Perdida

Dia 16

A minha sala de estar.
Eu deitada de barriga para cima a jogar Bubble Witch no telemóvel e a pensar nele.

Primeira vez que escrevo e não estou no meu quarto de meias.
E não é de noite, embora eu não queira saber que horas são, só sei que ainda há sol lá fora.
Ele ontem levou-me para casa, como disse, mas foi-se embora tão rápido como me pôs lá.
A primeira coisa que eu fiz foi trancar a porta da frente do meu T0 alugado e depois limitei-me a deitar no sofá como se fosse uma pedra e depois adormeci.
Não sei quanto tempo estive a dormir.
Não comi muito mais do que o que comi em casa dele com a exceção de um pacote grande de batatas fritas e dois filmes na televisão.
Ia fazer greve e ninguém ia saber da minha existência durante um dia inteiro, mas infelizmente isso arrastou-se até hoje.
Amanhã vou pelo menos ao curso.
E volto para casa.
E não volto a ver aquela pessoa que dizia que me estava a salvar a vida.

Que pessoa mais esquisita...
Quem é que ainda ajuda os outros?
Que coisa mais milénio passado.