Carlos De Vil | Parte II

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Mal me faz um convite estranho. Pediu para que eu saísse junto com seus amigos.Como eu era nova na escola dos Estados Unidos de Auradon, resolvi aceitar, almejando fazer novos amigos e talvez até encontrar o amor de minha vida.

Saimos da escola e encontramos os outros três amigos de Mal, além de Ben. Eles estavam carregando várias cestas de piquenique e uma grande toalha. Abri um sorriso meigo e me ofereci para ajudar a carregar, mas Jay insiste que não seria preciso.

Caminhamos por mais alguns km floresta à dentro, até pararmos ao lado de um lago.
Pelo reflexo da água, achei que tinha visto alguém, mas ao olhar para trás, não vi nada. 

Percebendo que eu estava um pouco distraída, Carlos me chama.

— Cajuzinho, vem cá.

Fiquei completamente corada e um pouco brava.

— Não me chame assim!

Carlos apenas ri.

Caminhando até eles, Carlos abre a cesta e me oferece chocolate quente, aceitei, pois era a minha bebida favorita. 

Uma leve brisa fresca agitava as folhas das árvores e o cheiro das guloseimas do piquenique, faziam com que eu torcesse para não ser atacada por formigas.
Todos sentaram-se em circulo compartilhando doces e salgados e vários tipos de sucos saborosos, naquele piquenique agradável.

Mal levantou-se e colocou as mãos na cintura me encarando.

— Então, nós temos esse plano...

Já imaginando o pior, você cruza os braços esperando ouvir algo sem noção.

— Vamos pichar um coração na estátua da Fera, aquela que está no meio da escola e colocar escrito nele "eu amo o Gaston". Está dentro?!

Ri um pouco alto, sem acreditar que Mal teve aquela ideia. Meu primeiro instinto é encarar Ben.

— Sério?! E você concordou com a ideia?!

Ben morde os lábios e assente devagar com a cabeça.

— Eu não acho que seja uma boa ideia...

 Jay se levanta e rapidamente vem para o meu lado. As mãos dele rodeiam minha cintura ao mesmo tempo que ele senta do seu lado. Ele coloca a mão no meu ombro e me encara. 

— Vai dar tudo certo, é só uma brincadeira.

— Jay tem razão! Meu pai pode ser uma fera, mas ele também se divertia quando era jovem.
-Ben concordou.

—Sendo assim... Eu aceito.

Mais ou menos pelo final da tarde, Ben resolve pegar um violão e cantar.
Sua voz é doce e calma, deixando o clima mais relaxado.
Mal senta ao lado de seu namorado e coloca a mão em volta de sua cintura começando um dueto romântico, cheio de paz e sintonia.

Eu e os outros ajudamos com o coro, balançando de uma lado para o outro, apenas curtindo o momento. Carlos pega um pandeiro e começa a joga-lo de um lado para o outro batendo na palma da mão, formando um som de percussão muito suave.

Ao final da música, vocês todos aplaudem o resultado.

— Quer tocar?! — Ben oferece o violão para mim.

— Eu não sei... — Balancei a cabeça negando — Minha voz não é das melhores.

— Vamos lá, eu sei que sua voz é linda. — Evie me encoraja.

— E mesmo que não for, ninguém ficará sabendo, só tem nós no meio dessa floresta... — Carlos menciona.

— Eu pensei que os animais daqui falavam!

Jay, Ben e Mal riem um pouco sem jeito da sua afirmação.

— Eu te ajudo a cantar. — Mal aproxima do seu lado para cantar.

 Agarrei o violão um pouco envergonhada

— Eu te ajudo a cantar. — Mal aproxima do seu lado para cantar.- Eu quero dedicar essa música para o Carlos. 

Ele abre a boca e sente Evie o cutucando e rindo, as sardas que ele tinha no rosto, dão lugar para o vermelhidão de suas bochechas, ele não sabe como reagir.
Eu já tinha começado a dedilhar as primeiras notas nas cordas, intercalando com batidas no corpo do violão, criei uma melodia ritmizada e calma. Aos poucos, o silêncio do local vai dando lugar à minha voz.
Sem muito tempo para pensar numa letra que combinasse com a melodia, improvisei uma canção que fala sobre o jeito fofo e o olhar inocente que ele tem.
Mal me ajudava com as notas mais agudas, e Carlos mantinha o olhar fixo em você, até a última palavra que sai de seus lábios. Ao final, aplaudem.

Depois do piquenique, combinamos de nos encontrar 22:00hrs nos fundos da Auradon Preparatória.
Mal levava as tintas, Jay levava uma pequena escada retrátil e Ben e Carlos apenas nos ajudavam, seja distraindo os guardas ou passando pelas câmeras. Já que eles conheciam a escola como ninguém.

Esgueirando-se pelas sombras das árvores, passamos pelas câmeras e pelos guardas sem seremos vistos.

Porém, um pouco antes de chegar no centro do pátio, ouvimos um barulho então nos escondemos atrás de um muro.
Sem ver ninguém, Mal me pede para ir primeiro, já que eu era nova aluna e podia usar isso de desculpa, caso seja pega.

Com medo, dou passos rápidos e curtos até o centro do pátio. Porém quando virei-me para chamar os outros, um segurança apareceu.

— O que está fazendo aqui, mocinha?! — ele direciona a lanterna em meu rosto, quase me deixando cega.

— E...Eu?! -Senti seu bolço tremendo e lembrei do celular. Discretamente peguei ele e deslizei meu dedo, abrindo as mensagens.

"— Fala que é seu primeiro dia e você se perdeu 😂" - Era Carlos, me mandando instruções

— Eu esqueci onde moro! — você responde gaguejando.

Carlos me observava escondido no muro, coloca a mão no rosto sem acreditar que falei tudo errado. Mal revira os olhos e agarra o celular da mão dele.

"— Mal aqui, diga que Ben pediu para você se encontrar com ele"

— Eu quero dizer... Eu esqueci completamente onde eu moro, sabe?! Eu sou nova aqui em Auradon... Então Ben disse que eu poderia passar a noite aqui, estou indo me encontrar com ele agora.

O guarda ainda me encarava um pouco confuso e pisca a lanterna algumas vezes no meu rosto.

— Não sei essa história parece um pouco esqui...

— O que é esquisito?

Somos interrompidos por uma voz se aproximando...



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