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Maratona 4/5

MARIA JÚLIA 👄

Victor: que bom encontrar vocês, tivemos um problema na Avenida Paulista. O protesto que seria pacífico se transformou em uma verdadeira bagunça.

Lucca: estou à disposição — falou sério e formal —.

Victor: preciso que você leve Maju e Carol pra casa.

Maju: pai não precisa, eu vim de carro — arrumei a bolsa no meu ombro — ele é blindado, esqueceu?

Victor: não, não esqueci Maria Júlia. Porém eu quero que você chegue em casa com segurança.

Permaneci quieta, evitei olhar para o Lucca mas era impossível.

Chegamos até o meu carro e ele abriu a porta, cavalheiro? Ou só seguia ordens do meu pai? Isso que iríamos ver.

Carol foi atrás, Bia saiu rapidamente com Diogo e já sabia aonde isso ia dar.

Entramos no condomínio fechado e Carol saltou do carro indo direto para dentro de casa me deixando a sós com Lucca.

Maju: você não entra? — dei um sorrisinho enquanto pegava minha bolsa e ajeitava em meu ombro —.

Lucca: irei ficar aqui até segunda ordem do seu pai.

Maju: não está cansado? Não quer beber ou comer algo?

Lucca: não, obrigado — falou em um tom divertido me fazendo rir e o celular dele tocou nos tirando daquele transe — Ok general, sim. Já está em segurança, isso. Ok estou indo pra aí.

Quando ele desligou o meu tocou, revirei os olhos pensando que era meu pai, porém era Bia.

Claro!

Maju: claro que está de pé, sim Bia as 21h. Não inventei, mas vou inventar algo — ri baixinho enquanto ele me observava — obrigada pelo conselho, estarei mais loira do que nunca. Tchau amiga — desliguei ainda rindo e ele sorrio quando desviei meu olhar para o seu —.

Lucca: mesma boate?

Maju: porque, você vai estar lá?

Lucca: quem sabe Maria Júlia.

E eu pensando que era misteriosa, ri com os meus próprios pensamentos.

Entrei em casa e fui direto para o banho, Carol estava na sala assistindo TV na reportagem das manifestações, estava enrolada de roupão e me joguei no sofá com ela.

Carol: o que achou do tal Lucca? — ela me olhou e desviei o olhar do dela —.

Carol era a única que me conhecia muito bem.

Ela sabia de todo rolo com Kalebe, inúmeras vezes ela me pegou chegando em casa escondida do nosso pai, bebada, tropeçando na escada, ou chorando de raiva de Kalebe.

Maju: bom — limpei a garganta e ela riu — ele é charmoso, eu confesso. Mas não faz o meu tipo — fiz uma careta —.

Carol: mana, eu te conheço. Há, como eu te conheço — ela riu alto e revirei os olhos —.

Maju: estou indo dormi sabichona — levantei do sofá e seus olhos me seguiram —.

Carol: outra coisa que você não irá fazer né dona Maju?

Victor: o que? — meu pai fechou a porta fazendo a gente pular do sofá —.

Maju: já chegou? — dei um sorrisinho mudando o assunto, ele estava daquele jeito sério —.

Victor: graças a Deus tenho soldados e um tenente competente — deu um breve sorriso —.

Corri para o meu quarto e fui pra cama, deitei e fiquei conversando com Bia pelo WhatsApp.

Vi alguns stories do Kalebe com a tal loira, senti meu estômago embrulhar.

Maria Júlia, você não sente absolutamente nada por esse garoto, porque isso agora?

Fiquei deitada ouvindo os passos do meu pai, finalmente ele fechou a porta do quarto e comecei a me arrumar.

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