Dia 12

11 1 0
                                    

Meia noite
O meu doce quarto.
Pijama com ursinhos.

Hoje vou escrever bastante. Se é que escrevi muito, não é?

Fui dar uma volta por aí
Acabo sempre no mesmo bar com os mesmos bêbedos à porta
Pouco me interessam essas criaturas. Deixei a minha carteira numa mesa para ver quem ma vinha entregar.

Uma má ideia.

Alguém pegou nela e dirigiu-se ao balcão para a entregar ao barman.

Obrigada por ter encontrado a minha carteira.
Isto não é lugar para garotas.
Então é lugar para quê?
Perdidos. Não devias estar aqui.
Estou tão perdida como todos vocês. Também tenho direito a ser má pessoa!
Só porque foram maus contigo, não quer dizer que tenhas de ser uma pessoa má.
Deixe-me em paz!
Devias ouvir-me. Fazia-te bem. Ouvir alguém mais velho foi coisa que eu nunca fiz e olha onde eu estou. Devias ouvir-me.
Deixe-me em paz!
Estás a falar para mim ou para ti própria?
Deixe-me! DEIXA-ME!
.
.
.
Perdida na noite, voltei para casa sem me despedir daquele transeunte. Estava irritada. Não o quero ver nunca mais.

Porque é que eu não quero ver mais ninguém nunca mais?

PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora