Dia 24

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Cerca das 4 da tarde.
A Ponte Velha.

Hoje voltei a sair de casa.
Sai com a minha velha bolsa de pano e fui até ao rio, um velho rio que passa numa ponte perto da casa da minha mãe.
Eu costumava ir lá quando era pequena, ia com a minha irmã e com o meu irmão e brincávamos à apanhada.

As lágrimas escorrem enquanto eu me sento com os pés a balançar para a frente e para trás.

Não, não me quero lembrar desses dias!
Não me quero lembrar da minha infância e da minha irmã que tinha a mania de me fazer tranças e o meu irmão depois puxava-as!

Aquele maldito acidente...
Aquele maldito acidente de carro...
Aquele maldito acidente roubou-me os irmãos e os pais.
Fiquei sozinha.
Não tenho ninguém.

Cada vez tenho menos pessoas.

Pelo menos ainda tenho a Mia.

PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora