares aparecer querendo me obrigar a dormir com ele, como neguei isso, ele declarou guerra contra o santuário e você sabe que eu e os cavaleiros não podemos derrotarmos um exército imortal.

Hades: Ares é um deus muito perverso e sem caráter mas ao mesmo tempo é um excelente guerreiro, comandante de exército e o real deus da guerra, lutar contra ele seria divertido, mas faz isso para proteger humanos é um absurdo, não vou lhe ajudar ruiva.

Perséfone: Realmente achei que receberia ajuda, mas não tenho mais argumentos para tentar fazer o imperador mudar de ideia e acho melhor voltar para o santuário.

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