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Maratona 3/5

MARIA JÚLIA 👄

Observei enquanto Lucca estacionava, porém ele me viu antes.

Ele é ligeiro demais e sabia que eu havia seguido eles até lá.

Lucca: o que houve? — abaixei o vidro —.

Maju: Carol tá estranha, reparou algo?

Lucca: ela está um pouco nervosa, mal conversou durante o trajeto, disse que era pra eu ir embora, só que seu pai falou o contrário.

Maju: tem alguma coisa de errada acontecendo.

Lucca: o que você acha que seja?

Maju: não sei, mas vou descobrir. Meu pai não colocou você de guarda atoa.

Lucca: vou te contar uma coisa — ele me olhou, desviou o olhar para meus olhos e voltou a me olhar e sorrio. Aquele sorrio, meu Deus Lucca — seu pai pediu para eu ficar mais de olho em Carol do que você, não sei porque, tentei perguntar porém você sabe seu pai.

Maju: tem alguma coisa acontecendo — balancei a cabeça — pode ir, eu vou ficar aqui esperando até Carol sair da casa dessa amiga.

Quando falamos Carol saiu da casa sem ninguém, e parou um carro preto na frente.

Um homem saiu, usava boné e uma roupa qualquer, bem suspeito.

Ela entregou um bolo de dinheiro e pegou um envelope, olhei para Lucca e desci do carro.

Nos aproximamos rapidamente e o homem entrou no carro fugindo e Carol mudou de cor quando me viu.

Carol: o que vocês estão fazendo aqui? — ela apertou o pacote em sua mão —.

Maju: o que é isso?

Carol: Lucca, você chamou ela aqui?

Maju: eu ouvi sua conversa no telefone, o que está acontecendo Carol? O que tem nesse envelope?

Carol: para de se intrometer Maria Júlia, deixa que com os meus problemas eu me viro.

Maju: quais problemas?

Carol: você sempre foi a preferida Maju, o papai sempre preferiu você. E você não percebe — ela riu — você não percebe que ele me coloca em primeiro lugar só para não me sentir rejeitada. Vocês me culpam pela morte da nossa mãe, e eu nem a conheci. Mas eu sofro, sofro como se tivesse acontecido antes — ela estava tremendo e seus olhos enchendo de lágrimas, a primeira lágrima escapou e ela limpou rapidamente —.

Maju: você sabe que isso não é verdade, você sabe que é a nossa caçula e não nos culpamos por nada. Ninguém sabia os riscos que a mamãe corria no seu parto e ninguém podia fazer nada, você não deve se culpar. O que é isso no envelope?

Carol: não é nada eu já disse, podemos ir agora?

Ela desceu as escadas e quando passou por mim peguei o pacote em sua mão, Carol me olhou com raiva indo pra cima de mim e Lucca se meteu.

Abri o envelope e tinha alguns tipos de drogas.

Olhei pra ela que virou a cara, não queria me encarar.

Eu conhecia aquela garotinha na palma da minha mão.

Maju: é sério isso? — engoli seco — você não precisa disso mana, você sabe disso.

Carol: nem eu, muito menos você sabe disso. Você sempre foi querida por todos Maju.

Maju: nem todos — dei um sorriso triste — as pessoas me olham com medo, me chamam de autoritária e mandona. Mas é apenas o meu jeito... já você? Você é doce. É a melhor parte da gente! E eu te amo assim, e você também me ama do jeito que eu sou.

Carol: eu sinto que o nosso pai está escondendo algo, ele está agindo estranho ultimamente. Perguntei o que houve, eu vi uma mulher igual a nossa mãe. Meu Deus Maju ela era idêntica — engoli a seco e tentei disfarçar ao máximo — eu perguntei pra ele — ela me olhava desesperada — e ele foi grosso, foi rude e não entendi o porque. E agora aonde nós vamos Lucca está atrás da gente — ela desviou o olhar para ele — nada contra, você é uma pessoa do bem e eu já sei que vocês dois tem um caso — comecei a tossir e ela me olhou revirando os olhos — eu te conheço Maju, só papai não vê.

Maju: vem, vamos ir comer um hambúrguer bem gostoso — guardei o envelope na minha bolsa — e isso aqui vai direto pro lixo.

Ela não falou nada, sabia que estava errada em se meter nisso.

E de agora em diante eu ficaria de olho, não só eu como Lucca também.

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