DEZ

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Na semana seguinte, não voltei ao Ninho. Os treinos estavam sendo fechados a imprensa pois o dia do grande jogo estava se aproximando. Flamengo e Grêmio pelas semifinais da Libertadores.

A torcida estava em plena euforia, pois sabiam muito bem que aquela classificação estava nas mãos. Porém flamenguista que é flamenguista, ainda estava com o pé atrás por conta das edições passadas da competição.

Eu estava bem concentrada em escrever a matéria sobre a atmosfera que circulava aquele jogo, colocando alguns pontos dos jogos passados e montando teorias em cima de algumas falas do Mister. Duas batidas na porta tiraram a minha concentração eu bufei e pedi que quem estivesse atrás dela entrasse.

Já disse que odeio que me atrapalhem, né?

A porta se abriu revelando um Rodrigo com o uniforme do time que era usado para eventos extra-campo.

— O que está fazendo aqui? — perguntei confusa.

— Oi pra você também, Olivia. — Rodrigo disse entrando na sala e fechando a porta atrás de si.

— Oi! — falei no impulso — O que você tá fazendo aqui? — repeti a pergunta o fazendo revirar os olhos.

Ele andou até a mesa de Jorge e puxou a cadeira do mesmo se sentando ao meu lado, me virei pra ele.

— Eu vim gravar uma coisa pro esporte espetacular. — fez uma pausa — E você, o que está fazendo?

— Editando uma matéria pra postar essa semana. — olhei rapidamente pro computador e minimizei a tela —  Vida de jornalista, você sabe. — ironizei.

— Aham, sei sim. — riu

— Que matéria é essa que eu não to sabendo? — virei pra ele novamente.

— É uma exclusiva comigo e como a minha vida mudou desde que cheguei no clube rubro-negro. — Rodrigo imitou a voz da pessoa que falou com ele sobre isso, que eu identifiquei ser a Júlia.

— Puts, pra inchar seu ego mais ainda, não é mesmo? — fiz uma careta de decepção.

— Meu ego não precisa ser mais inchado, Oli. — piscou pra mim. — Tenho que ir agora, só passei pra dar um oi. — ele se levantou da cadeira e a colocou no lugar — Eles nem sabem que eu estou aqui. — disse baixinho me fazendo rir.

— Tá bem, fugitivo. Até depois. — olhei pra ele e sorri.

— Até depois, Oli. — beijou minha cabeça e saiu.

Eu ainda estava atônita com o ato. Chegamos naquele nível de intimidade? Além de ser a segunda vez em menos de cinco minutos que ele me chamava de Oli.

— Ei! — o chamei — Como você sabia onde era minha sala? — perguntei curiosa.

— Eu perguntei. — disse óbvio levantando os dois polegares e deu um sorriso aberto arrancando uma risada minha.

Ele deu um "tchauzinho" enquanto fechava a porta e eu suspirei. Por quê? E eu lá sei. Voltei minha atenção pro computador pra terminar aquela matéria que tinha que sair ainda aquela semana.

— Olivia. — Jorge apareceu dois minutos depois que Rodrigo deixou a minha sala — O que foi aquilo?

— O que? — perguntei bufando.

— Rodrigo Caio. Na nossa sala. Te dando um beijo na testa. — disse pausadamente.

— Puta merda, mais alguém viu? — perguntei nervosa.

defense + rodrigo caio [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora