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MARIANA 🌷

A 16 anos eu vi meu mundo desabar.

Fui obrigada a sair da vida das minhas filhas, na verdade obrigada a sumir pra sempre.

Victor sempre foi um marido rígido, desde o início. Desde o começo quando eu tinha apenas 19 anos sempre foi assim, rígido, grosso, de poucos sentimentos. Porém, ele sempre cuidou de mim até o nascimento de Maria Júlia.

O gênio dela sempre foi igual ao do pai, porém desde pequena ela sempre foi independente daquelas que com 4 anos já queria escolher o que vestir e o que comer.

Mandona rs sempre foi assim.

1 ano antes de forjarem a minha morte eu me envolvi com outro homem, engravidei da Caroline e claro que o Victor descobriu.

Não acreditava no que estava vendo, ali diante de mim.

Maria Júlia.

Aqueles olhos assustados e arregalados, igual da primeira vez que ela sentiu Carol mexer na minha barriga, porém depois do medo veio o sorriso, e todos os dias eram assim ela grudava em mim para sentir a irmã mexer.

Eu estava levando uma vida totalmente diferente de antes, envelheci muito em 16 anos. E estava trabalhando naquele hotel como faxineira.

Não é que eu tinha vergonha de ser, mas eu não queria que ela me visse naquela situação.

Eu havia prometido para Victor que sumiria da vida deles, mas que não contassem o que eu fiz. Não contasse que Carol não é filha dele.

Sai do salão principal indo em direção a um corredor que levava até a escada, paços largos atrás de mim e uma voz suave: MÃE?

MARIA JÚLIA 👄

Ela parou ao ouvir a minha voz.

Na verdade nós duas paralisamos, meus olhos estavam queimando de tantas lágrimas que haviam se formado ali. A primeira escorreu e limpei com raiva, até ela me olhar.

Minha mãe.

O olhar doce dela continua o mesmo, porém ela aparentava ser bem mais velha do que a sua idade.

Minha cabeça girava, não entendia o porque.

Como meu pai mentiu sobre a morte dela? Na verdade como os dois tiveram coragem de mentir?

Um nó se formou na minha garganta, parecia que tinha um melão entalado que não me deixava respirar.

Encostei na parede, e ela se mexeu.

Mari: filha, calma — sua mão tocou em meu braço e as lágrimas começaram a descer sem parar — eu vou te contar tudo, mas preciso que fique calma.

Maju: você não pode sumir de novo.

Mari: não vou, eu te prometo!

Ela me levou até um local escrito “apenas funcionários”, haviam várias portas e entramos em uma delas.

Tinha uma cama de casal, com TV e um guarda roupa, havia uma espécie de copa e a porta do banheiro. Era um cômodo pequeno, porém aconchegante.

Observei tudo enquanto ela me observava, desviei o olhar para o seu e ela sorrio.

Mari: eu esperei tanto por esse momento.

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⏰ Última atualização: Feb 28, 2020 ⏰

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