Levy - 20:24 AM_ Lucy eu ainda não achei a Juvia e não consegui entrar em contato com ela. Por favor me liga assim que puder! Não vai sumir também!
Li e re-li a mensagem de Levy várias e várias vezes, o celular em minhas mãos logo poderia criar teias, ela deveria estar morrendo de preocupação comigo e com a Juvia, eu tenho que ir atrás da Juvia assim que puder, eu não posso deixá-la com aqueles desgarrados para sempre.
Ela deve estar pirando e com medo, tendo que passar por isso sozinha, sem família ou amigos, apenas ela e aqueles monstros.
- Vou te levar pra sua casa - A voz de Natsu me tira dos meus pensamentos e eu levanto o olhar para ele.
- Como? - Continuo a encara-lo em questionamento. Era alto da noite de segunda-feira, eu já havia ligado no hospital e avisado que não iria até quarto por que estava com uma virose, eu sei, mentir não é legal mas eu simplesmente não quero. Eu ainda sentia meu corpo quente e meu sangue corria rápido em minhas veias, e a necessidade estranha que eu estava sentindo por esse rosado era algo incomum demais pra mim, meus olhos ardiam e eu sentia suor sobre minha mesmo não tendo nada.
- Você precisa aparecer pra sua mãe enquanto não se transforma, diga a ela que você tem plantão no hospital hoje - O rosado disse e eu o segui pela casa, obviamente com um pouco de dificuldade já que ainda me sentia zonza.
- Ela vai me fazer ficar com ela, do jeito que ela ama um drama - Dei de ombros enquanto encarava as costas do rosado. Como ficariam se eu as arranhace?
Uma dor extrema se apossou de meu corpo e eu me abaixei no chão e abracei meu corpo.
- Não vai dar tempo - O rosado disse e me pegou no colo estilo noiva, eu estaria sentindo uma vergonha anormal em um nível completamente não descoberto pela humanidade, se eu não estivesse com tanta dor, senti minha mente dar flashes escuros, eu apagava a cada segundo e voltando a consciência.- 🌙 -
Coloquei Lucy no chão da floresta e observei ela gemer em dor, se fosse possível eu tiraria toda a dor dela mas... Eu não posso e essa minha impossibilidade me deixa furioso. Me afastei um pouco e logo ouvi um de seus ossos se quebrarem, um arfar em pura dor foi solto por ela e eu tive a intensão de me aproximar para tentar acalma-la um pouco, mas meu lobo me fez para no lugar - ele tem razão - não há nada que eu possa fazer por ele. Mas que porra.
Mais um osso é quebrado e eu me afasto um pouco mais, sua cabeça se vira para mim com pavor e dor e seus olhos dourados me encaram, mordo meu lábio inferior para me lembrar do que tenho que fazer em seguida, ela é minha companheira e Luna, mas ainda não é da minha alcatéia.
Eu me viro e ouço mais um arfar ser solto por ela, tiro minha roupa com calma e me transformo, por ser mais velho que ela - muito mais velho na verdade - minha transformação se tornou algo natural e não dói mais e é muito mais rápida do que a dela, eu me viro novamente para ela. E ela encarava o chão enquanto chorava em dor.
Aquilo levaria horas possivelmente e ainda por cima ela tem que estar em casa logo por conta da mãe dela, mas duvido que as duas vão se ver hoje. Lucy pode acabar ficando a noite inteira em sua forma lupina. Mais um osso, e então outro e outro. Me deitei no chão a encarando. A loira rola no chão em dor e percebo que sua transformação está quase completa quando pelos surgem acima de sua pele e suas feições são substituídas pelas de sua parte lupina.
Ela era maravilhosa, sinceramente eu fiquei surpreso, uma loba branca com manchas loiras - quase douradas - em suas costas, rosto e patas. Seus olhos dourados me encaravam com um pouco de pavor e era compreensível, eu era o dobro do tamanho dela e ela nunca havia sentido seus sentidos tão aguçados desta forma, ela da alguns passos em minha direção e eu me levanto, ela precisa se submeter a mim primeiro. Avancei em sua direção, mas ela continuou em pé e me observando com um pouco de confusão, a joguei contra o chão e tentei ficar por cima dela, ela me empurra com as patas traseiras e me afasta de seu corpo, rosnei para minha companheira, seu corpo se levantou da terra rápido e ela se jogou contra mim após soltar um forte rosnado - ela é difícil, mas eu sou o dobro - rosnei de forma autoritária e senti meus olhos assumirem um tom avermelhado, ela fechou a cara e eu me joguei contra ela a jogando mais uma vez contra o chão ela se debateu tentando me morder mas aquilo mal me fazia cócegas, um choro alto foi solto por Lucy e com um pouco de receio de estar a machucando hesitei em sair de cima dela e apenas com isso ela escapou de debaixo de mim e deu alguns passos para longe, ela é esperta, um rosnado ainda mais alto é solto por meu lobo e desta vez com o dobro de autoridade que antes, observei minha Luna travar uma batalha interno consigo mesma e por fim com uma face assustada ela abaixou a cabeça diante de mim e colocou o rabo entre as pernas o abanando de forma submissiva mas, não era o suficiente. Ela lambeu meu rosto e rosnei ainda mais alto e fiz a insinuação de morde-la, ela de imediato se submeteu e virou de barriga para cima, balançando o rabo e encarando meu rosto. Uivei de forma gloriosa, anunciando a nova membro de minha alcatéia a loba acompanhou meu uivo de forma majestosa, como se já tivesse feito isso milhares de vezes, logo ao fundo outros lobos nos acompanharam, felizes por finalmente terem uma Luna. Pude sentir a presença de dois lobos desconhecidos, meu lobo sabia que ambos não ousariam se aproximar, caso o fizessem, iriam morrer sem ao menos tentarem chegar perto de minha Luna. Quando os dois se afastam, volto a me focar por completo em minha princesa. Lucy para de uivar e joga seu corpo no meu, quase me fazendo cair.
- O que foi princesa? - Perguntei pela nossa conexão e por alguns momentos ela me observou, acabei não contando a ela sobre isso, foi uma bela surpresa pelo menos - Me segue.
Eu a levaria para conhecer cada centímetro de nosso território essa noite e puta que pariu eu estava explodindo de alegria por isso finalmente ter acontecido, eu finalmente tinha minha companheira, minha Luna a meu lado e nada jamais a tiraria de mim.- 🌙 -
Eu não conseguia entender o que havia acabado de acontecer comigo, num momento eu estava em uma cela sozinha e em outro estava no meio da floresta - ainda sozinha.
Meu corpo não era meu corpo. Meus sentimentos já não eram mais meus.
Vovó uma vez me disse que isso viria a acontecer uma vez que um lobo me mordesse e eu deveria ter ouvido seus concelhos, agora aqui estou eu, encarando ao meu novo lado em um pequeno lago próximo ao território roubado dos desgarrados. Pelos avermelhados e cinzentos, meu peito possuía algumas manchas brancas e meus olhos eram de um verde escuro intenso.
Me sinto perdida, me sinto sozinha, me sinto triste...
- Juvia! - O líder chamou por meu nome é levantei minha cabeça para encara-lo - Fico feliz em saber que passou pela transformação, você será uma ótima guerreira para nós durante a grande batalha.
Não havia o que ser dito, eu não poderia discordar dele ou reclamar, definitivamente eu estava no estátua de um ômega e mesmo assim, eles me levariam ao campo de batalha, só espero que Lucy e Levy estejam bem...- 🌙 -
Correr nunca foi meu ponto forte e por isso eu escolhi enfermagem, você tem que ser ágil. Mas aquilo era um nível totalmente diferente, eu nunca pensei que correria por minha vida.
Um lobo cinza corria atrás de mim e eu obviamente corria dele, parecia que ele não estava usando nem mesmo metade de toda sua força e, no primeiro segundo em que pus meus olhos nele, estranhei seu tamanho anormal, eu era uma nerd então sabia dessas coisas já que precisava delas para sobreviver - tirando o fato de que era interessante.
Tropecei em meus próprios pés - oh carma! - cai no chão e perdi meu óculos em algum lugar, me levantei e voltei a tentar correr por minha vida mas, o maldito foi muito mais ágil e bloqueou meu caminho. Era isso. Aquele poderia ser meu fim. A cada passo que o lobo cinza dava em minha direção mais eu tremia, fechei meu olhos esperando pelo primeiro ataque, que não veio.
Abri meu olhos e me estiquei por cima do cimento atrás de meu óculos, quando o achei tratei de colocar em meu rosto de uma vez. O lobo estava caído a minha frente com uma flecha em sua cabeça.
- Você está bem? - Uma voz feminina perguntou, procurei pela dona da voz e acabei achando, uma loira, muito parecida com Lucy, mas as rugas nos cantos de seus olhos entregavam que não era minha amiga.
- Sim... Sim eu estou - Me levantei do chão ainda um pouco cambaleante e olhei melhor para minha salvadora - Quem é você?
- Layla Heartfilia - A mulher disse - E quem é você?
- Me chamo Levy - Agora é certo, ela conhece a Lucy. A mulher jogou o arco dentro da parte traseira da caminhonete que estava a seu lado.
- O que faz por esses lados Levy? Não deveria estar mais para o centro? - A mulher me perguntou.
- Sim, mas eu estava seguindo pistas sobre minhas amigas, elas desapareceram - Digo a ela - Lucy e Juvia.
- Minha filha sumiu? Mas eu falei ontem com ela no telefone! Ah mas se eu pego aquela menina eu juro que... De qualquer forma, sabe onde é a casa dela?
- Ah sim senhora...
- Não me chame de senhora, não sou tão velha assim querida... - Um sorriso amigável foi solto por ela e eu não deixei de sorrir também, era contagiante.
- Tudo bem... Mas como fez aquilo com aquele lobo?
- Meus pais me ensinaram a caçar desde pequena, eu deveria ter ensinado a Lucy também mas... Eu queria que minha filha tivesse uma vida normal.
- Entendo, e bem, funcionou.
- Sim... Quero dizer, espero que sim, desde quando elas desapareceu?
- De sábado para domingo, eu consegui contato com a Lucy mas não consegui nada com a Juvia - Resumi para ela - E a Lucy ligou no hospital e tirou três dias de descanso, o que não é normal pra alguém recém chegado... Eu sinceramente acho que ela deve estar com o cara que ela ficou no sabado.
- Um cara? Graças a deus eu tive aquela conversa com ela - A mulher disse e riu - Mas de qualquer forma, precisamos achar minha filha e a amiga de vocês.
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Moonlight
FanfictionAos 23 anos Lucy teve uma oportunidade incrível, se mudar para a Irlanda e trabalhar em um hospital de uma cidade pequena e finalmente abandonar a movimentada Londres. Magnólia é uma uma cidade de mil e quinhentos habitantes e que nem mesmo aparece...