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Flashback onn

1 ano antes

Tyler

Ligação onn

- Tyler, será que tem como você vir aqui no aeroporto me buscar? - Hannah fala com voz de choro assim que eu atendo a chamada.

- Tá bom, estou indo pra aí agora. - Falo preocupado com ela.

- Ok estou esperando aqui na frente. - Ela diz.

Ligação off

Sai de casa as pressas, nesse tempo que eu conheço a Hannah sei que ela não iria vir pra cá atoa, e também não estaria chorando se não fosse por...

A não, eu juro que eu mato aquela garota por ter feito isso com o meu baby.

Acho que eu devo ter ultrapassado uns 5 faróis vermelhos, só para chegar o mais rápido possível até ela.

- Nana, o que aconteceu meu amor? - Pergunto assim que eu acho ela no aeroporto.

- Vamos pra outro lugar que eu te explico tudo, pode ser? - Ela fala com a voz abafada por estar me abraçando.

Concordei e entramos no carro, perguntei onde ela queria ir, ela respondeu que podia ser para qualquer lugar que não tivesse paredes e que desse para ver o céu. Dirigi até o melhor parque que eu já tinha ido de Toronto.

Sentamos no meio de algumas árvores, Hannah deitou com a cabeça no meu colo, comecei a fazer carinho nos cabelos cacheados dela e ela começou a me contar.

- Você lembra daquela menina que eu estava ficando. - Fiz que sim com a cabeça. - Então, ela sabia que eu tinha auto estima baixa, no começo ela foi super legal comigo, me dava presentes, vivia me elogiando, ela fazia de tudo pra me deixar feliz, mas de uns tempos pra cá ela mudou muito, ficou fria, não se importava mais se eu tava bem ou não, e eu comecei a piorar de novo, então ontem ela me diz que fazia umas duas semanas ela tinha me traído com um cara, eu comecei a chorar, arrumei minhas coisas, comprei a passagem e só fui perceber o que tinha feito minutos antes de te ligar.

Ela começa a chorar descontroladamente, deixei ela chorar, porque sabia que era o que ela precisava nesse momento, fiquei fazendo carinho no cabelo dela.

- Eu me senti uma inútil, uma pessoa tão substituível e eu simplesmente não sei mais o que fazer Tyler. - Ela diz depois que para um pouco de chorar.

- Ei, você nunca mais vai dizer uma coisa dessa ok, você não é inútil, não é substituível. Para as pessoas que realmente se importam com você, você é a melhor coisa que eles podem querer. Nana, depois que eu te conheci, eu comecei a ser diferente, pois você me inspirou a ser melhor, você é uma das melhores pessoas que eu já conheci nesse mundo. E sabe o que você faz com pessoas que nem essa menina, ignora, tenta ao máximo fingir que elas não existem, pessoas como ela não conseguem ver os outros felizes, então você vai mostrar pra todo mundo que você pode viver sem eles, que você é muito mais do que eles pensam que você é e que consegue fazer coisas que eles pensaram que você nunca fosse capaz de fazer. E mano você é a maior gata que eu conheço, com todo o respeito é claro, e quem dizer ao contrário vai ter que achar muitos argumentos para me provar isso. Eu te amo Nana, e se alguém te machucar, me chama que eu ligo pros meus contatos e mando matar quem você quiser. - Um esboço de um sorriso se formou no rosto dela, ela levantou e me abraçou forte, chorando.

- Tyler, você é uma pessoa incrível sabia, deveria fazer psicologia pra ajudar os outros, se sabe dar conselhos e a melhorar a alto estima de alguém. Mas se sabe que é difícil eu enfrentar tudo isso sozinha. - Ela diz meio triste ainda.

- Então passa um tempo aqui comigo, depois volta pra casa fala com seus pais e vai morar lá na minha cidade, com certeza o pessoal vai te ajudar a passar por isso até eu voltar pra te apoiar. - Digo sorrindo pra ela. Um brilho de esperança passa em seus olhos.

- É, talvez essa seja uma boa ideia, mas sabe o que seria uma ideia melhor que essa? - Ela pergunta ficando mais animada, essa era a Hannah que eu gosto de ver.

- O que? - Pergunto confuso e curioso.

- A gente apostar corrida até aquele carrinho de açaí, e quem chegar por último paga. - Ela diz e sai correndo até o carrinho.

Me levantei e fui andando até lá, comprei um potão de açaí pra ela, que sorria feito criança olhando para o presente que ela tanto queria. Comprei uma casquinha de sorvete pra mim.

- Ainda não entendo como você não gosta de açaí. - Ela diz me olhando com uma cara de que se eu falasse alguma merda ela iria me matar.

- É porque sorvete é mil vezes melhor, açaí pra ficar bom tem que colocar muitas coisas e sorvete é bom puro. - Respondo dando de ombros.

- Não, você não disse isso né. - Ela olha pra mim e pega uma colherada de açaí e espalha na minha cara.

- A mais isso não vai ficar assim. - Comecei a correr atrás dela com a minha casquinha, tentando passar sorvete na cara dela.

Ela quase perdeu o açaí umas três vezes, até que uma hora quando ela estava distraída eu fui por trás e enfiei o meu sorvete no nariz dela.

- Tyler seu filho da mãe, não vale eu não estava esperando. - Ela diz me mostrando a língua e limpando o sorvete. - Agora eu tô sentindo o cheiro de Toronto com sorvete, obrigada sempre quis saber como era essa sensação. - Ela diz irritada.

- De nada, e foi você que veio atrás de mim em Toronto, você sabe que eu não sei levar as coisas muito a sério né, e que pra mim é sempre bom te ver sorrindo. - Digo e ela revira os olhos sorrindo.

- É por isso que eu te lovo Tyler.

- Também te lovo Hannah.

Flashback off

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Odeio você (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora