Capítulo XIII - O montador de dragões

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// Não sei alguém realmente lia isso, mas aqui estou de volta e com um capítulo novo kk se existir algum ser aqui, boa leitura!

...

     Os raios de sol que adentravam as portas do Monte Olimpo iluminava seu interior, e o silêncio ali era absoluto.

No grande salão, Zeus se encontrava assentado em um trono de uma cor tão branca como as nuvens. Ele estava cabisbaixo e pensativo, o silêncio não era o único companheiro dele.

Ali se encontrava como uma decoração as esculturas dos cincos deuses: Poseidon, Atenas, Dionísio, Ártemis e Apolo.

Zeus passou a ficar inquieto quando os sussurros começaram a penetrar seus ouvidos. Podia sentir seus ex-companheiros suplicando para que os libertasse.

"Zeus, nos tire desse tormento. Só o senhor tem o poder para isso."

Sua cabeça doía ao ouvir as vozes daquelas que deveriam ser fantasmas na vida dele.

 "Meu irmão, me tire desse sofrimento. Prometerei te servir por toda a vida"

O som da voz do seu irmão Poseidon se tornava cada vez mais audível, carregada de decepção e agonia.

— Silêncio! – ele gritou.

Sua respiração estava ofegante, seu suor estava frio. Zeus estava perdido. Ele não sabia como havia chegado àquela situação. De longe, Hera via seu marido perder totalmente a cabeça. A deusa da família adentrou o salão, andando com cautela.

Ao dar conta de que sua esposa vinha se aproximando, Zeus se endireitou em seu trono, tornando a sua postura imponente de sempre. Ele a olhou e ficou encarando seu semblante sério, esperando pelo sermão que veio em seguida.

— O que há de errado com você, Zeus? – sua voz era carregada de mágoa e tristeza. – Qual motivo para exterminar todos os deuses?

— Não deveria se intrometer nos meus assuntos. – ele relaxou seus músculos e abriu suas pernas, o manto branco que Zeus vestia combinava exatamente com a barba que ele tornou mexer.

— Eu sou sua esposa, esta é nossa casa – ela elevou sua voz, deixando o outro irritado. – e eu farei de tudo para…

A fala de Hera foi interrompida por um corrente de ar que adentrou o salão. Apressado, o mensageiro dos deuses logo tratou de manter sua postura diante do Rei e Rainha do Olimpo.

Hermes trazia uma importante mensagem para o Olimpo, algo que estava acontecendo naquele momento no submundo.

— Meu senhor, minha senhora. – fez sua reverência e recuperou seu fôlego para dar-lhes a notícia.

Zeus e Hera esperaram, enquanto Hermes tirava o pergaminho de seu bolso e se preparava para ler.

"Os tornados de destruição sopram no submundo, o caos está entre nós. Os andarilhos marcham leste, as bestas rugem ao oeste. A liberdade indefesa padece ao Tifão."

— Esta é uma mensagem de Ares, senhor. – esperou pela fala de Zeus, que engoliu em seco ao ouvir aquele enigma.

O rosto de Zeus expressava total surpresa e medo. Era a primeira vez, desde a Titanomaquia, que ele demonstrava certo pavor.

O Deus dos Raios lutara bravamente contra o poderoso Tifão, chegando a ser derrotada na primeira vez. Ele percebeu que o filho de Gaia não desistiria até destruir todos os olimpianos. Naquele momento ele lamentou ter feito o que fez aos seus irmãos do Olimpo. Pelo menos eles não estariam mais presentes quando a guerra chegasse.

A Queda de Ícaro [HIATOS]Onde histórias criam vida. Descubra agora