onze.

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Não posso acreditar que estou com medo de um Rowan, de novo. Seth e eu não nos falamos há mais de uma semana e agora ele está ali, na reunião do comitê do baile de primavera, sentado na ponta do palco do nosso teatro em decadência. É estranho que estejamos trocando olhares no meio de todo mundo. Mas acho que todos ao nosso redor chegaram à conclusão óbvia de que tudo o que há entre mim e Seth é tensão.

Ele sabe que eu vi a bunda dele. Quero dizer, essa não é a parte mais importante. Ele sabe que eu ouvi sua conversa com Carson. Sobre ambos terem problemas com drogas e bebidas. Eu acho que é por isso que ele não disse a ninguém sobre a entrevista de Stanford. Se ele disser, minha família estará arruinada.

Confrontei Seth Rowan no dia em que a minha carta chegou para a nossa orientadora educacional, Claire Bennet.

― Seth! ― Gritei por ele no corredor. Eu nem havia conseguido conversar com a senhorita Bennet direito. ― Seth Rowan pare já, ou eu vou contar para toda a St. Vicentti que você é um alcoólatra enquanto seu irmão é um viciado!

Seth parou tão abruptamente que precisei frear antes de me chocar em suas costas. Quando ele se virou, seus punhos estavam fechados o que fez as veias de seus braços saltarem.

― Aquele armário é seu, então! ― Eu me lembro de Seth abaixar os braços, apoiar as mãos no quadril e rir para o alto como se perguntasse à alguma força divina se estavam de brincadeira com ele. ― Ótimo, parece que nossos armários de vestiário estão conectados, Olivia. Vai poder continuar me vendo pelado quando quiser. O fundo de metal já era. 

― Eu não estava planejando ver a sua bunda. ― Apontei o indicador para ele de forma acusadora. ― Não pode contar para ninguém sobre Stanford! Ou eu vou dar um jeito de todo mundo saber o quão drogado os Rowan são!

― Cala a boca! ― Ele rosnou, cobrindo o rosto com as mãos. ― Qual o seu problema?

― Exatamente. Meu problema. Você não diz nada sobre Stanford. Eu não digo nada sobre viciados.

Seth abaixou os braços, estreitando os olhos na minha direção e se afastando sem me dar nenhuma resposta.

Eu passei todos os dias da semana com medo de que o papai descobrisse. Todos os dias, quando ele chegava em casa, arrepios subiam os pelos do meu braço. Tive pesadelos em que ele internava a mamãe numa clínica e me prendia em casa para sempre. Tudo porque achei que Seth fosse contar para todo mundo sobre uma possível admissão em uma universidade maravilhosa.

― Certo, nosso orçamento é limitado. O objetivo do baile de primavera é arrecadar dinheiro para o nosso baile de formatura. ― A voz de Georgia me traz de volta ao presente, direto para nossa reunião. ― Por isso está sendo aberto para toda a escola, entendeu?

Ela está falando com Conor Maynard. Ele é um dos líderes dos Ice Cage e sua opinião é de que a festa deve ser exclusiva para que gere expectativa em todos sobre serem ou não convidados. Basicamente, Conor quer que ele tenha um passe especial de baile para instigar as meninas do primeiro ano a fazerem qualquer coisa para acompanhá-lo.

― Já vamos limitar o público no nosso Baile de Formatura, Conor. ― Emendo. ― Você vai ter outra oportunidade para montar a sua rede de garotas que farão qualquer estupidez para andar com a sua jaqueta no fim da noite.

― Jesus, Wilder. ― Conor passa o polegar pelo lábio escuro. ― Você é tão frívola. Nem se todo o time de hóquei desse uma jaqueta a você, seria possível derreter esse coração. Você poderia ser um pouco mais doce?

― Ninguém daria uma jaqueta a essa criatura. 

Georgia revira os olhos enquanto Marie abafa o ar de sua risada sedutora. Eu já notei que ela está tentando chamar a atenção de Seth, mas não gosto que isso seja feito às minhas custas. Encaro meus tênis desbotados, sentindo o estômago dar uma cambalhota quando ela comenta com Georgia. 

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