Familiar

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Finalmente. Eu tinha a certeza de que minha amiga estava bem. No final da grandiosa saudação eu finalmente pude ver Juvia, Natsu me disse pela ligação de que havia mantido segredo já que eu não havia reconhecido minha amiga no dia do pequeno desentendimento com os desgarrados. Eu mal conseguia acreditar que fiquei dias tão perto da azulada e ao mesmo tempo tão longe!
- Você está bem mesmo? - Perguntei pela décima vez. Nossos companheiros conversavam na sala sobre algum jogo estúpido de futebol enquanto nós duas estávamos no quarto de hóspedes conversando, eu nem se quer havia trocado de roupa ainda.
- Sim Lucy eu estou perfeitamente bem - Ela sorriu para mim tentando me tranquilizar - Claro... Vou precisar de um pouco de tempo.
- O que aconteceu? A última vez em que tive notícias suas foi naquele dia na One Last Night... E por favor, eu quero a verdade.
- Os desgarrados me sequestraram - Um tom choroso saiu da voz da azulada e eu não pude deixar de sentir ainda mais raiva por aqueles lobos malditos - Tentaram vezes e mais vezes mudarem minhas opiniões... Mas... Tinha um lobo, Gajeel, ele me ajudou a manter minha sanidade apenas por conversar comigo.
- Entendo... Como era lá? - Continuei a encarar seu rosto.
- Horrível, não há comida o suficiente ou água, e todos estão sempre brigando - Observei Juvia soltar um longo suspiro entristecido - Aquele lugar era horrível Lucy e eu não quero voltar pra lá.
- Não se preocupe Ju, você está a salvo agora - Sorri para ela, era minha vez de tranquilizar a azulada.
- Eu sei que sim... - Um pequeno sorriso foi solto por ela e, sinceramente, algo nunca me pareceu mais falso, ela ainda sim estava com medo, amedrontada e assustada com tudo o que estava acontecendo.
Quando Juvia e Gray foram embora, Natsu e eu ficamos sozinhos na casa mais uma vez.
- ... Natsu? - O rosado logo se virou para mim, um pouco de tensão dominava seus olhos ônix - Pode me ajudar a tirar o vestido? Eu não alcanço o zíper.
Me virei de costas para ele, ouvi seus passos lentos sobre a madeira do chão e logo suas mãos tocaram minha pele despejando sobre mim uma carga de eletricidade e arrepiando cada pelo de meu corpo. Senti o zíper ser aberto com calma, senti suas mãos tocaram meus ombros e tocarem as alças do vestido, logo sinto também o tecido de cetim cair de meu corpo, me deixando apenas de calcinha a sua frente. Sinto a onda de desejo sair de meu companheiro e algo em mim sorriu com orgulho.
- Você é tão bonita Lucy - Uma de suas mãos desliza por meu corpo, um arrepio gostoso me percorreu de imediato - Perfeita pra mim - A mesma mão que deslizava por meu corpo, alcançou minha cintura. Sua mão alcançou o tecido negro de renda de minha calcinha e o mesmo foi levantada, senti sua mão deslizar para dentro do tecido.
- Natsu... - Seu nome saiu de minha boca como um gemido.
- Olha só pra você princesa - Sua respiração estava próxima a meu pescoço, seus lábios começaram a espalhar beijos por minha pele e sua mão começou a me estimular meu clitóris - Tão molhada só pra mim...
- ... Hm... - Mais um gemido saiu de minha boca e senti dois de seus dedos me penetrarem, estremeço diante disso e sinto sua respiração falhar por alguns poucos segundos, eu causava a ele o mesmo efeito que ele causava em mim. Seus movimentos dentro de mim continuam e eu consigo sentir sua ereção contra minha bunda. Mas então, ele simplesmente para e eu solto um resmungo nada contente com aquilo, queria continuar a sentir ele em mim, me tocando da forma que somente ele consegue fazer. Ele - ainda atrás de mim - guia meu corpo para o sofá e me vira para cima, me deitando de costas. Sinto minhas bochechas esquentarem de forma violenta, seus olhos estavam selvagens e dominados pela luxúria. Sua boca ataca a minha com voracidade, iniciando um beijo repleto de desejo, minhas mãos alcançaram os botões de sua camisa e começaram a desabotoar um por um, a cada segundo eu me sentia mais e mais excitada por esse homem. O beijo para por alguns segundos e sinto seus beijos irem descendo pouco a pouco, logo sua boca está próximo a minha gato na e abocanha meu clitóris, me fazendo soltar um alto gemido diante de seu ato, cupões e mais cupões, sua língua dançava por mim.
- N-Natsu - Arfei seu nome.
- Ainda não princesa - Ele disse com um sorriso malicioso em seu rosto - Porra... Como você tem um gosto bom princesa...
Sua boca sobe de volta a meu pescoço e um arrepio elétrico se espalha por meu corpo, arrepiando cada pelo meu. Sinto seu membro me penetrar, uma de suas mãos me segura próxima a seu peito no e ele começa a se movimentar dentro de mim. Arfei seu nome mais uma vez, mas em um sussurro silencioso, chupões eram espalhados pela extensão de meu pescoço, joguei a cabeça para trás, dando a ele ainda mais espaço para fazer o que bem entendesse com meu corpo. Eu era somente dele e sabia muito bem disso. Seus movimentos aceleraram dentro de mim e senti meu corpo arrepiar quando eu finalmente gozei, não muito depois senti ele gozar também.
- 🌕 -
Minha tia havia ido dormir a algum tempo, me levantei da cama e desci para o andar de baixo da casa de madeira, peguei uma tigela e a enchi com a água da torneira. Coloquei ambas as mãos em cima da mesma e senti a energia fluir por meu corpo, logo eu pude ver a água se movimentar e formas de pessoas se levitaram, lobos, conversavam uns com os outros, mas a imagem de um corvo se fez presente, a cabeça da ave se levantou como se olhasse diretamente para mim e após um forte gralhar a imagem se dissipa e a luz da cozinha se ascende.
- Levy o que está fazendo aí no escuro? - Minha tia pergunta se aproximando de mim com uma face assustada.
- Você viu...? Não viu? - Levantei minha cabeça para ela e ela se sentou na cadeira a minha frente.
- Sim querida, eu vi - Soltou um longo suspiro e arrumou os cabelos azuis escuros atrás de seus ombros.
- O que era aquele corvo?
- Um familiar maldito - Ela disse e vejo seu gato subir a mesa e se deitar próximo a ela - São como os familiares das bruxas, mas... Bem... Seus mestres foram mortos por algo ruim que fizeram ou deixaram de fazer, e por isso a maldade consome seus corações e assim se tornam malditos.
- Por que isso acontece?
- É uma das leis, o conselho decidiu isso ainda na idade das trevas - Vejo ela acariciar o gato - Precisamos arrumar um familiar para você.
- Por que o corvo conseguiu quebrar o feitiço?
- Por que ele possui energia das trevas o suficiente, para um familiar maldito ser tão forte ele deve ter no mínimo uns mil anos - Ela ponderou - Ou, ele foi enfeitiçado para isso.
- Como assim?
- O mestre de um familiar pode jogar um feitiço sobre ele, assim o familiar adquire magia também, e como é contra a lei o bruxo ou bruxa são mortos pelo conselho - Ela para de acariciar o gato e pega a tigela, vejo ela se levantar e jogar a água pelo ralo e deixar a tigela em cima da pia - Querida... Seja quem for o mestre desse familiar é extremamente poderoso, não se meta com eles, entendeu?
- Sim tia... Eu entendi - Para falar a verdade eu daria meu jeito de ver o que estava acontecendo em um outro momento, enquanto eu estivesse sozinha ou voltando para minha casa na cidade. Eu iria ver quem era esse tal bruxo, e descobriria o que ele ou ela tem em mente.
- 🌕 -
Era manhã de quarta-feira, eu estava deitada em cima de Natsu e o cheiro de sexo ainda pairava pelo ar, me ajeito brevemente em cima dele e observei seus olhos fechados tranquilos. Eu realmente sou extremamente sortuda por ter alguém como ele a meu lado, um homem com um coração incrivelmente bom, protetor e as vezes possessivo, não tinha nada melhor pra mim. Mordi meu lábio inferior enquanto sentia meu coração acelerar por ele, meus pensamentos flutuavam para a vida perfeita que teríamos juntos.
- Bom dia princesa - Ele diz e seus olhos ônix me encaram de forma divertida, meu sorriso foi inevitável.
- Bom dia - Me aproximei de seu rosto e deixei em seus lábios um beijo casto, uma de suas mãos acariciou minhas costas nuas e eu sorri de forma tímida - É cedo para dizer que amo você?
- Não, não é - Ele me deu um longo selinho - Eu amo você.
- Também amo você Natsu.

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