EPÍLOGO

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O vento frio entrava serenamente pela fresta da janela, a mulher sentada na cadeira finalmente suspirou aliviada

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O vento frio entrava serenamente pela fresta da janela, a mulher sentada na cadeira finalmente suspirou aliviada. Não aguentava mais ficar naquela terrível posição, sua costa já estava totalmente dolorida. Se inclinou novamente um pouco para trás, antes de colocar o ponto final.

Sorriu satisfeita olhando para o logo DNA vermelho em sua tela, sorriu mais uma vez, fechando o notebook em seguida.  Respirou fundo algumas vezes antes de se levantar da cadeira, o copo de vinho estava quase pela metade; então ela o virou em um rápido e confortável gole. O som baixo da rádio escoava pela sala, todas as luzes já estavam apagadas a única frestinha de luz que havia, emanava da ultima porta do corredor que estava entre aberta. A mulher se espreguiçou, esticando seus braços e estralando sua própria costas, antes de começar a andar em direção ao quarto. 

As pontas dos pés tocavam o assoalho gelado, tinha essa mania estranha de estar sempre descalça. Antes de abrir a porta, concluiu que deveria ter ligado o aquecedor essa manhã para os meninos não sentirem frio. Empurrou a porta delicadamente, sorrindo logo em seguida ao ver a cena em que eles se encontravam. O homem estava sentado na beirada da cama, enquanto a criança estava deitada toda coberta pelos lençóis.

— E foi assim que tudo aconteceu. — Daryl terminou dando um beijo na testa do menino, sem notar a presença da mulher.

— Contando essa historia de novo para ele? — a voz suave dela se esvaio pelo quarto, atraindo a atenção dos dois.

— Mamãe. — o garotinho a chamou. — Quero ser como o tio Aiden.

— Oi meu amor. — ela se aproximou dele, depositando também um beijo em sua testa. — Você já é muito parecido com ele.

— Mas eu quero salvar todo mundo igual ele papai. — a criança choramingou, recebendo um sorriso de lado do homem.

— Você já salvou... eu e o papai era completamente tristes e cheios de mágoas. 

— Verdade. Você coloriu as nossas vidas. — Dixon ponderou também concordando com a sua mulher.

Os dois depositaram novamente um beijo na testa da criança, o cobriram com o grosso cobertor para que ele não passasse frio. Eles trocaram sorrisos sinceros entre si, antes de fecharem a porta para deixar o menino dormir. O vento frio ainda entrava pela janela, mas dessa vez o aquecedor já estava ligado. A garota saltitou um pouco nas pontinhas dos pés, apenas sendo observada pelo homem.

— Terminou de escrever? — ele perguntou se escorando no batente na cozinha, enquanto ela tomava novamente uma taça de vinho.

— Acho que finalmente terminei. — ela choramingou dando outra rodopiada, até parar na frente do homem.

— To muito orgulhoso de você. — ele a puxou para seus braços, como sempre fazia. 

— Espero que todo mundo goste da nossa historia. — ela sussurrou abaixando o olhar evitando contato visual.

— Claro que vão gostar... você tá nela... todos nós estamos. — Dixon sussurrou também antes de roubar um beijo dela.

— Tudo valeu a pena? — ela perguntou um pouco incerta.

— Sim. Tudo valeu a pena. — ele a beijou novamente. 

— Já fazem sete anos, como o tempo passou tão rápido? — Ellie perguntou após se separarem para tomar o ar.

— Eu sei né, Connor já tá enorme. — Dixon soltou um pequeno sorriso. 

— Sinto falta dele bebe ás vezes... cada dia mais ele fica mais parecido com você. — tentou fingir irritação mas o homem a beijou novamente.

— Sinto falta do nosso começo... de quando te acertei uma flecha. Você me odiava. — ele tentou reprimir o riso mas falhou completamente, recebendo um olhar irritado dela.

— Você era insuportável. — os dois riram instantaneamente. O caçador ainda a mantinha segurando em seus braços, ela o olhava totalmente encantada.

Sempre foi apaixonada por ele, esse momento era perfeito. Os dois ficaram nessa posição por mais alguns minutos, apenas sentindo o calor um do outro. Se dar conta de quantos anos se passaram desde aquela noite, era realmente significante.

Tudo havia mudado finalmente, o mundo podia se dizer que era um lugar melhor. Os barulhos dos carros passando lá fora do apartamento, comprovava isso. Tudo estava diferente. A vida deles, a rotina que não era mais matar zumbis. Tudo havia mudado, se alguém perguntasse ambos diriam que estar ali era o melhor... mas no fundo eles sentiam falta dos velhos tempos. O barulho da música os atraiu, Dixon notou os olhos dela brilhando... lembranças; Can' take my eyes off you. Soava como uma bela melodia.

Ele sorriu completamente feliz, a puxou para o meio da sala e começou a dançar no ritmo lento da música. Em nenhum momento Ellie disse nada, os olhos estavam centrados nos azuis de Daryl. Era a primeira vez que eles ouviam aquela música depois da noite do casamento, a faísca que o olhar deles sustentavam deixava todo o ambiente intensamente amoroso. Quando o refrão se aproximava You'are just too good to be true, ele se inclinou para frente, para que pudesse sussurrar em seus ouvidos.

— Eu sou completamente apaixonado por você, Ellie Whedons.

FIM

DNA, daryl dixon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora