O coração estava disparado e suas mãos tremiam. O suor escoria pela testa e pelo pescoço. Era assim que estava o Carlos quando chegou à frente da casa da Nádir. A casa estava completamente escura, sem nenhum sinal de que havia alguém.
A viatura roubada estava estacionada na frente da casa com a porta do motorista e do passageiro aberta. A porta da entrada de casa não estava fechada completamente, permitiu que se visse o longo corredor que levava a cozinha.
Tudo indicava que se tratava de uma armadilha e o Carlos sabia disso. Em sua mente exibiam-se várias imagens que mostravam a Nádir a sair de um canto escuro, de um quarto qualquer, e atacando com toda a raiva, até que o fizesse perder completamente os sentidos, porém, aquele momento era típico, no qual se sabia que tudo daria errado, mas que mesmo assim deveria ser feito. Por mais que seu consciente dissesse para não entrar naquela casa, Carlos teria que faze-lo e não podia pensar em outra alternativa.
Ao entrar na casa percebeu o quanto era assustador estar ali. E nesse exacto momento desejou muito que tivesse algo para se defender e tentando sarar este desejo, olhou ao redor a procura de algo que pudesse ser usado como arma, porém só o que via eram os moveis velhos e pequenas estatuas de decoração.
O corredor que levava a cozinha parecia agora mais comprido e ameaçador, e mesmo assim iniciou a sua travessia pela sua extensão até a cozinha, que não estava tão escura devido à luz do luar que entrava pela janela. Carlos revirou todas as gavetas que encontrou pela frente e depois de tanto procurar encontrou uma pequena faca, que infelizmente estava cega, mas teria que servir.
Assim que voltou para o corredor pode ouvir um barulho que vinha do andar superior da casa. Parecia que algo pesado havia caído no chão e rolado. Ao tentar subir as escadas viu que era impossível não fazer barulho, uma vez que todos os degraus rangiam. Assim que subiu o último degrau, percebeu que nunca havia estado no segundo andar da casa.
Logo que saiu da escada se viu em um novo corredor, no qual haviam diversas portas ao longo de sua extensão. Nádir estaria em um daqueles quartos. A primeira porta, assim que foi aberta, revelou um pequeno quarto, com uma cama de casal e uma cômoda com muitas fotografias de Marcos e Adela, que mostravam momentos de felicidade do casal. Era muito estranho ver imagens felizes dos dois sabendo que há apenas algumas horas atrás, Adela havia assassinado Marcos.
Enquanto observava as fotos, Carlos percebeu um movimento no fim do corredor pela sua visão periférica. Isso o deixou muito assustado e em estado de alerta. Ele se sentia em um filme de terror, no qual a qualquer momento seria atacado e morto.
Sua mão suava em volta do cabo da pequena faca e sua respiração estava ofegante. Enquanto caminhava pelo corredor não pode deixar de pensar em como teria sido diferente se tivesse esperado pelo Marcelo. Talvez não estaria naquela situação tão perigosa.
A porta no fim do corredor estava trancada e tentou por vários minutos arromba-la com o corpo. Assim que desistiu da sua idéia pode ouvir murmúrios que vinham do outro lado da porta trancada. Só poderia ser a Nádir.
− Acho que você vai precisar da chave – disse Adela que estava atrás de Carlos, parada no meio do corredor. Em sua mão exibia uma pequena chave, pendurada por um cordão vermelho.
− Eu vou pedir só uma vez... Me dá essa chave agora – disse o Carlos dando um passo em direcção a Adela.
− Olha, o finalmente criou coragem. Acho que finalmente você está se a tornar um bom partido para minha filha. Pena que ela não viverá por muito tempo para desfrutar desta história de amor – disse Adela guardando a chave no bolso.
− O que você quis dizer com isso? – disse Carlos não gostando nada do jeito que Adela estava se comportando. Era claro que estava armar algo. Mas o que seria?
− Não se preocupe, logo você vai saber – Adela levou a mão até as costas, retirando um pequeno machado, que estava na sua calça. – Eu sempre gostei desse machado do Marcos.
Sempre o achei muito útil e agora realmente será. Adela tentou agredir o Carlos com o machado,mas Carlos conseguiu desviar a tempo do golpe dado. machado foi cravado na porta que tentou abrir e Adela tentou retira-lo, porém não conseguiu. Carlos, vendo a oportunidade, se jogou contra Adela, que mesmo sendo uma mulher magra, possuía uma força incrível.
Aquilo seria uma luta injusta, uma vez que Carlos nunca teria coragem de bater em uma mulher. Sua única alternativa seria imobilizar Adela, mas como faria isso ele ainda não sabia.
Alias, tudo que estava fazendo era improvisado, pois não havia planejado nada antes de vir parar ali.
Adela era forte, porém Carlos era mais e em pouco tempo havia a imobilizado. Na mente de Carlos tudo estava acabado.
Tudo que precisava fazer era pegar a chave da porta no bolso da calça da Sra. Mayer e tirar Nádir dali. Entretanto, seu plano foi interrompido quando Adela rapidamente conseguiu livrar um dos braços e dar uma cotovelada na barriga de Carlos, que caiu no chão. A mulher correu escada abaixo, enquanto ria alto.
− Se você quiser a chave terá que me pegar – gritou Adela enquanto descia as escadas.
Carlos não estava a fim de sair andando pela casa a procura de uma mulher louca, mas não tinha escolha. Levantou-se e correu atrás da mulher, que havia sumido por completo. O Carlos procurou pela sala de estar, no banheiro e finalmente foi até a cozinha. Já estava cogitar a idéia de que Adela havia saído de dentro da casa.
Estava próxima ao lava louça, quando ouviu um barulho de tiro seguido pela janela as suas costas estilhaçando. Ele abaixou-se imediatamente e se escondeu atrás da geladeira.
Olhou por toda a cozinha procurava achar a origem do tiro, mas um novo disparo foi realizado e teve que novamente se esconder.
− saia dai. Não precisa se esconder... Não vou magoar você... Pelo menos não muito – disse Adela enquanto andava devagar pela cozinha.
– Sabe de uma coisa... Antes de eu matar você quero que saiba de uma coisa... Eu preciso dizer isso para alguém... Nádir não é minha filha, pelo menos não de sangue... Ela é adoptada. Meu marido ainda era vivo quando me disse que queria ter um filho. Tentamos por várias vezes, mas nunca conseguia engravidar. Então, quando ele partiu para uma missão do exército, eu procurei um médico e fiz uma bateria de exames. E com isso descobri que não podia ter filhos e sabia que se contasse para meu marido... Ele me largaria na mesma hora, então, fingi uma gravidez colocando uma barriga falsa. Meu querido marido ficou tão feliz com a notícia. Então, novamente teve que viajar para uma missão do exército que duraria um ano e isso foi perfeito para mim, pois teria tempo de colocar meu plano em acção. E com isso fui a vários orfanatos e finalmente encontrei um bebê de dois meses de vida... Depois de várias visitas da assistência social, finalmente fui considerada apta para a adopção. Meu marido voltou para casa e encontrou sua querida filha chamada Nádir. Foi a melhor época das nossas vidas e então... Durante mais uma missão... Meu marido foi morto e eu me vi sozinha com um bebê para cuidar. E o pior de tudo era que sempre que olhava para Nádir... Me lembrava do meu marido e com isso acho que criei um certo receio daquela criança. Acho... Que nunca consegui criar a ligação entre mãe e filha. Mas, tudo bem, eu nunca quis ser mãe mesmo. Só aceitei por causa do meu marido... Para não destruir meu casamento.
Carlos, aproveitou que Adela estava distraída, enquanto falava, pegou uma pequena colher que estava em um armário próximo à geladeira e atirou do outro lado da cozinha. Adela se assustou com o barulho produzido, se virou na direcção do barulho disparou novamente. Carlos saiu de trás da geladeira e saltou na Adela, que conseguiu reagir bem a tempo, deu uma cotovelada na face de Carlos. Adela realizou outros disparos na direcção de Carlos, que teve sorte em conseguir se esconder bem a tempo atrás da mesa.
− Adelaide Mayer, a casa está cercada. Por favor, saia com as mãos para cima – disse uma voz ecoando por toda a casa.
A polícia finalmente havia chegado. A voz que falava provavelmente seria do comandante.
Adela, ao escutar a voz, correu novamente até o segundo andar. Carlos foi atrás e ao chegar no corredor, foi recebido por novos (3) disparos. Carlos teve que se esconder novamente, enquanto Adela abriu a porta do final do corredor e entrou.
Carlos esperou por alguns segundos para ver se não teriam novos disparos e quando não ocorreu mais nenhum, foi até o quarto e também entrou. O lugar em que estavam nitidamente era o quarto de Nádir. Adela havia feito Nádir de refém e parecia esperar pelo Carlos.
− Olha quem chegou para a festa Nádir... Seu namorado – disse Adela com os olhos arregalados.
Nádir estava com as mãos e os pés amarrados e com a boca tapada por uma fita adesiva.
− Adela, deixa a Nádir ir. Acabou. A polícia já cercou a casa e não tem mais para onde ir – disse Carlos enquanto mostrava as mãos, sinal de que estava desarmado.
− Você acha que eu pretendo me entregar para a polícia e sair daqui viva? Acha que eu pretendo sair viva? – perguntou Adela com os olhos arregalados em direção ao Carlos – minha vida acabou assim que eu disparei aquele tiro contra o Marcos. Eu não tenho mais nada a perder... Você não percebe isso?
− Adela, nós vamos entrar. Por favor, não reaja para seu bem – disse novamente o comandante.
Adela pareceu ficar ainda mais descontrolada e o Carlos não pode deixar de pensar que a presença da polícia poderia complicar ainda mais as coisas.
− Carlos... Ao seu lado tem dois bidões... Quero que os pegue e expalhe o liquido pelo quarto – disse Adela.
Carlos foi até os Bidões e abriu sua tampa e imediatamente sentiu o cheiro de gasolina invadir o quarto.
− Eu não posso espalhar gasolina pelo quarto... Você esta completamente maluca – disse Carlos enquanto negava com a cabeça.
− Não tem escolha... Se não fizer, eu mato a Nádir agora... Bem aqui na sua frente... O que acha? – disse Adela, olhando para Nádir.
Sem encolha, pegou os bidões e despejou todo seu conteúdo pelo quarto.
− Muito bem... Agora vai até a mesa e pegue o isqueiro, vou fumar um cigarro em recordação ao Marcos, meu amor.
− Por favor, não faça isso. Se entregue para a polícia e tudo vai ficar bem.
− Eu não pedi a sua opinião. Agora pegue o isqueiro.
Carlos foi até a mesa e pegou o isqueiro. No andar de baixo da casa era possível ouvir o barulho de passos dos policias. Em poucos segundos eles estariam ali.
− Você sabe o que fazer agora – disse Adela apontava para o chão. – acenda o isqueiro e o atire para o chão... E corra daqui... Vai ficar muito quente.
− Eu não vou deixar Nádir – disse Carlos, acendendo o isqueiro.
− Você não tem nada a ver com isso. Então, por que não vai embora?
− Você nunca foi capaz de amar realmente alguém... Então não saberia por que eu ficarei aqui... Eu amo a Nádir... E nunca a deixarei sozinha.
− Você é quem sabe... Agora atire o isqueiro para o chão.
Carlos sabia que todos que estavam ali, morreriam em poucos minutos. E sabendo que não teria nada a perder, colocou o isqueiro no chão e foi contra contra Nádir e Adela. Os três caíram no chão. Carlos havia prometido que não bateria em Adela, porém sabia que não teria outro jeito, deferiu um golpe no rosto da mulher.
O fogo se alastrava rápido e Adela não estava colaborar, dava pontapés e murros no Carlos, além dos inúmeros arranhões que provocava na face dele. Enquanto, Adela deferia vários golpes no Carlos, este estava preocupado em retirar Nádir dali, antes que o fogo se alastrasse por completo. E foi nesse momento de distração que Adela conseguiu derrubar o Carlos, ficando de pé e apontando a arma para o rapaz, dizendo:
− Bom, você tentou... Mas... Acabou... Agora relaxa e espera tudo acabar.
E devido a um reflexo, Carlos usou as duas pernas para empurrar Adela para as chamas, e caiu no meio do fogo, que a consumiu por completo. Por alguns segundos foi possível ouvir os gritos de dor de Adela, enquanto seu corpo era queimado por completo.
Carlos, viu que não daria tempo de desamarrar a Nádir, puxou-a até estar fora do quarto.
− Aqui em cima! – gritou Carlos para os policias que estavam a realizar a busca no andar de cima.
Em poucos segundos o Carlos viu o rosto de vários agentes surgirem pela escada. Entre eles estava o rosto do agente Marcelo.
− Carlos... Nádir... Vocês estão bem? – perguntou Marcelo, enquanto se aproximava dos dois.
− Estamos bem... Mas temos que sair daqui rápido, antes que toda a casa pegue fogo.
− Onde está a Adela? – perguntou um outro policia.
− Está dentro do quarto.
O policia olhou para o quarto, que estava completamente dominado pelas chamas.
− Vamos sair daqui – disse , enquanto usava um canivete para cortar as cordas de Nádir. Assim que ela estava livre, todos saíram correndo de dentro da casa.
Quando Carlos se viu de fora da casa, ficou perplexo ao ver a quantidade de viaturas, repórteres e jornalistas, moradores curiosos. Marcelo imediatamente pegou o telemóvel e ligou para os bombeiros, enquanto levava Carlos e a Nádir para a ambulância. Do meio da multidão surgiram duas figuras, completamente furiosas. Eram os pais do Carlos.
− Carlos, você está bem? – perguntou a Sra. Daniel enquanto abraçava o Carlos com todas as forças.
− Me desculpe, eu não queria preocupar vocês... Mas eu não podia ficar parado enquanto a Nádir corria perigo – disse o carlos enquanto era avaliado pelo médico.
− Você não podia simplesmente ter deixado a polícia cuidar disso? – perguntou o Sr. Daniel.
− Pai, se não estivesse dentro daquela casa... A Nádir provavelmente estaria morta agora... Não daria tempo dos policias chegarem e salvarem ela.
− Tudo bem... Nós estamos orgulhosos de você... Você foi um grande herói hoje – disse a Sra. Daniel.
− Mas... Continuará de castigo... E por um bom tempo... Entendeu? – perguntou o Sr. Daniel.
− Sim, pai. Entendi – respondeu o Carlos, que já esperava por aquilo.
Os médicos fizeram uma avaliação completa ao Carlos e a Nádir, e felizmente, ambos, estavam bem. Logo que foram liberados pelos médicos, Marcelo pediu para falar com os dois em particular. Os bombeiros ainda não haviam chegado e a casa já estava completamente dominada pelas chamas, o que fez com que todos que estavam presente na rua se afastassem devido à alta temperatura emitida pelas chamas.
− Você é muito bom em se meter em confusão não é mesmo? – perguntou Marcelo ao Carlos.
− Acho que sim – respondeu Carlos, com um sorriso de orelha em orelha.
− Carlos, eu preciso te pedir um favor – disse Marcelo enquanto observava a casa em chamas.
− Pode pedir.
− Nádir pode ficar na sua casa até eu conseguir resolver a situação dela?
− Claro que pode – respondeu Carlos, feliz com a notícia.
− A minha situação? Como assim? – perguntou a Nádir.
− Nádir, eu sinto muito pelo que aconteceu hoje, mas, sua mãe... Você sabe... Agora eu preciso achar um lugar para você ficar.
− Não precisa se preocupar... Eu sei me cuidar sozinha – disse a Nádir.
− Eu sei que você sabe se cuidar, mas, eu só queria ajudar. Disse o agente Marcelo demonstrado um enorme sentimento que seria amor...
Após a conversa dos três, Carlos e Nádir foram liberados para poderem ir para casa, o que se mostrou muito difícil, uma vez que todos os repórteres rodearam eles querendo uma entrevista exclusiva.
Quando chegaram em casa, Carlos e Nádir só queriam tomar um banho e dormir...
Antes de dormir, Carlos pensou em como estava feliz por finalmente ter a Nádir por perto. E que tudo havia acabado bem.EPÍLOGO
No dia seguinte, o agente Marcelo foi à casa do Carlos para ver como a Nádir estava, e levá-la até a esquadra para prestar queixas. Carlos ofereceu-se para lhe acompanhar, mas o agente Marcelo disse que não precisava e que ela ficaria bem. A verdade era que o Carlos não queria deixar a Nádir fora da sua vista um minuto sequer.
A Nádir saiu da casa do Carlos logo pela manhã e retornou próxima a hora do almoço, onde encontrou a mesa do almoço pronta, já a sua espera.
O jantar foi bem descontraído, uma vez que o Edmilson e a Cátia apareceram de última hora e como de costume, ao perceber o clima pesado que se encontrava a mesa, Edmilson contou diversas anedotas que aliviaram um pouco o clima. Logo mais à tarde, Marcelo retornou com a informação de que o funeral e enterro da mãe e do padrasto da Nádir seria no dia seguinte, no início da tarde e é claro que a notícia levou a Nádir novamente a ficar calada e pensativa.
No dia seguinte todos foram para o funeral e se depararam com uma grande quantidade de vizinhos fofoqueiros e repórteres de todo o bairro, que lotavam a entrada do velório de Luanda. Quando o carro da família Daniel estacionou, uma grande quantidade de repórteres rodearam o carro, insistiam em falar com o Carlos e Nádir. Foi necessário que a polícia da cidade escoltasse toda a família até o interior da do velório, na qual se encontravam poucas pessoas, na sua maioria parentes de Adela. Nádir após cumprimentar todos os parentes, muitos deles que nem conhecia, se aproximou do caixão para se despedir da mãe e do padrasto.
Um tempo depois o agente Marcelo entrou ao Velório e pediu para falar com a Nádir a sós e foram até uma sala que ficava próxima ao altar e lá permaneceram por uma hora.
Quando saíram da sala, Nádir estava diferente, e o Carlos notou imediatamente que ela esteve a chorar.
A ida até o cemitério foi rápida e o enterro também, e juntos retornaram para a casa do Carlos. A Nádir permaneceu calada durante todo o caminho e se limitava a apenas balançar a cabeça como resposta para as perguntas de Carlos. Quando chegaram em casa, Nádir pediu para que o Carlos a levasse a ilha de Luanda depois do almoço e é claro que ele concordou.
A praia estava completamente vazia e os dois caminharam pela areia. Carlos percebeu que a Nádir queria dizer algo, mas por algum motivo não sabia como.
− Carlos... Nós... Precisamos conversar − disse Nádir, parou para observar o mar.
− Eu sei... Você está estranha desde o enterro – disse o Carlos deixando ela surpresa.
– Deve ser doloroso perder uma mãe.
− Adelaide era tudo... Menos uma mãe. Eu sei que isso é uma coisa muito feia de se dizer, mas... É o que eu sinto.
Carlos pensou em revelar a Nádir que Adelaide não era sua mãe biológica e que era adoptada, mas achou que seria muito cruel colocar mais aquele problema na vida da Nádir. Então, isso teria que esperar mais um pouco para ser revelado. Quem sabe nunca fosse. E talvez assim fosse melhor, uma vez que saber disso não traria nada de bom para a vida da Nádir.
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Busca incansável
Mystery / ThrillerDepois de um dia longo, Carlos estava em seu quarto, sentia que estava em algum ponto entre o dormir e o acordar, mas quando seus olhos pareciam claramente fechados, algo trouxe de volta...De início era uma voz distante, no entanto quando foi acorda...