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Maratona 3/3

MARIA JÚLIA 👄

Maju: papo de namoro? É sério isso? Ir embora do Brasil? Por que?

Victor: tenho alguns assuntos pendentes fora em Nova Iorque, e achei uma ótima oportunidade pra vocês duas lá — ele sorrio olhando pra mim e para Carol, ela estava um pouco anestesiada olhando pra ele desconfiada —.

Maju: pode ir à vontade, porque eu mesmo não saio daqui.

Victor: como você vai se sustentar filha? E sua faculdade? Por favor... imagine só você se formando em direito nas melhores universidades de Nova Iorque, já pensou nisso?

Maju: não, não pensei sabe porque? A minha vida está toda aqui no Brasil. Se quiser ir, vá com Deus — levantei da mesa e só olhei para Lucca, ele também levantou —.

Lucca: com licença.

Sai batendo o pé indo em direção ao seu carro, Lucca estava logo atrás de mim andando rapidamente também.

Ele tocou em meu ombro e senti meu mundo desabando.

Maju: Por que ele tem que ser assim? — me virei para Lucca, ele continuava sereno como se nada o abalasse, segurou minha mão e me puxou devagar para o seu abraço —.

Lucca: você acha que é verdade? Ele teria coragem de se mudar assim? Largar o quartel e tudo mais?

Maju: ele anda estranho. Grosso e arrogante ele sempre foi, mas ele está agindo estranho ultimamente —  balancei a cabeça — até Carol está achando isso. Ele toma conta de um quartel, é bem respeitado não só em São Paulo. O que faria querer ir embora assim? E agora me ameaçar perguntando como vou me sustentar — ri baixo — ele sempre nos incentivou a estudar, isso ele não tem o que reclamar e se quer que eu me sustente é isso que eu vou fazer.

Lucca: vou te ajudar... pra ontem na verdade! Você tem currículo atualizado?

Maju: sim, mas não sei se será fácil um bom emprego, que pague bem ao ponto de eu conseguir bancar as despesas da faculdade e um lugar  para morar.

Lucca: confia em mim?

Maju: com toda certeza — rimos —.

LUCCA 📌

Eu teria que passar por cima do meu orgulho para ajudar Maju, e estava disposto a isso.

Ela foi para a casa da Bia e eu acelerei para o escritório de advocacia do meu pai.

Nice: filho, você tem certeza?

Lucca: nunca senti nada assim por ninguém mãe — olhei pra ela e vi um sorriso amarelado se abrindo em seu rosto —.

Nice: então faça o que seu coração mandar, só não caia na pilha do seu pai. Tudo bem?

Lucca: com toda certeza, prometo pra senhora.

Nice: e eu quero conhecer a tal Maju né? — falou sorrindo —.

Lucca: logo após falar com o meu pai trago ela aqui, mas olha nada de mostrar fotos minha bebê em — dei um beijo na testa dela fazendo-a gargalhar —.

Dirigi até a empresa do meu pai, ele sempre teve uma vida boa. É advogado desde os 22 anos, e seu pai lhe deu esse escritório, ou seja, ele sempre teve tudo o que quis e nunca precisou de muito para conseguir e foi com essa mesma ignorância que ele não lutou pela minha mãe quando ela mais precisou.

Com isso eu me afastei desde os meus 10 anos de idade, eu já tinha um pensamento totalmente diferente dos meus colegas da escola. E meu irmão mais velho Luan puxou meu pai de cima a baixo. Ambicioso. Ama dinheiro. Não se importa com ninguém além dele mesmo. Ou seja, seria um desafio ir até a empresa dele.

Estava no hall do prédio olhando em volta, cada detalhe ali tinha a mão do meu pai, ele era fresco e chato demais para deixar na mão de qualquer pessoa.

XXX: Lucca Guimarães? — uma voz feminina surgiu atrás de mim, me virei e era a secretaria do meu pai, só que bem mais velha do que eu me lembrava —.

Lucca: Oi Andreia — abri um sorriso e ela deu um beijo em meu rosto —.

Andreia: garoto você cresceu, não imaginava te encontrar aqui... o que te trás? Veio falar com Luan? Porque ele saiu cedo e não voltou ainda.

Lucca: na verdade com o meu pai.

Andreia: ah...

Andreia sempre soube que eu e meu pai não tínhamos um bom relacionamento a anos, nunca precisei esconder de ninguém.

Nas datas comemorativas ele sempre mandava ela comprar meus presentes e ia pessoalmente entregá-los lá em casa, sempre cuidou de mim quando ia passar o final de semana na casa dele.

Mas isso foi só no início da separação dos dois.

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