Contos que jamais serão lidos (Livro I )

22- Lutar ou morrer

Dan/Okin amude

Uma dor excruciante circula pelo meu corpo, e as runas de proteção se queimam me curando lentamente. Com muito esforço me apoio no meu braço para tentar me levantar, vagarosamente abro os olhos e vejo Kat e Steve jogados em um canto do lado do carro. Sangue cobre a cabeça dos dois e algo dentro de mim se quebra, como os coloquei nessa situação? como pude eu os trazer para esse mundo de guerra?
Levanto meu olhar para o céu e vejo que a escuridão que a rodeava desapareceu, pelo menos isto deu certo.
Mas qual foi o preço pago? - penso olhando em direção dos meus.

Fico em pé com dificuldade, mas a dor vai se dissolvendo aos poucos, me direciono a eles, quase me arrastando. Quando chego perto o suficiente, percebo que ainda respiram e ainda estão vivos, meu peito se alivia.
Kat abre os olhos em um resmungo, suas runas de proteção também brilhando, ela me olha com um cara fechada, carrancuda. Ela se senta gemendo, e olha para Steve, se aproxima dele e pousa a cabeça em seu peito.
Seus olhos me olham como se dissesse
Vivo, ainda vivo.

Assinto e me aproximo dele, encosto as mãos em seu peito e começo entoar um feitiço, Kat ao meu lado pousa as mãos em seus cabelos, um gesto de carinho que quase não demonstrava.
Steve se levanta em um solavanco, puxando o ar rapidamente e nos olha com os olhos atormentados, mas quando vê que só há nós dois ali, seu corpo relaxa e sua expressão assume um ar de ironia.
Eu e Kat soltamos um suspiro de alívio, ficamos sentados por um momento, apenas respirando, então com um sorriso de canto Steve diz:

- É teremos que abrir um portal

Kat me olha e ri, abraça Steve e o chama de idiota, sendo tipicamente Kat.
Observo a cena dos dois, aliviado que os dois estejam bem, ou melhor, vivos.
Me ponho novamente de pé e deixo magia percorrer meu corpo, me curando, me dando poder, e cada parte do meu corpo vibra e se prepara para o que virá.
Entre mundo vamos andar, me volto para Kat, e ela e Steve se levantam e ficam cada de um do meu lado.

- Para a floresta Steve, para casa. De lá tomaremos rumos que até os próprios deuses duvidaram.
Steve assente em afirmativo e começa moldar um portal, abrindo um espaço no tempo. Então, lentamente adentramos para o fim, ou quase isso.

A primeira coisa que percebo é que tem algo muito errado e há mais alguém neste local. Quando meu corpo físico aterrissa na terra que por muito tempo foi meu refúgio, sinto os seres, algo que nunca vi, mas sei que eles estão em todas as partes. Nos procurando...

- Dan, tem algo muito errado - diz Kat olhando para todos os lados

Olho para ela com o olhar sério, temos que correr para a caverna, fazer o feitiço e adentrar ao outro mundo, aos mundos.
Mas há muitos outros seres ao redor, e é quase impossível se mexer sem ser notado, teremos que lutar e não será nada bonito. Uma raiva começa tomar conta do meu corpo, eles sequestraram Clary e mandaram seres para matar a mim e aos meus, ninguém nunca ousou desfiar o senhor dos tempos!

- Estejam preparados para lutar! Envoquem seus poderes! Demônios que me acompanham, saiam do limbo e se juntem a mim nessa guerra de poder! A ajuda de vocês é necessária!

Kat e Steve assumem posições de luta, e aos poucos 6 demônios vão surgindo um em cada lado, o ar fica pesado e o tempo mais lento. Eles descobriram porque meu nome é Okin Amude.

Nesse momento, os seres que vieram nos matar surgem, apenas uma névoa os faz visíveis e são muitos, uns 50 ou mais e antes que possamos dar um passo, eles atacam em um gasnido horripilante.
Os primeiros a contra-atacar são os demônios, eles dilaceram a primeira fileira de seres e eles caem mortos no chão. Kat e Steve assumem a reta guarda e matam qualquer um que tenha se esquivar dos demônios, envocam pequenos feitiços para os cercaram.

Eu me afasto analisando, não mandaram apenas lacaios, tem que ter um líder. Mas onde está?
Uma intuição me diz que eles não vieram apenas para nos matar, estão procurando algo, em busca de algo...
A pedra, eles querem a opala negra para me impedir de buscar Clary.
Ao concluir o pensamento sinto que há alguém atrás de mim, me viro e dou de cara com um dos cavaleiros das deusas, os que lutavam suas guerras junto aos dragões. Seus olhos são vermelhos e sua pele extremamente pálida, ele sorri para mim e seus olhos focam onde deixei a pedra guardada.

- É um prazer conhecer o inestimável Okin Amude - ele diz me encarando com malícia.

- O prazer será todo meu - digo com a voz rouca, enquanto meus olhos começam a mudar de dor, de castanhos claros à preto.

Ele começa caminhar em passos lentos em minha direção e depois assume quase uma corrida. Nisso eu fecho minhas mãos, como se rezasse e silibo um cantigo. Uma brisa sopra as folhas das árvores, e em apenas um segundo o tempo ao redor percorre lentamente. Apenas eu e ele está na velocidade normal, ou melhor, apenas nós dois nesse tempo aberto por mim.

Cruzo os braços e ataco antes mesmo dele conseguir chegar a um passo de mim, faço um símbolo e lanço em direção ao seu peito, ele é arremeçado para trás e cai batendo em uma árvore. Rapidamente se recupera e lança uma onda de poder em minha direção, facilmente eu desvio e começo caminhar em sua direção, inesperadamente ele desaparece e reaparece atrás de mim, não prevendo o golpe sou lançado ao longe.
Minhas mãos sangram por causa do impacto e talvez tenha quebrado uma costela, mas me levando, tudo está em minhas mãos.
A sobrevivência de Clary depende de mim...
Levanto com toda a força que reuno, envoco os poderes das trevas e o céu se torna negro, e vejo medo surgir em seus olhos e não usando a metade do meu poder dou um berro e me atiro para cima dele e finco uma espada de poder negro em seu peito, ele cai de joelhos e sua boca escorre sangue. Seu olhar é descrença antes de desabar e morrer.

A realidade em volta, retorna ao normal e vejo que os demônios junto a Kat e Steve deram um jeito nos outros seres.
Eles me olham com atenção, sabem que envoquei todo meu poder, como há muito tempo não era visto. Olho para eles e vejo que todos estão bem, tirando alguns arranhões superficiais.
Com a voz carregada e me aproximando digo:

Vamos, vamos salvar Clary.

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Olaaa, voltei com mais um capítulo galerinha!!! Infelizmente não pude postar quarta, porque tinha sido roubada e estava sem celular, mas voltamos a programação normal.
Espero que gostem, e se gostarem votem! É muito importante. Comentem o que acharam.

Beijos da autora.