Não Sei O Que Tenho Haver

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Tyler

Duas semanas se passaram e eu estava ainda dando "aulas" pro Bryan, Liam e Theo. Eu e Liam estávamos nos tornando ótimos amigos, Theo e Bryan conseguia aturar agora mais do que antes. E pra quem se pergunta de mim e do Noah, estamos indo super bem, o jantar em família foi uma maravilha, parecia que tínhamos voltado no tempo, papai ficou feliz com isso e parece que eles vão voltar a ser amigos. Agora estou na casa do Bryan, os gêmeos tiveram um imprevisto e não vieram.

- Tyler. - Bryan me chama.

- Fala mano. - Olhei pra ele.

- Vou te contar o real motivo dos meninos não terem vindo. - Ele me olha super sério. - Eles foram fazer uma entrega de drogas.

- PERA O QUE? - Falei em puro choque.

- Meu pai é um dos maiores traficantes da cidade, ele me obriga a trabalhar pra ele e obrigou os meninos a trabalharem pra ele também. E agora ele quer que eu obrigue alguém para trabalhar comigo. - Dava para ver o desespero em seus olhos.

- Tá e o que eu tenho haver com essa história toda. - Perguntei sem entender o que ele tava querendo.

- Eu queria te pedir pra você trabalhar comigo, se não quiser tudo bem não vou ser que nem meu pai e não vou te obrigar. - Ele fala um pouco mais calmo, mas dava pra ver que estava nervoso e preocupado.

- Se eu não aceitar o que acontece comigo e o que acontece com você? - Estava começando a ficar preocupado com ele também.

- Bem com você não vai acontecer nada, pois ele nem vai saber que te chamei, já comigo vai acontecer o mesmo que sempre acontece quando eu o decepciono. - Agora que eu reparei ele não está encostando as costas no sofá.

- Bryan deixa eu ver tuas costas. - Peço encarando ele.

- Relaxa cara não tem nada nas minhas costas. - Ele diz tentando se encostar.

- Se você quer que eu faça parte da tua gangue deixa eu ver o que aconteceu com você. - Falo em tom autoritário.

- Tá bom. - Ele se da por vencido.

Ele levanta, vem até mim e vira de costas, eu levanto a blusa dele com todo o cuidado, tomo um susto a hora que vejo que as costas dele.

- Meu Deus Bryan, quem fez isso com você? - Pergunto ainda de boca aberta.

- Bem quem mais você acha, meu pai é claro. - Ele abaixa a camisa e se vira de frente para mim. - Ele faz isso comigo desde que eu tinha 12 anos e comecei a "trabalhar" com ele, toda vez que eu o decepciono ou faço algo que ele não gosta ele me pune com essas chicotadas nas costas.

- Mas cara se sabe que pode denunciar ele por abuso de poder e por maus tratos né? - Pergunto com lágrimas nos olhos já.

- E você acha que eu já não tentei, minha mãe fugiu por causa disso, ele é um cara terrível, é por isso que eu sempre te chamo quando ele não tá em casa, não quero que você conheça ele, mas eu preciso de alguém pra trabalhar para mim. - Ele estava chorando, caraca nunca pensei que veria essa cena.

- Ei cara, não precisa chorar tá bom. - Fui para perto dele e o abracei. - Eu trabalho, sei que é furada eu me envolver nisso mas se é pra te ajudar eu trabalho, você é um cara legal não merece passar por tudo o que se passa.

Bryan me abraça ainda chorando, mas ele estava com um sorriso fraco, ouvi ele sussurrar um "obrigado", dava pra ver que ele estava mais aliviado, tanto por ter achado alguém tanto por ter contado.

- Bryan o que aconteceu? - Theo pergunta surgindo do nada na porta e vendo a cena dele chorando.

- Ele te contou tudo? - Liam pergunta para mim.

Fiz que sim com a cabeça e os dois vieram nos abraçar. Dava para ver que os três eram bem unidos e se davam muito bem, eram uma família.

- Ele te chamou não chamou? - Liam fala no meu ouvido.

- Sim e eu aceitei. - Ele me olhou incrédulo.

- Cara você vai se meter na maior encrenca, se eu fosse você saia antes de ter entrado de verdade. - Ele estava realmente preocupado comigo.

- Não, eu preciso ajudar vocês. - Falei sério.

- Tá, só depois não vem dizer que eu não mandei tu cair fora enquanto podia.

Concordei com a cabeça e começamos/continuamos a estudar.

Noah

Duas semanas se passaram e eu não podia estar mais feliz, eu e o Tyler estávamos melhor do que nunca, Malia e Caio assumiram o namoro, Sophi estava bem sozinha e continuamos melhores amigos, Hannah estava planejando vir passar as férias aqui, estava ansioso por isso, Bernardo era o que estava mais distante de nós, depois que ele e o Caio terminaram eu só via ele na escola e as vezes só dentro da sala mesmo, Melzinha não me engana tá rolando algo entre ela e a Larissa, mas elas não assumem logo.

- Não mais o que vocês acharam daquela nova série que lançou? - Larissa falou na chamada de vídeo.

- Super legal, tô doida pra ver a segunda temporada. - Malia fala quase me derrubando da cama com seus pulos.

- Nem comecei a assistir ainda. - Hannah fala com cara de preguiça.

- Nem perde tempo é uma merda, a Malia e a Larissa que são duas exageradas. - Falei rindo, Sophia e Mel concordaram comigo.

- Vocês três que são uns sem bom gosto. - Lari fala fazendo cara de magoada.

- É isso aí Lari eles nao sabem apreciar as boas séries. - Mali falou sorrindo e mostrando a língua para nós.

- Ah falou as meninas que gostam de Riverhills. - Falei rindo da cara da Malia.

- Gosto mesmo tá e estou super ansiosa para a próxima temporada. - Ma fala jogando uma almofada em mim.

- Tá, tá. - Todos rimos.

Passamos mais um tempão falando por chamada, mamãe chegou em casa nos jantamos, fui para o meu quarto, tomei um banho e me deitei na cama sem nenhuma roupa, estava mexendo no celular e acabei pegando no sono.

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Odeio você (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora