Zumbis: Mortos #terror #zumbis #ação

Vingança

No dia seguinte, Nadine não foi ao centro de pesquisas, decidiu ficar em casa e aguardar o inchaço diminuir um pouco, não queria levantar suspeitas sobre a agressão sofrida.
Deitada no sofá, sua cabeça não parava de pensar no ocorrido, principalmente no que ouviu durante a gravação, a violência de Carter havia ficado em segundo plano e o seu destino já havia sido selado.        
Mas outras questões mais importantes a intrigavam, como uma possível nova fórmula que ressuscitaria cadáveres humanos,  mesmo trabalhando há anos no projeto de reativação celular, jamais poderia imaginar que aquele velho desprezível chegaria a esse tipo de resultado em tão pouco tempo. Tinha que admitir que ele era mesmo um gênio.
Suas palavras pronunciadas no impressionante áudio  discorriam em alto e bom tom sobre esse assunto e afirmavam inclusive que  haviam zumbis  soltos em algum lugar. Lógico que poderia ser uma invenção de um velho excêntrico e caduco... ou não.
Mesmo com o rosto dolorido, Nadine soltou um meio sorriso de descrença sobre essa segunda hipótese:
- Cadáveres ambulantes!-murmurou, sacudindo a cabeça.
Várias vezes durante aquela manhã passou pela sua cabeça a possibilidade de que  Osborne estivesse realmente maluco, ninguém acreditaria em sua conversa e se existisse essa fórmula secreta, onde ele a teria guardado?
Mas no fundo ela sabia que o tom de voz do velho não revelava loucura, pelo contrário, estava absolutamente convicto do que dizia ao sobrinho.
Nadine chegou a conclusão que teria que arriscar e descobrir por meios próprios a veracidade dessa história, iria investir com tudo nessa missão e  não mediria esforços em agarrar essa possibilidade se realmente existisse.
Mas antes teria que retirar Carter do seu caminho, não iria permitir que um pateta como ele atrapalhasse seus planos.
Apanhou o celular sobre a mesa e deslizou os dedos finos sobre a tela colorida observando indiferente trinta e cinco chamadas e inúmeras mensagem do jovem assistente  que suplicava seu perdão.
Nadine nem se deu ao luxo de as ler apagando-as em um só clique, em seguida, procurou na agenda por Phillip e iniciou uma chamada.
Do outro lado da linha uma voz soou grave e máscula:
- Nadine! Quem é viva sempre aparece! O que manda, minha princesa?
- Phillip, preciso que venha em meu apartamento hoje à tarde, tenho um trabalho para você, coisa fácil.
Phillip soltou uma risada obscena acompanhada de uma discreta tosse seca:
- Pensei que era pra gente relembrar os velhos tempos.. tô louco pra te arrombar de novo!
Nadine soltou um longo suspiro e revirando os olhos trocou o aparelho de mão:
- Quem sabe se você for competente na execução desse servicinho eu não só  sacio o seu desejo, como nós dois seremos  recompensados. - provocou.
- Tudo bem, princesa, logo mais apareço aí.
- Até mais Phillip, não fure! - desligando, deixou escapar um sorriso sensual, sussurrando;
- Aproveite seus últimos momentos Carter...