24 | O ABRIGO

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Pessoas vem e vão, trazendo sentimentos que nunca pensamos ser possíveis e levando outras sensações que não sabíamos o quão pesadas eram

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Pessoas vem e vão, trazendo sentimentos que nunca pensamos ser possíveis e levando outras sensações que não sabíamos o quão pesadas eram. Normalmente, leva um longo tempo até percebemos o valor real das coisas ou como na maioria dos casos, não se percebe. Qual foi a primeira vez que abraçamos a pessoa mais importante em nossas vidas ou qual foi a última vez. Não saber quando é o fim, isso é horrível. Mas viver uma vida cheia de arrependimentos, é o pior.

Talvez exista um lugar, outro universo... Onde ele não tenha se arrependido de nada. Um lugar que quando ele se lembrasse dela, não se sentisse completamente culpado e terrivelmente arrependido, por ter a machucado.

Quando ele fechou os olhos, toda a sua vida passou como um filme diante de si. Se lembrou da primeira vez em que caiu de bicicleta, enquanto sua mãe tentava o fazer aprender a andar. Se recordava perfeitamente dela colocando o curativo em seu joelho. Foi um das primeiras dores que ele sentiu, a queimação em seu joelho, o sangue escorrendo. Mas ser recompensado pelo seu esforço em aprender, com o abraço e o beijo caloroso de sua mãe. Fez toda aquela dor se dissipar.

Não tinha muitas memórias de sua mãe, apostava que Merle deveria ter muito mais, já que ele já tinha idade suficiente para se lembrar. Mas as poucas que continha, essas ele conseguia se lembrar, as vezes como um borrão, as vezes perfeitamente. A única certeza é que ele a amava. Enquanto estava em seu leito de quase morte, pode finalmente entender o que significava tal coisa. Quando você sabe, você sabe. Quando se apaixona, se apaixona. E quando perde para o amor, é totalmente derrotado.

Recordar dessas coisas enquanto estava desmaiado o fez refletir sobre tudo. Quando sua mãe não estava mais presente, quando o seu pai teve que criar ele e Merle. Até um dia atrás, culpava seu pai terrivelmente. Ele era o culpado por ter deixado a sua mãe ir, não a ter amado suficiente. Ou talvez o problema era ele e seu irmão? Talvez os dois não haviam sido bons filhos o bastante? Se culpou muito tempo por isso também. Arrependido por ter feito ela ficar.

Agora sabia perfeitamente, não havia sido sua culpa. Seu pai começou a beber freneticamente, todas as noites. Tentando preencher o vazio que havia dentro dele mesmo, enquanto Merle começou a se envolver com droga e pessoas ruins, o levando pelo mesmo caminho. O que sempre resultava em seu próprio pai, batendo com a fivela do cinto, outras vezes fio e algumas delas, a piores, essa Daryl se recordava muito bem, quando ele o queimava com bitoca de cigarro.

DNA, daryl dixon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora